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BASES FISIOLÓGICAS DO MOVIMENTO HUMANO

Por:   •  25/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  2.174 Visualizações

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Projeto de Prática: Alterações agudas e crônicas do sistema circulatório e respiratório com a prática de exercícios

Alterações do Sistema Respiratório

O sistema respiratório é de extrema importância na manutenção da homeostasia, regulando as concentrações de O2 e CO2 no corpo durante a atividade física.

Durante o exercício máximo, a ventilação pulmonar pode atingir algo próximo de 180 litros por minuto (Figura 1), com frequência respiratória de, aproximadamente, 50 incursões por minuto e volume corrente de 3,6 litros. Já que o VMR é de cerca de 6 litros por minuto, isso quer dizer que, durante o exercício máximo, há o aumento de 30 vezes em relação ao valor de repouso.

Nos primeiros segundos após o início do exercício, há o aumento muito rápido do VMR. Depois de alguns segundos, a elevação do VMR torna-se mais lenta. Se o exercício não for muito intenso (submáximo), a tendência é o VMR alcançar um estado estável (steady-state). Porém, se o exercício for mais intenso (máximo), o VMR continuará aumentando até o término do exercício. O aumento do VMR é proporcional aos aumentos do consumo de oxigênio e da produção de dióxido de carbono pelos músculos ativos. Paralelamente a esse aumento da ventilação pulmonar, há o aumento proporcional do fluxo sanguíneo para os pulmões. Mas, como os vasos sanguíneos pulmonares suportam um aumento tão grande? Os vasos sanguíneos pulmonares suportam esse grande aumento do fluxo sanguíneo devido à diminuição da resistência dos vasos pulmonares ocasionada pela distensão dos vasos e pelo aumento dos capilares utilizados para enviar o sangue aos músculos em atividade. Essa diminuição da resistência dos vasos pulmonares, com o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar,se dá sem que haja o aumento significativo da pressão arterial pulmonar. Além disso, geralmente, as mulheres possuem valores que são, aproximadamente, 20% inferiores aos homens.

Geralmente, a CV é de, aproximadamente, 5,0 litros nos homens e de cerca de 4,0 litros nas mulheres. Indivíduos mais altos podem atingir a CV de 7,0 litros. Porém, em atletas de alto nível, a CV pode atingir, aproximadamente, 8,0 litros. Em atletas, a genética e o tamanho corporal influenciam nos grandes volumes pulmonares alcançados. Em atletas maratonistas e outros atletas de resistência, foi observado que, durante o exercício máximo, a CV era de, aproximadamente, 90% do seu valor máximo. Além disso, têm sido observados valores semelhantes da função pulmonar no repouso e no exercício em indivíduos sedentários e altamente treinados.

A frequência respiratória (f), no exercício máximo, pode alcançar algo próximo de 45 incursões por minuto. Atletas de resistência podem alcançar uma f próxima de 70 vezes por minuto. Além desse número de f, esses atletas podem alcançar um VC de acima de 2,0 litros. O aumento da FR e do VC eleva a ventilação por minuto para até 200 litros por minuto. Esse valor é mais de 30 vezes maior do que o valor da ventilação por minuto no repouso.

No exercício de alta intensidade, a Ventilação-Perfusão (VP) pode ultrapassar 5,0 litros por minuto, ofertando uma grande quantidade de oxigênio para a musculatura ativa. Durante o exercício, a pressão de oxigênio (PO2 ) do sangue, quando retorna das células, pode chegar a algo próximo de 18 mmHg. Isso quer dizer que as células extraíram, aproximadamente, 90% do O2 transportado pela hemoglobina. Quanto mais intenso o exercício, maior é esse percentual de "aproveitamento", podendo chegar até 90%. Esse valor é alcançado com o indivíduo realizando um exercício de intensidade máxima.

Esse transporte de oxigênio pode ser aumentado ou diminuído pela alteração da acidez e da temperatura corporal. O aumento da acidez (diminuição do pH sanguíneo) diminui a força de ligação entre o oxigênio e a hemoglobina, como também aumenta a liberação de oxigênio para os tecidos (efeito Bohr). Isso pode ocorrer no exercício de alta intensidade, devido ao acúmulo de lactato no sangue. Durante o exercício, ocorre aumento da temperatura corporal devido à produção de calor pelos músculos ativos. Esse aumento da temperatura corporal facilita o transporte de oxigênio para as células.

Como já observado, geralmente os padrões respiratórios não afetam o desempenho durante o exercício. Porém, em determinados casos, algumas respostas pulmonares afetam negativamente o desempenho durante a prática da atividade física.

A hiperventilação: comumente denominada "respiração forçada", é o aumento da ventilação pulmonar que ultrapassa o consumo de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono pela musculatura ativa. Essa respiração forçada elimina rapidamente o dióxido de carbono dos pulmões e do líquido extracelular. Quando o dióxido de carbono é eliminado, carrega consigo íons H. Com isso, há queda da concentração de H e elevação do pH plasmático. Consequentemente, o indivíduo pode apresentar vertigem e até inconsciência.

A Dispneia: falta de ar excessiva ou uma angústia ao respirar. Principalmente em indivíduos destreinados, a sensação de "não conseguir respirar" durante o exercício, geralmente, é acompanhada pelo aumento do dióxido de carbono e pelos íons H arteriais elevados. O aumento do dióxido de carbono e dos íons H excita os centros respiratórios, localizados no bulbo, aumentando a frequência e a profundidade da respiração. Isso, geralmente,

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