CROSSFIT: UMA MODALIDADE DE TREINAMENTO FUNCIONAL?
Por: Allan.Seixas • 22/10/2018 • Trabalho acadêmico • 2.172 Palavras (9 Páginas) • 376 Visualizações
ALLAN ROCHA DE SEIXAS (8014770)
Curso de Educação Física Bacharelado
CROSSFIT: UMA MODALIDADE DE TREINAMENTO FUNCIONAL?
Tutora: Profª. Silvana Sousa Ramos
Claretiano - Centro Universitário
POLO DE BRASÍLIA/DF
2018
CROSSFIT: UMA MODALIDADE DE TREINAMENTO FUNCIONAL?
RESUMO
O Crossfit sendo um programa de treinamento de força e condicionamento físico caracterizado pela realização de sessões de treinamento em alta intensidade, com uma ampla variedade de exercícios funcionais, pode ser confundido como mais um tipo de treinamento funcional. Deve-se verificar as diferenciações conceituais e técnicas entre esses dois recentes tipos de treinamentos voltados para tornar o corpo humano mais apto funcionalmente, o treinamento funcional e o Crossfit, haja vista instruir adequadamente o leigo e o profissional da área de educação física, no momento da escolha e da orientação da atividade que melhor se adequa a seus objetivos pessoais. Pretende-se utilizando a pesquisa bibliográfica evidenciar a delimitação do campo de atuação do treinamento funcional, apontando as discrepâncias do Crossfit em relação a esse e suas possíveis vantagens e desvantagens. No momento, verifica-se que .... Os resultados ... Pode-se concluir...
Palavras-chaves: Mensuração do ativo imobilizado; imóveis de uso especial; convergência; contabilidade aplicada ao setor público.
INTRODUÇÃO
O exercício físico é essencial para se evitar diversas doenças crônicas, a exemplo das doenças cardiovasculares, doenças relacionadas a níveis pressóricos, obesidade e suas derivações, como a diabetes, entre outras. Além disso, os exercícios físicos quando habitualmente praticados e de forma duradora, tendem a reverter alguns desses casos de enfermidades e acarretar na melhora da qualidade de vida do praticante (GAVA, 2016)
Nesse contexto de melhoria de bem-estar, a realização de exercícios que permitam aos praticantes recuperar, manter ou melhorar suas capacidades funcionais, sejam laborativas, de lazer ou desportiva, se tornam fundamentais.
Surge então o treinamento funcional, que deriva do maior volume de informação disponível atualmente e que o torna o praticante de atividade física mais exigente em relação ao treinamento que lhe é ofertado, desejando mais eficiência nas atividades que desenvolve, além da busca por uma boa forma física e um ganho de saúde, segundo D´Elia e D´Elia (2005) apud Prandi (2011).
De acordo com Campos e Coraucci (2008) apud Francisco, Vieira e Santos (2012), a essência do treinamento funcional está baseada na melhoria dos aspectos neurológicos, por meio de uma prescrição de exercícios seguros que, através da manutenção do centro de gravidade corporal, permitam a estimulação do corpo humano para melhoraria de todas as qualidades do sistema musculoesquelético, como força, velocidade, equilíbrio, coordenação, flexibilidade, lateralidade, resistência cardio e neuromuscular.
Na mesma acepção de funcionalidade dos movimentos e melhoraria de todas as qualidades do sistema musculoesquelético surge o Crossfit, que na definição de Gava (2016) é um programa de treinamento de força e condicionamento físico, que tem como principal característica a realização de sessões de treinamento em alta intensidade, com uma ampla variedade de exercícios funcionais e que, segundo seu fundador, Greg Glassman, é capaz de trabalhar todas as capacidades físicas.
Pode-se concluir então que o Crossfit é uma franquia específica de treinamento funcional?
Com a pesquisa proposta, procura-se identificar se a resposta para tal argumentação é afirmativa ou há mais aspectos a se analisar e ponderar que possam conduzir a uma diferenciação relevante.
A relevância social do problema a ser investigado está justamente em identificar as diferenças básicas entre esses tipos de treinamento com ênfase no aprimoramento da capacidade funcional do corpo, a fim de instruir adequadamente o leigo e o profissional da área de educação física quando da seleção de que modalidade optar, e os possíveis benefícios e riscos intrínsecos nessa escolha.
O presente estudo consistirá em uma pesquisa exploratória, uma vez que visa tornar mais explícitas as diferenças entre as duas modalidades de treinamento em análise: o Crossfit e o Treinamento Funcional, e quanto aos métodos empregados trata-se de uma pesquisa primordialmente bibliográfica, com base nos estudos científicos extraídos de indexadores tais como o Scielo, Pubmed e Google Scholar.
DESENVOLVIMENTO
Um treinamento físico, na concepção de Dantas (2003) apud Ribeiro (2006) é um conjunto de métodos e processos de treino utilizados de forma contínua a conduzir o praticante à sua melhor condição física.
Ainda segundo Ribeiro (2006), um treinamento físico observa diversos princípios quando de sua aplicação, devendo se atentar para: a condição física do indivíduo a ser treinado; para o volume e a intensidade dos estímulos aplicados; para a duração e a continuidade da prática; e a especificidade das adaptações e compensação fisiológica que tais estímulos gerarão no indivíduo.
Em concordância com Ribeiro (2006), percebe-se que na tentativa de se buscar alternativas na área de treinamento em contraposição ao considerado, por muitos, monótono método convencional de treinamento de musculação, desponta a proposta de preparação neuromuscular, com visão no corpo como unidade, uma abordagem dinâmica, complexa, estimulante e desafiadora, que o treinamento funcional.
O treinamento funcional, especificamente, representa uma volta à utilização dos padrões fundamentais do movimento humano, como: empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, dentre outros, envolvendo a integração do corpo todo para gerar um gesto motor específico em diferentes planos de movimento (MONTEIRO e CARNEIRO, 2010 apud PRANDI, 2011).
Teve sua origem na área de fisioterapia, já que os profissionais dessa área foram os pioneiros a utilizarem exercícios que simulavam o padrão de movimento necessário para a reabilitação do paciente, possibilitando um retorno breve a suas funções laborais, com bom desempenho e sem dor, após uma cirurgia ou lesão, segundo Evangelista e Monteiro (2010).
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