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Cultura Corporal da Dança por Iza Costa

Por:   •  17/12/2019  •  Monografia  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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Em sua obra, O livro do professor e do aluno: Cultura corporal da dança, Roseli Aparecida Bregolato, nos apresenta a educação sexual nas aulas de educação física, como um dos muitos assuntos abordados no livro, acordando com suas palavras, a sexualidade faz parte da natureza humana e é um aspecto importante para a harmonia da pessoa consigo mesma e com o meio em que interage. Tendo como base as abordagens de José de ANCHIETA(1995), faremos uma reflexão a respeito de preconceitos e bloqueios que costumam ser atribuídos a sexualidade.

O preconceito, malícia e a repressão: A questão sobre as pessoas em geral e neste caso, os alunos, se tocarem ou aproximarem seus corpos necessita ser discutida, é muito comum que no ambiente escolar o toque corporal seja alvo de risadas ou falas maliciosas. Um ponto interessante também a ser observado é a resistência em que o homem tem de aproximar-se de seu semelhante, principalmente no sentido de tocar outro homem. A sociedade de alguma forma limitou esta possibilidade impondo normas de comportamento que distanciam corpos, e as pessoas seguem estas normas sem compreender com clareza seu real significado.

Os preconceitos relacionados aos toques corporais, como os atos de segurar as mãos ou tocar o cabelo de outrem, pode não ter nenhuma conotação sexual ou demonstração da sexualidade do indivíduo, mas sim ser apenas uma demonstração de carinho e amizade, como a sociedade costuma colocar maldade nestes gestos, reprimem a educação de valores importantes como: união, irmandade e liberdade, tornando as pessoas mais distantes, frias e individualistas, inibindo suas manifestações mais puras.

Os condicionamentos culturais e sociais que as pessoas sofrem desde muito cedo na vida como não falar, esconder e não tocar os órgãos sexuais, inibem por diversas vezes suas manifestações naturais relativas a sexualidade. Quando criança, por não ser dona de seus atos, a pessoa não age segundo suas próprias intenções, anulando suas possibilidades de ser livre para conviver com sua sexualidade. Isso também pode vir a interferir futuramente em suas relações conjugais, fazendo com que sinta-se limitada para manifestar e receber carinhos eróticos. É preciso ter senso crítico para mudar e analisar estas questões.

Educação sexual nas aulas de educação física: A Educação Física que tem a expressão corporal como área de conhecimento, pode contribuir para uma mudança de comportamento, promovendo atividades que envolvam aproximação corporal de forma espontânea e natural, a dança dentre todas as outras atividades, contribui de forma direta para com a aproximação corporal pois os alunos tem entre si a oportunidade de entrelaçar os braços, segurar as mãos, segurar na cintura e etc., como também outras atividades em duplas ou em grupos maiores vão colaborar de forma significativa com a transformação da ideia deturpada que se tem atribuído ao toque corporal e a sexualidade ao longo dos anos.

Em minhas palavras, a educação física não apenas pode, como deve atuar na desconstrução destes preconceitos enraizados na sociedade e que acabam sendo reproduzidos pelos menores e a socialização, o respeito pelo corpo do colega e o conhecimento dos limites do próprio corpo podem ser muito bem trabalhados através da dança e sua infinidade de ramificações.

Portanto, fica claro que o professor de educação física é um grande influenciador no que se diz respeito ao corpo e na forma que ele é percebido e visto pelo aluno.

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