Educação Física Para Grupos Especiais e Adaptada
Por: tampinha123 • 30/9/2018 • Dissertação • 488 Palavras (2 Páginas) • 487 Visualizações
Ao longo do tempo, em todas as culturas, é possível observar mudanças no tratamento destinado às pessoas com deficiência, o que caracteriza diferentes fases no que se refere às práticas sociais.
Pessoas que apresentavam alguma necessidade especial eram excluídas socialmente onde suas diferenças físicas e mentais eram fatores limitantes para que participassem da sociedade. Gradativamente essas pessoas que apresentavam condições atípicas e eram submetidas a exclusão social passaram a ser encaminhadas a instituições onde, mediante a segregação, poderiam receber atendimento especializado. Assim começa a integração social.
A integração social foi desenvolvida com o pensamento de que a inserção da pessoa com deficiência nos sistemas sociais é baseada no principio da normalização, os quais pressupõe que o individuo possui o direito de experienciar um estilo de vida que seria comum à sua própria cultura. Porém em vez de reestruturar os serviços e ambientes visando o atendimento as necessidades das pessoas com deficiência, a mesma que deveria se adaptar onde suas diferenças eram consideradas um déficit a ser vencido.
No modelo integrativo, a sociedade aceita o individuo com deficiência, desde que ele seja capaz de se moldar aos requisitos dos serviços especiais, acompanhar os procedimentos tradicionais, contornar os obstáculos existentes no meio físico, lidar com atitudes discriminatórias e desempenhar papeis sociais individualmente e com autonomia, mas não necessariamente com independência.
Recentemente, vem se desenvolvendo a prática de inclusão social, ao qual se visa oferecer ao individuo com alguma deficiência a equiparação de oportunidades.
A inclusão social pode ser compreendida como um processo bilateral no qual as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, efetivar a equiparação de oportunidades para todos. Deste modo, a responsabilidade deixa der ser exclusivamente da pessoa com deficiência e passa a ser compartilhada com a sociedade, promovendo mudanças em todos os níveis e sistemas sociais. A inclusão tem como base os princípios de que todos devem ter a mesma aceitação independente das diferenças, valorização de cada pessoa e convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio de cooperação.
Esses dois modelos de atendimento as pessoas com deficiência ainda nos dias atuais estão presentes em nossa sociedade. No âmbito escolar é comum ainda hoje crianças com alguma limitação não participarem de determinadas atividades. Simplesmente estão presentes no meio, porém excluídas sem nenhuma participação.
No mesmo ambiente podemos observar situações totalmente diferentes. Alguns professores que aderem à ideia da inclusão social e a colocam em prática no ambiente escolar, como adaptar determinada atividade ao aluno que porta alguma deficiência.
Em minha opinião, as duas práticas sociais estão presentes nos dias atuais mas com predominância na integração. A inclusão social das pessoas com alguma deficiência se encontra em uma fase de desenvolvimento. Para isto é necessário que haja mudanças quanto às limitações impostas pela própria sociedade. Mudanças estas, que devem acontecer no interior de cada um no intuito de romper preconceitos e descriminações camuflados na maioria de nós.
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