Esporte de Aventura é Diferente de Turismo de Aventura
Por: Maiara Oberherr • 28/8/2016 • Resenha • 913 Palavras (4 Páginas) • 1.049 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
O artigo Esporte de aventura é diferente de Turismo de aventura, da revista E.F., de novembro de 2005, mostra que os esportes de aventura ficaram por muito tempo sem estimulação da sua prática. Com o passar do tempo, ao ver que esse tipo de esporte ganhava cada vez mais adeptos e gerava a economia, o Ministério do Turismo teve a iniciativa de criar uma regulamentação e certificação para o que chamaram de turismo de aventura.
Com isso, ao perceber que as práticas esportivas do turismo de aventura geravam grande risco aos seus praticantes, necessitando uma orientação de qualificação do Ministério do Esporte.
Muitos praticantes dos esportes de aventura não têm formação em Educação Física, mas em outras áreas, tendo a atividade como um lazer. Como a atividade é esportiva, cabe ao profissional de Educação Física (E.F.) orientá-la, por conhecer as habilidades, o condicionamento físico, a saúde, a maneira de orientar as pessoas em sua individualidade, tendo formação didática e treinamento.
Porém o curso de E.F. não oferece formação oficial para esta área. Assim, os condutores realizam um curso de curta duração em confederações esportivas ou associações internacionais. Desta maneira, fica evidente a necessidade de formações vinculadas às universidades, confederações e associações para diminuir os riscos aparentes.
Os esportes não-olímpicos respondem por quase 70% da atividade esportiva praticada no país, no qual o esporte de aventura está situado, não recebem atenção pois não há mecanismos legais que os viabilizem, tornando sua administração difícil por suas especialidades e fatores de risco.
Assim, os empresários do turismo decidiram investir nas atividades de aventura, pelo seu crescimento em procura e economia. E consequentemente o Ministério do Turismo viu seu direito em regulamentar essas práticas à sua maneira, criando normas na ABNT.
Já o Instituto de Hospitalidade, explica que o objetivo da criação de um conjunto de normas técnicas é desenvolver este segmento com segurança e qualidade.
O Ministério do Esporte aponta a seriedade da discussão, pois os esportes de aventura envolvem alto risco de acidentes e são necessários cuidados com a saúde e segurança de quem os pratica, evidenciando a necessidade de acompanhamento profissional, de observação às normas esportivas e de envolvimento do segmento esportivo.
Já o CONFEF, se posiciona apontando que o esporte de aventura se vincula tanto à área do turismo como do esporte, sendo necessário que estas duas áreas se integrem para o benefício da sociedade. Sendo os profissionais habilitados pelo Sistema CONFEF/CREFs aqueles que devem orientar as atividades físicas e dinamizá-las; e os profissionais do turismo os responsáveis pelas demais atividades turísticas (hospedagem, alimentação...).
Desta forma, percebe-se que o profissional de E.F. é indispensável na prática das atividades esportivas realizadas no setor turístico, sendo necessária maior discussão, estudo e reflexão sobre o tema para que se construa uma política de esporte de aventura saudável, que respeite seus praticantes.
O artigo “A escalada e o profissional de Educação Física no Brasil : Contradição, diálogo e complementariedade” de 22 de fevereiro de 2016, publicado no blog de escalada, fala que a escalada cada dia que passa, está sendo procurada mais e mais. Antigamente, muitos atletas procuravam a escalada, quando se havia ainda a vontade de descobrir lugares novos, montanhas novas e picos ainda mais altos. Com o passar dos anos, viu-se os perigos que este esporte de aventura proporcionava, sendo necessário uma organização do esporte. “Este conjunto de desafios levou os países com grandes montanhas à especialização na modalidade e ao aparecimento de grandes escaladores em diferentes tipos de escalada, alta montanha, cascade, tradicional, big wall, esportiva, boulder e indoor.”
...