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Fisiologia do exerciocio - esportes radicais

Por:   •  30/6/2015  •  Ensaio  •  5.188 Palavras (21 Páginas)  •  384 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CARLOS DONATO JUNIOR

ESPORTES RADICAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM VITÓRIA

VITÓRIA

2013


CARLOS DONATO JUNIOR

ESPORTES RADICAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM VITÓRIA

Projeto de pesquisa apresentado a ATIF – Cultura Escolar I, no Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo como parte dos requisitos para a aprovação na disciplina do curso de Licenciatura em Educação Física.

Orientadora: Profª Drª Sandra S. Della Fonte

VITÓRIA

2013

ESPORTES RADICAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM VITÓRIA

Carlos Donato Junior

Sandra S. Della Fonte (orientadora)

A ideia central deste trabalho tem relação direta com minha profissão. Em março de 2009 passei pelo curso de formação de soldados (CFSd) do Corpo de Bombeiros Militar do Espirito Santo. A filosofia da andragogia acompanhou o CFSd 2009 por 9 meses. Eu que sempre tive o risco como companheiro durante toda minha infância, pois sempre gostei de subir em arvores, muros, andar de bicicleta, skate, patins em alta velocidade, brincar com fogo e eletricidade, percebi que o risco nesta fase, sempre esteve agregado ao lazer. Agora o risco passara a ser parte da profissão. O medo de altura não é apenas o frio na barriga, trata-se da condição que defini a estratégia do trabalho e manutenção das vidas evolvidas.

 Atualmente, com pouca intensidade o militarismo ainda presa pela ideia do eugenismo, higienismo e métodos ginásticos. Desde então estava inserido no contexto da origem da educação física no Brasil e como diria Marc Bloch (1997): “O desconhecimento da história não nos permite apenas a incompreensão do passado, mas no presente a própria ação”. Logo após a conclusão do CFSd tive a oportunidade de oficinar, por um dia, em um projeto social. La apresentei três atividades que tiveram participação total do grupo de criança que aparentavam ter acima de 10 anos de idade; foram a tirolesa, a falsa-baiana e slakline, nesta época eu servia no quartel de São Mateus, no primeiro semestre de 2011 passei a ser componente do primeiro batalhão sediado em Vitoria.[inserir o inicio da minha parceria com nelsinho]

 Na capital o Corpo de Bombeiros tinha um convênio com as escolas do município para a realização do projeto Bombeiros do Futuro. O público alvo são os alunos das series iniciais do ensino fundamental. Dentre vários objetivos do projeto, posso citar, a aproximação da Corporação com a escola, a realização de um “CFSd infantil” voltado para prevenção, mas guardados as respectivas e devidas proporções as crianças descem na tirolesa, apagam princípio de incêndio e tem Treinamento Físico Militar (TFM), vale destacar que a pedagogia e um dos elementos centrais deste projeto. Nesse contexto eu comecei a cursa no segundo semestre de 2011 o curso de licenciatura em educação física na universidade federal do espirito santo. A disciplina de Introdução a Educação física, dirigida pelo professor I.G. e F.Q., trata de traçar uma relação de identidade e origem com os fundamentos da minha profissão. Em outra vivencia promovida pela disciplina Corpo, Movimento e Educação Física, mediada pelo professor Felipe Quintão, foi crucial para esta pesquisa. A convite do mediador o professor Rogerio caldeira apresentou a turma 2011/2 o slakline aplicado no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Vitoria. Poucos meses a frente Felipe nos solicita a missão de apresentar para turma as possibilidades de trabalhos desenvolvido por professores e meu grupo ficou com as práticas da rede municipal de Vitória, então procuramos o dinamizador Rogerio Caldeira para expor sua pratica pedagógica para turma.

Constatamos que o slakline era apenas um conteúdo do seu repertorio. No CMEI “Darcy Vargas” no bairro de Bela Vista, Rogerio tinha um espaço físico e a ideia de explora-lo para trabalhar o arvorismo, parkur, tirolesa, falsa-baiana, projetos de brincadeira de quintal, trabalho interdisciplinares e a ate trabalhos interescolares. Em função, principalmente de uma arvore frondosa da espécie fícus-elástica que se enraíza no pátio deste CMEI, o professor R.L. levou sua turma do CMEI “Maria Nazaret Menegueli”, situado no bairro de Andorinhas, no ano de 2008 para um trabalho conjunto objetivando explorar as possibilidades que o local dispunha. Um grupo de professores determinados a fazerem a diferença procuraram na universidade um norte para legitimar seu espaço naquele universo feminino e maternal. Este momento interescolar foi produto da contribuição de reuniões em horário de folga realizado também no CEFED apoiado pelo professor Nelson Figueiredo, pois a figura do dinamizador era algo novo no CMEI.

No passar de toda essa conjuntura acadêmica, tanto a minha quanto a destes professores, paralelamente a minha conjuntura profissional me levou ao setor de prevenção contra incêndio e pânico. Em uma de minhas empreitadas recebi a missão de fiscalizar todas os CMEIs e EMEFs de Vitória. Esse movimento é reflexo da catástrofe que aconteceu em Santa Maria no Rio Grande do Sul quando em fevereiro de 2013 na boate Kiss ocorreu um incêndio matando mais de 250 jovens. Assim precisei vistoriar cada metro quadrado de todas as escolas municipais de Vitória e por consequência seus bairros. Vitória possui 79 bairros dos quais todos tem uma área capaz de proporcionar uma intervenção diferenciada. Seja no Mangue, na praia, na praça ou no parque é de fundamental importância para se trabalhar com conteúdo dos esportes radicais e esportes de aventura.

 Vale ressaltar não apenas que existem CMEI’s e EMEF’s que possuem uma área que possibilita inúmeras maneira de exploração do espaço, mas se falando em CMEI o lúdico e a contação de história são favorecedores da transformação da pratica e o espaço, porém ainda insisto para a completude do conteúdo em questão que o contato com meio ambiente é fundamental. Ao avançar do curso cheguei a disciplina de Estágio Supervisionado I.

Estagie no CMEI “Maria Nazaret Menegueli” onde o professor Rodrigo está diretor. Lá fui recepcionado pelo dinamizador Fernando Otero e apresentado aos infantes. Durante o período de observação o mediador da disciplina Iguatemi Rangel acertou com Fernando para que eu e meu companheiro de estágio Nelson Phelipe pudéssemos cumprir a finalidade do estágio. E logo nas primeiras observações o professor não apenas nos colocou a par de seu planejamento como solicitou nosso auxilio nas intervenções. Passado o período de observação Fernando passou a ser nosso auxiliar então de maneira historiada e seguindo uma sequência evolutiva das atividades mais simples para as mais complexas, trabalhamos o conteúdo dos Esportes Radicais (ER).

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