Iniciação a pesquisa cientifica
Por: Elvio2 • 5/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.484 Palavras (6 Páginas) • 262 Visualizações
Elvio Rosner marche
RA: 1067906
INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTIFICA
Centro Universitário Claretiano – Curso de Licenciatura em Educação Física – Caderno de Atividades da Disciplina de Iniciação à Pesquisa Cientifica – Professora Camila Tavares V da Silva
CURITIBA /2011
A Relevância da Iniciação à Pesquisa Cientifica na Universidade de Newton Aquiles Von Zoben
Qualquer iniciativa visando pensar a Universidade, a fim de reconstruí-la como lugar eminente de ensino, de criação de conhecimentos e de serviços à comunidade, deve estar atenta ao sentido da pesquisa, tanto em seu sentido lato como busca de conhecimentos, que em seu significado estrito como criação de novos conhecimentos á luz do acervo cultural estabelecido pela tradição. É razoável pensar-se numa relação dialética entre as duas idéias: A de pesquisar e a de Universidade.
Não são separáveis, ao contrário articulam-se e são co-deterrminantes. A Universidade engloba no seu seio as mais diversas manifestações da cultura humana, nas ciências, nas artes na literatura, na filosofia. É o espaço eminente onde-se organizam todas as criações do “espírito” humano. Mas a maneira pelo qual cada um desenvolve esta “busca”; esta “pesquisa”, não é a mesma. Deve-se destinguir, em outros termos, o sentido mesmo da pesquisa nas diversas áreas do saber. A esse saber logo teórico irá conta por-se o projeto da ciência moderna inaugurada nos séculos XV-XVII. Estabelece-se desde então, uma alteração na ordem de importância dos pólos correlatos “teoria, prática”.
A dimensão operatória da nova ciência tomara a dianteira sobre o empredimento longo-teórico da contemplação e a linguagem natural da ciência e da filosofia gregas dará lugar á linguagem matemática da nova ciência. Experimentação, operacionalidade e mate matização serão as características da nova ciência. Nesta situação, o estado de crise é normal, porém os indivíduos não deixam de ter a sensação estarem tomados por uma “angustia de labirinto”.
Com em um labirinto, há múltiplos percursos possíveis no espaço cultural e ideológico, advem a angustia quando nenhum destes percursos mais do que qualquer outro parece efetivamente levar a algum lugar. É a sensação que se tem quando se está perdido, sem baliza sem horizonte ou quando as referências estruturam-se de acordo com um códico que nos é inacessível por não possuirmos a chave da interpretação.
A busca de um apoio, de uma baliza eis a urgência da questão. “É razoável, também, entender a Universidade como uma coletividade,” um grupo de indivíduos que, com suas capacidades, talentos e interesses dedicam-se a criação, ao avanço e propagação do saber, visando os melhores interesses da sociedade. Encontra-se assim, a sempre ambígua relação entre o individuo e “a sociedade”. Nessa situação os dois pólos se denominam “busca individual de verdade,” de um lado, e “a promoção do bem comum,” de outro lado.
O que se coloca em questão atualmente, pela correlação destes dois lados da mesma questão, é a tarefa que tradicionalmente vem sendo atribuído á Universidade, vale dizer, a busca do saber. Houve uma época em que a Universidade era animada pela idéia de saber, isto é, pela idéia de um conhecimento verdadeiro. A verdade era então compreendida segundo o conceito tradicional de adequação entre o real e sua representação intelectual ou material.
Mesmo em faculdades que eram orientadas essencialmente para a formação profissional (como medicina e direito) a tarefa a ser cumprida era de entender o domínio do saber no campo considerado e fornecer aos alunos a bagagem de conhecimentos verdadeiros dos quais tinham necessidade para exercer adequadamente a profissão escolhida. Assim acorrida na Universidade medieval.
A pesquisa visa o poder sobre as coisas e em ultima analise sabe o próprio ser humano. Ela tende a se fragmentar ao infinito e pode tomar-se uma atividade conjunto que visa o aperfeiçoamento continuo das condições de vida, a epistemologia do “instrumentalismo” exprime muito bem estes espírito, as teorias não têm verdadeiro valor cognitivo, são meros instrumentos formais que permitem a passagem de certas proposições empíricos (enunciando resultados de observação) a outras proposições empéricos que serve, desta feita, de guia na investigação experimental.
Numa época em que os discursos se multiplicam e em que se chega até a duvidar da possibilidade de uma verdade objetiva, importa efetivamente estabelecer as condições de um discurso sério, isto é, de um discurso que saiba exatamente o que diz quando se propõe. E isso não é uma tarefa fácil. Começamos a perceber que se trata de uma tarefa infinita! No entanto, talvez seja demasiado forte falar de tal empreendimento em termos de tarefa, pois, isso poderia evocar a idéia de uma obrigação constrangedora.
“Mais do que um lugar só de pesquisa, ou de disputas egoístas e individualistas, a “Universidade poderia ser concebida como o momento propicio-o Kairos dos gregos qual cada um pudesse ser auxiliado a descobrir o que é a” palavra” autentica e onde cada um pudesse encontrar atravéz do próprio caminhar em direção a esta palavra, algo da alegria que pertence ao coração, sem temores da verdade.
Por estas considerações pode-se concluir que realmente o conhecimento não é uma idéia clara e distinta que estamos ainda longe de conhecer o conhecimento humano, ao contrario, é uma idéia profundamente ambígua, e por isso impõe-se a nossa reflexão critica cuidadosa não só no âmbito da epistemologia, mas, sobretudo no campo da ética. E de suma importância estar atento aos problemas de ordem epistemológico, metodologia e ética suscitada no enfrentamento com o desconhecido no mundo natural, ou no mundo social.
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