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O Autismo e Futisal

Por:   •  16/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.877 Palavras (12 Páginas)  •  145 Visualizações

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CONTRIBUIÇÕES DO FUTSAL PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Alex Patrick de Melo Coelho

Anderson Marques Santana Rodrigues

Izabelle Cristine de Souza

Leonardo Costa dos Santos

Luan Costa

Mateus Rodrigues Barroso

RESUMO: O esporte é um importante caminho para a inclusão de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Dentre as modalidades esportivas, destacamos o futsal, não só por seu potencial de incluir crianças com deficiência, mas, também, por ser um esporte extremamente dinâmico, propondo diversas situações, fortalecendo o desenvolvimento das crianças, trabalhando uma diversidade de habilidades e a tomada de decisão necessária para solucionar os problemas apresentados no jogo demonstrando um amadurecimento não apenas motor, mas também cognitivo e social. Diante disso, este estudo tem por objetivo apontar as contribuições do futsal para a inclusão de crianças autistas nas aulas de educação física. Os resultados apontam que o futsal enquanto modalidade esportiva é um importante recurso que viabiliza essa inclusão de crianças com transtorno de espectro autista na educação física. Além de trazer benefícios de extrema importância para o desenvolvimento destas crianças. Por meio desses jogos, essas crianças podem socializar e aprender a lidar com suas emoções. Além disso, o esporte traz autonomia e colabora com a autoestima, uma vez que a criança pode se enxergar para além do seu transtorno.

Palavras-chave: Autismo; Futsal; Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

        A Educação inclusiva possibilita a pessoa viver, aprender e se desenvolver em um ambiente onde as limitações físicas e psicológicas não interfiram na socialização de pessoas. A inclusão de alunos com autismo no âmbito escolar tem sido um grande desafio, entender suas limitações e especificidades facilita a compreensão de quais estratégias são necessárias para desenvolver meios de incluí-los na sala de aula regular (NUNES, MEDINA, CAMPOS, 2018).

        O esporte é um importante caminho para a inclusão de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Como aponta Masion (2006), as atividades esportivas e físicas podem trazer benefícios para crianças com autismo, pois a partir de suas conquistas, podem se sentir mais confiantes ao realizar atividades novas e complexas. As atividades esportivas podem desenvolver um melhor conhecimento do indivíduo perante o seu corpo e uma melhor relação com o ambiente externo. Favorecendo uma melhor interação social com seus colegas de equipe e uma melhor comunicação, seja verbal ou não-verbal.

        Dentre as modalidades esportivas, destacamos o futsal, não só por seu potencial de incluir crianças com deficiência, mas, também, por ser um esporte extremamente dinâmico, propondo diversas situações, fortalecendo o desenvolvimento das crianças, trabalhando uma diversidade de habilidades e a tomada de decisão necessária para solucionar os problemas apresentados no jogo demonstrando um amadurecimento não apenas motor, mas também cognitivo e social (LIMA, 2014).

        Diante disso, este estudo tem por objetivo apontar as contribuições do futsal para a inclusão de crianças autistas nas aulas de educação física. Para isso, serão abordados o conceito de inclusão dentro da área da educação física, o que se entende com espectro autista e a importância do esporte, principalmente do futsal, para o desenvolvimento dessas crianças.

2 AUTISMO E FUTSAL: UMA POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO

2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O termo autismo, etimologicamente, provém do grego autós, que significa próprio, e de ismo, que traduz uma orientação ou estado. Neste sentido, o autismo é o estado de alguém que aparenta estar impregnado no seu próprio mundo - orientação para o eu (CORREIA, 2015).

O autismo teve suas primeiras descrições em 1943, pelo Dr. Leo Kanner, um médico austríaco que definiu a síndrome como um distúrbio do desenvolvimento humano. Atualmente encontramos termos variados dentro do quadro chamados Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – TID ou o termo Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) que reúne o Autismo desde a sua forma mais leve até sua condição mais grave (NUNES, MEDINA, CAMPOS, 2018).

De acordo com Gadia et al (2004) crianças com autismo geralmente nascem com o cognitivo afetado principalmente na interação social, comunicação e comportamento. Embora as causas do autismo ainda sejam desconhecidas, temos ciência que este transtorno apresenta os sintomas nos primeiros anos de vida, e acompanha o indivíduo durante toda a sua vida.

O autor conceitua o autismo como um transtorno ainda inconclusivo e complexo causando um neurodesenvolvimento atípico nas relações sociais e comportamentais, apresentando diferentes graus de severidade, o que nos compete encarar cada autista perante suas singularidades e peculiaridades.

Segundo Nunes, Medida e Campos (2018) existem diversos modos de manifestação do autismo e os sintomas apresentam-se em níveis e graus variados. Atualmente, com o avanço das pesquisas, tem aumentado as chances de se obter o diagnóstico antes dos dois anos de idade, o que contribui para uma melhor intervenção. Geralmente as crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam diversas características, como: dificuldade em se relacionar com outras pessoas; dificuldade no contato visual; tem preferência por ficar só; são resistentes à mudança de rotina; tem obsessão por determinados objetos; apresentam resistência ao toque; dificuldade na comunicação entre outras, de acordo com cada criança.

Para os autores, no âmbito escolar, o grande desafio do aluno autista é o de manter o contato visual, coordenar seus movimentos, adaptar algumas complicações na comunicação da linguagem ao dinamismo do ambiente e até mesmo dinamizar suas ações no meio social. No entanto, o autismo é uma dos transtornos que respalda o aluno autista a gozar de toda estrutura e atendimento especializado, oferecido pelas escolas públicas, por se tratar de um transtorno com altos graus de interferência social, e que elenca grande complexidade. O aluno autista é contemplado por esses direitos, mas por conta da alta complexidade envolvendo este transtorno, ainda é desafiador uma inserção eficaz no ambiente escolar.

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