Autismo Na Escola

AUTISMO

O QUE É O AUTISMO?

Um transtorno global do desenvolvimento marcada por três características fundamentais: a inabilidade para interagir socialmente; dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar ou lidar com jogos simbólicos e comportamento restritivo e repetitivo. O grau de comportamento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger, até formas mais graves em que pacientes se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

CAUSA:

O autismo é uma doença física vinculada à biologia e a química anormais no cérebro. As causas exatas dessas anomalias continuam desconhecidas, mas essa é uma área de pesquisa muita ativa. Provavelmente há uma combinação de fatores que leva ao autismo:

• Diabetes durante a gravidez

• Problema na gestação

• Febre durante a gravidez

• Idade avançada

SINTOMAS:

O autismo acomete pessoas de todas as classes e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes depois dos três anos. De acordo com o quadro clinico, eles podem ser divididos em três grupos:

1 – ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;

2 – o portador é voltado por si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão;

3 – domínio de linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar a vida próxima do normal.

TRATAMENTO:

Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo que seja feito o diagnostico e aplicados por equipe multidisciplinar. Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.

AUTISMO NA ESCOLA:

Para conhecer o processo de aprendizagem de uma criança autista é necessário identificar e observar as dificuldades de comunicação, organização, memorização, mudança e de atenção que ele apresenta. Devido o aluno apresentar dificuldades na comunicação verbal, essa deve ser baseada no concreto, ou seja, objetos ou figuras. Mesmo assim, o desenvolvimento é lento e gradativo, cabe o professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno.

Geralmente as crianças com autismo aprendem melhor vendo do que ouvindo, por essa razão é preciso explorar esse método ao máximo, é preciso que o professor seja persistente, utilizar materiais de diferentes texturas, estimularem o olfato dos alunos e fazê-los aguçar os ouvidos. A criança autista tem muita dificuldade de se concentrar por muito tempo. Um recurso muito bom é a utilização de música de preferência as infantis. A canção deve estar sempre de acordo com momentos específicos, tais como a chegada, hora do lanche, higiene, para que ela possa relacionar a música com a atividade em andamento.

O professor sempre deve certificar tomando alguns cuidados: sentá-los na primeira fila, chamar o nome da criança diversas vezes durante a aula, verificar várias vezes o caderno para ter certeza da execução das tarefas. Por apresentar autismo pode ter dificuldade de organização e de memorização de suas responsabilidades, para sua organização será bom ter uma agenda ou caderno com fotos das atividades.

Outras atividades também devem ser incluídas para facilitar a interação desse aluno com os outros, fazendo uma escala de tarefas para os alunos incluindo o aluno especial como servir o lanche ou distribuir materiais. Se o aluno apresentar algum tipo de estereotipia (movimento repetitivo), o professor deve tentar interromper a situação, dirigindo a atenção novamente para a atividade em que estava envolvido ou para outra com sentido.

Para prender a atenção delas, recomendam-se atividades