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O CORPO, IMAGEM E HISTÓRIA: O CORPO COMO OBJETO DE CONSUMO SOCIAL

Por:   •  1/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.990 Palavras (24 Páginas)  •  618 Visualizações

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Tálibi Dias Lobato

APS – Corporeidade: O corpo como objeto de consumo.

Manaus – 2015

Tálibi Dias Lobato

APS – Corporeidade: O corpo como objeto de consumo.

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Manaus - 2015

CORPO, IMAGEM E HISTÓRIA: O CORPO COMO OBJETO DE CONSUMO SOCIAL.

Resumo

O corpo humano sempre teve um significado sociocultural ao longo da história, passando por transformações e aprovações, até chegar no modelo de corpo atual. Este modelo cheio de medidas, formas, volumes, segue um padrão imposto pela sociedade através dos diversos meios de comunicação. O cultualismo ao corpo e o mercado gerado por ele é o que chamou atenção ao ponto inicial desta pesquisa, que tem como objetivo analisar como o corpo era visto nas sociedades ao longo da história, até chegar ao corpo mostrado pela mídia e consumido pelos expectadores por meio das academias de ginástica e musculação, nas clinicas de cirurgias plásticas, no uso de medicamentos “milagrosos”, entre tantos outros “produtos criados” para a busca do corpo dito como perfeito.

Palavras-chave: CORPO, SOCIEDADE, CONSUMO

Abstract

The human body has always had a socio-cultural significance throughout history, undergoing changes and approvals, up to the current body model. This model is full of action, shapes, volumes, follows a standard set by society through various media. The cult of the body and the market is generated by what he called attention to the starting point of this research, which aims to analyze how the body was seen in societies throughout history, until the body shown by the media and consumed by viewers through of gyms and bodybuilding in the clinics of plastic surgery, medication use "miracle", among many other "products designed" to search for the perfect body as saying.

Keywords: BODY, SOCIETY, CONSUMPTION.

SUMÁRIO

Introdução.....................................................................................................05

O corpo através da história...........................................................................06

Os meios de comunicação e o culto ao corpo: um campo de influência......07

A busca pela boa forma: o vício do momento..............................................09

Corpo e contemporaneidade.........................................................................10

A escravidão do culto ao corpo perfeito.......................................................12

Culto à beleza: simples vaidade ou complexa obsessão? ............................12

Considerações Finais....................................................................................15

Referencias...................................................................................................17

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Introdução

Para entendermos o conceito de corpo na atualidade, devemos fazer uma retrospectiva histórica de como o corpo foi tratado desde a antiguidade até os nossos tempos atuais. Grande parte se não a maior parte da responsabilidade por essa atitude de consumo excessivo são as influências das mídias em geral que utilizam modelos, atrizes, cantores, celebridades em geral para vender seus produtos e/ou serviços na qual gera uma visão de corpo perfeito, pois sempre estão bem arrumadas e magérrimas.

Nos dias de hoje presenciamos em muitos setores da sociedade, principalmente na mídia, uma série de debates, temas e imagens relacionados ao corpo e seus padrões estéticos, principalmente no que diz respeito a “corpo e boa forma”, em relação à beleza, bem-estar e saúde.

O corpo através da historia

O processo de construção/desenvolvimento da imagem corporal está associado em suas diversas fases às concepções determinantes da cultura e sociedade. Na história, ocorreram modificações das formas de apresentação e representação dessa imagem, com consequências notáveis na relação intra e extramuros corporais (ADAMI et al., 2005).

O corpo como uma ferramenta social vem tornando-se cada vez mais fundamental, com uma busca incansável pela perfeição. Desde o início da humanidade, os atributos físicos do homem já eram necessários para sua sobrevivência, pois era preciso correr, saltar, lançar, nadar, entre outras movimentações corporais, para se obter alimentação, segurança e moradia. Segundo Pelegrini (2004), o homem primitivo precisava de uma intensa participação corporal, essencialmente pelo predomínio da linguagem gestual, como principal meio de expressão, sendo assim, os fenômenos naturais determinaram as relações sociais do homem primitivo e o domínio da natureza se inseriu como base da organização social.

Já na Grécia antiga, a busca pelo corpo ideal surge através dos combates de guerra e das competições esportivas, que serviam como meio de celebrações das capacidades corporais, tornando-se um enorme fascínio social (PELEGRINI, 2004).

Santos (1997) ressalta que se analisarmos a corporeidade na Grécia Antiga e o modo de vida pelo qual os gregos se organizavam, percebemos que a partir deste período nascia a necessidade de um corpo forte, uma musculatura de combatente e uma estética guerreira, pois as constantes lutas e guerras exigiam-lhes estes requisitos.

Passando para a idade média, na sociedade feudal, o corpo aparece com características essencialmente agrárias, como altura, cor de pele e peso corporal, que eram assimilados com o vínculo que o indivíduo tinha com a terra, tornando-se determinantes para a distribuição das funções na sociedade. Período também da presença de instituições religiosas, restringindo qualquer prática de cultualismo corporal (PELEGRINI, 2004).

O Cristianismo considerava o corpo como significado de sexualidade e tudo era visto como pecado, assim dividiu o corpo e o espírito. Corpo como origem de todo pecado e a alma a essência do sopro divino. A mulher era considerada pecadora, pois lá para a igreja a mulher levava no seu corpo, as marcas dos pecados cometidos por Eva (MAGALHÃES; BONA JR, 2008).

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