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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Corporeidade o Corpo Como Objeto de Consumo

Por:   •  21/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.243 Palavras (9 Páginas)  •  1.732 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

MONIQUE TESSARINI

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA:

Corporeidade o corpo como objeto de consumo

Campinas

2015

1 INTRODUÇÃO

O conceito e a concepção de Corpo sofreram diversas alterações desde a época da Antiga Grécia até os dias atuais.

A corporeidade é vista hoje como um objeto de consumo, alimentado pelas mídias e também pela sociedade, onde as pessoas buscam o corpo perfeito para se enquadrarem em um determinado padrão de beleza, e com isso serem aceitos socialmente.

A escolha do tema Corporeidade o corpo como objeto de consumo, é devido a grande banalização do conceito sobre o corpo atualmente, com mudanças a todo momento, o que gera uma grande preocupação na área da saúde.

O trabalho de APS (Atividade Prática Supervisionada) permite ao aluno realizar pesquisas de artigos científicos, trabalhos acadêmicos, proporcionando uma interação com temas da atualidade. A APS irá facilitar a realização de trabalhos futuros e de maior importância, como TCC e/ou Artigo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 CORPOREIDADE

A maneira como o homem lida com sua corporalidade e o controle do comportamento corporal não é constante e nem universal, mas sim uma construção social, obtida de um processo histórico. O homem interage de forma dinâmica com um contexto social, que atua sobre ele influenciando e até mesmo direcionando suas formas de pensar, agir e sentir. Por isso que a corporalidade do homem e suas formas de comportar-se corporalmente estão ligadas a condicionamentos sociais e culturais. Todo corpo expressa uma história acumulada da sociedade em que vive, com seus valores, suas leis, suas crenças e sentimentos, que são a base de uma vida social.

No decorrer da História do homem, ocorreram inúmeras variações na concepção, no tratamento de seu corpo e nas formas de comportar-se corporalmente. Desse modo variam as técnicas corporais relativas: a) movimentos como andar, pular, correr, nadar; b) movimentos de expressão corporal (posturas, gestos, expressões faciais); c) ética corporal (vergonha, pudor, ideais de beleza); d) controle de estrutura dos impulsos e das necessidades. Esses aspectos se diferem de sociedade para sociedade, como também dentro da mesma sociedade, conforme o sexo, a religião, a idade, a ocupação, a classe social e outros fatores socioculturais. (GONÇALVES, 2011)

2.2 HISTÓRIA DO CORPO

2.2.1 O Corpo na Idade Antiga

Na Antiguidade o Mundo Oriental era influenciado por crenças religiosas, a fé era a fonte de conhecimento e da verdade. Na educação dos jovens prevalecia a preparação física, onde era importante a robustez e o endurecimento do corpo, visando as guerras e conquistas, onde a estética e a saúde eram desprezadas, até mesmo desconhecidas. (PERES, 2009)

No Mundo Ocidental, Esparta e Atenas exerciam a hegemonia política na Grécia Antiga. Em Esparta os exercícios físicos tinham como objetivo a preparação

militar, as guerras, a disciplina cívica, o endurecimento do corpo, a energia física e a espiritual. Para Atenas a educação corporal era importante, adquirindo padrões de eficiência educacional, terapêutica, fisiológica, estética e também moral. (PERES, 2009)

De acordo com Cassimiro (2012) alguns filósofos do mundo ocidental refletiram a concepção de corpo na sociedade grega:

- Sócrates: acreditava que a saúde era importante para o homem, era preciosa, juntamente com a beleza contida no corpo. Na Paidéia estava a educação defendida por ele, onde o objetivo era desenvolver todas as potencialidades do indivíduo, para que possam intervir na organização política da sociedade. Sócrates não separava o corpo da alma, ele se preocupava em estabelecer uma harmonia entre o intelecto e a beleza física. Suas filosofias se manifestavam contra pensamentos que separavam o corpo da alma.

- Platão: foi um importante discípulo e o mais influenciado por Sócrates. Filósofo que fundou a Academia de Atenas, com a função de formar jovens influentes na vida política da sociedade grega. Ele buscava a formação de um novo homem através de seus ensinamentos na Matemática, Astronomia, Retórica, Ginástica e na Medicina. Para Platão deveria ocorrer a distinção entre mundo sensível (mundo dos sentidos, da fragilidade) e mundo inteligível (mundo das idéias) para a organização da sociedade. Platão separa o corpo da alma, o corpo foi tido como empecilho para a alma, a dor e a morte contida no corpo explicavam a superioridade da alma.

- Aristóteles: concordava que o conhecimento sensível era fragilizado, porém não concordava que o intelecto tinha uma existência superior. Acreditava que o pensar e os movimentos dos músculos eram ações recíprocas. Para Aristóteles o corpo só alcança seu sentido se for considerado em comunhão com a alma, onde um precisa do outro para interagir com o mundo.

Na Grécia o condicionamento físico era importante nas principais atividades gregas, como guerras, lutas, ginásticas e também os Jogos Olímpicos. Os gregos sempre cultivaram as ações relacionadas à Estética e ao intelecto, como a Metafísica, a Política e a Ética. Portanto mesmo com algumas divergências entre os filósofos da época, os gregos valorizavam a harmonia entre o corpo e a alma.

Com o domínio do Império Romano sobre a civilização grega, a utilização do corpo passou a ser apenas com visão militar. Para os gregos o homem deveria ter

harmonia nas formas e proporções do corpo, e para os romanos o homem deveria ser forte e robusto para a formação guerreira. (PERES, 2009)

Os Romanos criaram o “Panen et circesens” (pão e circo), espetáculo na forma de triunfos militares, de grandes jogos com gladiadores, tinham muito sadismo e brutalidades, o que caracterizou a decadência da cultura física. (PERES, 2009)

Figura 1: Discóbolo de Myron, um ideal olímpico da Grécia Antiga, o corpo nu é mais ágil, forte e próximo dos deuses.

Fonte:

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