O PROJETO PRATICA FISIOLOGIA
Por: Allan Filipe Barros • 20/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 414 Visualizações
GIZELLE CAROLINE DE ABREU BARROS
FISIOLOGIA HUMANA
Atividade de PRATICA 11ª semana da Disciplina de NEUROANATOMIA professor Cesar Augusto Bueno Zanella
BATATAIS
2018
ENUNCIADO:
O projeto de prática profissional de Fisiologia Humana tem como objetivo discutir os conteúdos estudados na disciplina, as alterações fisiológicas do Sistema Cardiorrespiratório, que ocorrem durante e após a prática do exercício. Para a sua realização, o aluno deverá consultar na internet, as alterações agudas (no momento da atividade) e crônicas (como efeito do tratamento) no sistema cardiorrespiratório durante e após a prática de exercício físico
1 INTRODUÇÃO
O sistema cardiovascular é composto pelo coração, vasos sanguíneos. Esse sistema é uma conexão direta entre o coração a um circuito que troca nutriente e coleta o retorno sob diferentes pressões. Tudo isso funciona através de um processo de circulação sanguínea que leva sague para o corpo todo, sendo ela dividida em 2 circulações, a pequena; pulmonar e a grande; sistêmica (McARDLE; KATCH e KATCH, 2003). O coração é um musculo que contrai (sístole) e o relaxamento (diástole), conduzido pelo nódulo sinoatrial, controlado pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. Isso causa um ciclo de contração para bombeamento sanguíneo. O sangue que é o “objeto” bombeado é composto por hematócritos (45%) e plasma(55%) (POWERS e HOWLEY, 2000). Powers e Howley (2000) consideram como as funções mais importantes do sistema cardiovascular: ofertar quantidades significativas de oxigênio para todo o organismo, regular a temperatura corporal, transportar nutrientes para todo o corpo e retirar os metabólitos do organismo através da hemodinâmica. Quando o indivíduo se encontra em repouso, o coração bombeia de 4 a 6 litros de sangue por minuto O débito cardíaco (DC) se refere á quantidade de sangue bombeado pelo coração durante o período de 1 minuto. Em indivíduos adultos em repouso isso representa cerca de 5.000 ml/min. O rendimento do coração depende da velocidade de bombeamento (frequência cardíaca (FC) e da quantidade de sangue ejetada com cada golpe (volume sistólico de ejeção). O DC pode ser obtido através da multiplicação entre da FC e o volume sistólico (McARDLE; KATCH e KATCH, 2003).
2 DESENVOLVIMENTO No decorrer do exercício físico as demandas de energia e de suporte de oxigênio são aumentadas e alguns parâmetros devem ser observados pois sofrem alterações, tanto no decorrer quando ao final. São elas, pressão arterial, frequência cardíaca e duplo produto. As alterações agudas e crônicas do exercício são relevantes para se obter adaptações que o exercício provoca. A pressão arterial(PA) é a força exercida na parede das artérias. Quando a PA é aferida o valor mais alto é denominado pressão sistólica (PAS), já o valor mais baixo é a pressão diastólica (PAD), mabas são expressas por mmHG (milímetros de mercúrio). Uma curiosidade é que nas mulheres a PA é menor (McARDLE; KATCH e KATCH, 2003; POWERS e HOWLEY, 2000). . Segundo a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010) a PA e seus limites são arbitrários. Os valores de classificação da PA em indivíduos acima de 18 anos são os seguintes: Ótima PAS < 120 e PAD < 80; Normal PAS < 130 e PAD < 80; Limítrofe < 130-139 e PAD < 80-85; Hipertensão estágio 1 PAS < 140-159 e PAD < 90-99; Hipertensão estágio 2 PAS < 160-179 e PAD 100-109; Hipertensão estágio 3 PAS ≥ 180 e PAD ≥ 110 e Hipertensão sistólica isolada PAS ≥ 140 e PAD< 90. Alguns fatores podem influenciar o aumento da PA, como: aumento do volume sanguíneo, elevação da FC, aumento do volume de ejeção(que pode ocorrer durante o exercício),o aumento da viscosidade sanguínea e aumento da resistência periférica. determina que um dos possíveis fatores da sobrecarga crônica do sistema cardiovascular é a PA anormalmente elevada. As sessões de atividade física podem provocar adaptações agudas e crônicas em relação a PA. Após a realização de uma sessão de exercício físico dinâmico a pressão arterial reduz e permanece abaixo dos níveis aferidos antes da sessão de exercícios (LATERZA, RONDON e NEGRÃO, 2007) o que faz com que a prática regular de exercício físico seja recomendada por profissionais da saúde para controle da PA e em alguns casos dispensando a utilização de medicamentos (LATERZA et al., 2008). Autores relatam que o aumento de forma aguda ou imediata da PA durante o exercício é controlado pelo sistema nervoso simpático sendo diretamente proporcional ao aumento da FC, volume de ejeção sanguíneo e também da resistência periférica. Segundo McArdle; Katch e Katch (2003) “a resposta da PA ao exercício varia com a modalidade do exercício”. Durante a prática com exercícios dinâmicos há uma elevação da PAS e manutenção ou diminuição da PAD. Existe um aumento da velocidade de deslocamento do sangue para os grupamentos musculares mais solicitados e também uma elevação na diferença da pressão sanguínea na aorta e no átrio direito. O treinamento através de exercícios aeróbios com duração de 60 a 90 minutos por semana por no mínimo 2 meses, é suficiente para adaptar de maneira crônica o sistema cardiovascular de indivíduos com hipertensão arterial leve e moderada, em relação a diminuição dos níveis pressóricos no repouso, entretanto, em normotensos, essa diminuição da PA é mais difícil, podendo ser insignificante. Em relação à frequência cardíaca o coração responde em relação ao exercício aumentando suas contrações. O sistema nervoso autônomo é o principal regulador da FC, na maioria das vezes, as alterações da FC, assimilam uma ação recíproca do sistema simpático e parassimpático: aumento da atividade parassimpática e redução da simpática; e vice-versa. Diversos fatores influenciam no controle da FC, sendo eles: a idade, o sexo, condição física, temperatura corporal além da regulação autonômica e química da mesma. Uma das formas mais simples, práticas e com baixo custo para prescrição e orientação de atividades físicas é a monitorização da FC (MARINS e GIANNICHI, 2003). Uma das adaptações da FC em resposta ao treinamento físico é a menor resposta taquicárdica durante os exercícios numa mesma intensidade (BRUM et al., 2004). Efeitos crônicos ou adaptações são resultados da exposição regular a sessões de exercício, caracterizando os aspectos morfofuncionais que diferenciam um indivíduo treinado de um sedentário. Como exemplos desses efeitos podemos citar a bradicardia relativa de repouso, hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do VO2máx (ARAÚJO, 2001). As modificações na FC e PAS contribuem igualmente para mudanças no DP. Os valores para o DP variam aproximadamente de 6.000 batimentos por milímetro de mercúrio em repouso (FC= 50 bat/min; PAS= 120 mmHg) a 40.000 batimentos por milímetro de mercúrio ou mais, durante o exercício. O comportamento do DP depende da natureza da solicitação, durante a prática da atividade física o DP se eleva (POWERS e HOWLEY, 1997). Devido ao impacto positivo na evolução da FC e da resistência periférica, o treinamento físico promove modificações na captação de oxigênio pelo miocárdio para determinada carga de trabalho durante o esforço (resposta aguda condicionada pelo treino), o que pode ser detectado por uma menor inclinação da curva do DP. 3 CONCLUSÃO De acordo com as pesquisas feitas, as alterações crônicas e agudas frente ao exercício físico sob o sistema cardiovascular, são de grande impacto. As variaves como frequência cardíaca, pressão arterial e duplo produto são modificados durante e após as sessões do exercício. Conhecer esses aspectos e como eles influenciam na prescrição é de grande importância para os profissionais de educação física. 4 REFENCIAS ARAÚJO, C.G.S. Fisiologia do exercício físico e hipertensão arterial. Uma breve introdução. Revista hipertensão. n.3, v.4, 2001 McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. POWERS Scott K.; HOWLEY, Edward T.; Fisiologia do Exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 3ª edição. São Paulo: Ed. Manole, 2000. LATERZA, Mateus Camaroti; RONDON, Maria Urbana Pinto Brandão; NEGRÃO, Carlos Eduardo. Efeito anti-hipertensivo do exercício. Revista Brasileira Hipertensão vol.14(2): 104-111 2007. LATERZA, Mateus Camaroti, et al. Exercício Físico Regular e Controle Autonômico na Hipertensão Arterial. Revista SOCERJ. 2008 ;21(5):320-328 setembro/outubro. MARINS, J.B.; GIANNICHI, R. Avaliação e prescrição da atividade física: guia prático. 3. Ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. BRUM, Patricia Chakur; et al. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular: Revista Paulista de Educação Física, São Paulo. V18, p.21-31. Agosto 2004. http://www.efdeportes.com/efd195/sistema-cardiovascular-e-exercicio-fisico.htm |
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