Perda de Água no Calor – Desidratação

Perda de Água no Calor – Desidratação

Poucas horas de exercícios intenso em um meio ambiente quente pode fazer com que a perda de água alcance um nível significativo. Esse déficit de liquido ou desidratação  ocorre a partir dos compartimentos tanto intracelular quanto extracelular e pode alcançar rapidamente níveis que dificultam a dissipação do calor, que reduzem a tolerância ao calor e que comprometem profundamente a função cardiovascular e a capacidade de realizar exercícios.Levando-se em conta que o suor é hipotônico em relação aos outros líquidos corporais, a hipovolemia causada pela transpiração esta associada com um aumento correspondente na osmolidade do plasma sanguíneo.

Magnitude da Perda de Líquidos: Em uma pessoa aclimatada, a perda de água por sudorese pode alcançar um Maximo de aproximadamente 3L por hora durante um exercício intenso no calor e, em bases diárias, pode alcançar quase 12L, sendo assim, horas de transpiração intensa podem induzir a fadiga das glândulas sudoríparas e, em uma ultima analise, resultam na incapacidade de regular a temperatura central. Maratonistas de elite experimentam com freqüência perdas liquidas acima de 5L durante uma competição, isso representa para cada atleta uma perda de 6 e 10% de seu peso corporal.O enorme potencial para esfriamento evaporativo dos seres humanos aclimatados somente poderá ser concretizado uma boa reposição de liquidos.

Conseqüências significativas: À medida que a desidratação progride e o volume plasmático diminui, o fluxo sangüíneo periférico e o ritmo de transpiração são reduzidos e a termorregulação torna-se progressivamente mais difícil.Para homens e mulheres, uma desidratação pré-exercicio equivale a 5% do peso corporal acarreta uma elevação significativa na temperatura retal e na freqüência cardíaca e reduz o ritmo de produção de suor,o Vo2  máximo e a capacidade de realizar exercícios, em comparação com as condições de hidratação normal.A freqüência cardíaca elevada no estado no estado desidratado é atribuída a uma redução no volume sangüíneo central, que da origem a uma queda na pressão de enchimento ventricular e a uma redução de 25 a 30% no volume de ejeção do coração.Com bastante freqüência, esse volume  de ejeção reduzido não é compensado por um aumento proporcional na freqüência cardíaca.Conseqüentemente o debito cardíaco e a pressão arterial declinam.A elevação na temperatura central esta relacionada a uma redução tanto no ritmo de sudorese quanto no fluxo sanguíneo para a pele .

Redução fisiológica e no desempenho:A redução no fluxo sanguineo periférico e a elevação na temperatura central durante o exercício são proporcionados ao nivel de desidratação. Uma perda liquida equivalente a apenas 1% do peso corporal esta associada a um aumento significativona temperatura retal,em comparação com o mesmo exercicio realizado com uma hidratação normal.Para uma desidratação que corresponde a cada litro de perda de suor, a freqüência cardíaca do exercicio sofre uma elevação de aproximadamente 8 batimentos por minutos, com uma redução correspondente de 1,0L/min no debito cardíaco.Quando a perda de água alcança a 4 a 5% do peso corporal(valor esse observado comumente entre lutadores secundaristas), observa-se um distúrbio nítido na capacidade de realizar um trabalho físico e na função fisiológica.Apesar dos lutadores serem pesados cerca de 5 horas antes de suas competições, esse período pode não ser suficiente para garantir uma reidratação completa e um bom equilíbrio eletrolítico no momento da competição.

Levando-se em conta que grande parte da perda de água através da transpiração  provem do plasma sangüíneo, a capacidade circulatória é afetada negativamente à medida que a perda de suor progride(se não houver uma reposição continua de água). Isso se manifesta por uma redução no volume plasmático, uma queda no fluxo sangüíneo cutâneo para uma determinada temperatura central, um declínio no volume de ejeção e um aumento compensatório na freqüência cardíaca, assim uma deterioração geral na eficiência circulatória e termorreguladora durante o exercício. No que concerne à capacidade de realizar exercícios,ocorria uma redução de 48% na endurance da marcha quando os indivíduos eram desidratados ate 4,3% do peso corporal; ao mesmo tempo,havia uma queda de 22% no Vo2  max.Nessas mesmas experiências os desempenhos de endurance era reduzido em 22% e o Vo2  max era reduzido em 10% quando a desidratação media era de apenas 1,9% do peso corporal.É evidente que a desidratação reduz a capacidade do sistemas termorregulador em atender ao extresse metabólico e térmico do exercício.

Reposição de água reidratação: O objetivo primário da reposição liquida consiste em manter o volume plasmático, para que a circulação e a transpiração possam prosseguir em níveis ideais.A ingestão de liquido durante os exercícios aprimora o fluxo sanguineo para a pele, com um esfriamento mais eficaz, a prevenção da desidratação e de suas conseqüências, especialmente a hipotermia, somente poderá ser conseguida com um esquema de reposição hídrica adequada que seja obedecido rigorosamente.Para os lutadores, a desidratação constitui um estilo de vida, pois meninos e homens jovens perdem considerável peso em água para poderem lutarem em uma classe de peso mais baixo.Isso podem ocorrer com bailarinas jovens e mais velhas que se preocupam continuamente com a manutenção de um aspecto esbelto.

Os tratamentos frios tais como aplicação periódica de toalhas frias na fronte e no abdômen durante o exercício ou uma ducha fria antes do exercício em um meio ambiente quente, comportam um beneficio apenas pequeno no sentido de facilitar a transferência de calor na superfície corporal, em comparação com o mesmo exercício sem umedecer a pele. A defesa mais efetiva contra o estresse induzido pelo calor é a hidratação adequada, um atleta bem hidratado funciona sempre num nível mais alto do que um outro que se exercita num estado desidratado.

A ingestão de água extra ou hiperidratação antes de exercitar-se em um meio ambiente quente, proporciona alguma proteção, pois retarda o surgimento da desidratação, aumenta a sudorese durante o exercício e induz uma menor elevação na temperatura corporal, a esse respeito, seria sensato consumir de 400 a 600 mL de água gelada cerca de 20 minutos antes de exercitar-se no calor. Em atividades como uma corrida de longa distancia, poderá ser praticamente impossível igualar a perda de liquido com a ingestão de liquido, pois apenas cerca de 1.000mL de liquidos podem ser esvaziados pelo estomago a cada hora durante um exercício tão vigoroso. Isso é insuficiente para igualar uma perda de água que pode alcançar em media quase 2.000mL por hora.Conseqüentemente, os atletas devem ser  monitorizados atentamente durante o exercício, mesmo quando se lhes permite livre acesso a água.