Prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 11 a 14 anos, na rede municipal de ensino de Bento Gonçalves, RS.
Por: Lairton Laertes • 12/5/2015 • Trabalho acadêmico • 7.253 Palavras (30 Páginas) • 524 Visualizações
Prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 11 a 14 anos, na rede municipal de ensino de Bento Gonçalves, RS.
Por
Fabricia Salini
Selmar Angheben
Ricardo Rodrigo Rech
Projeto de pesquisa apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Fundação Universidade de Caxias do Sul
Bento Gonçalves, 11 de Julho de 2015
Sumário
PROJETO DE PESQUISA
RESUMO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 PROBLEMA
1.3 HIPÓTESES
1.4 OBJETIVO GERAL
1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO 2 - REVISÃO DA LITERATURA
2.1 EPIDEMIOLOGIA
2.2 FATORES ASSOCIADOS
REFERÊNCIAS
PROJETO DE PESQUISA
Prevalência de obesidade e sobrepeso em escolares de 11 a 14 anos, na rede municipal de ensino de Bento Gonçalves, RS.
Fabricia Salini
Selmar Angheben
RESUMO
Palavras-chave:
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
As complicações da obesidade infantil aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase adulta. Escolares com sobrepeso e ou obesidade apresentaram percentual superior para os indicadores bioquímicos e pressóricos, em comparação aos escolares com baixo peso e ou normal. (REUTER et al, 2013). Assunção et al(2014) sugere que a obesidade influenciou a função ventilatória, pois 64,4% da amostra mostrou-se alterado no teste feito.
Na fase adulta, a osteoartrite acomete principalmente as articulações que suportam peso, como joelhos e quadris. No entanto, juntamente com os casos de obesidade, sua prevalência vem aumentando em outras articulações, como as das mãos. Assim, supõe-se que a influência da obesidade no desenvolvimento da osteoartrite esteja além da sobrecarga mecânica. (CINTRA, AIKAWA e CINTRA, 2014). Em outro estudo, a gordura do tronco foi significativamente associada com a resistência à insulina, demonstrando a importância clínica da obesidade abdominal durante a adolescência. (SANTOS et al, 2008).
Estudos apontam que um dos fatores associados ao excesso de peso entre escolares está diretamente ligado à renda familiar. As famílias que tem maior poder aquisitivo e demonstram melhor condição socioeconômica, possuem acesso a bens tecnológicos como computador e TV que estimulam o sedentarismo e automaticamente o excesso de peso. Além da prática de atividades físicas cada vez menores, com o uso de carros ao invés de caminhadas e o consumo livre de alimentos não saudáveis nas cantinas de escolas. (SOUZA et al, 2014; MENEZES et al, 2011).
Com o passar dos anos os escolares demonstram insatisfação com a oferta de atividades desportivas, isso mostra a importância do prazer e o divertimento na disciplina de Educação Física nas escolas nos hábitos futuros de atividade física dos adolescentes. (RAMALHO et al, 2014).
Em Salvador/ BA observou-se que as meninas são mais inativas do que os meninos e que se relacionam de forma diferente com a atividade física. Isso talvez possa ser atribuído ao tipo de atividade físico proposta, bem como à sua intensidade. (ALVES et al, 2012).
Crianças matriculadas nas pré-escolas do Rio Grande do sul (RS) comparadas as de Santa Catarina (SC) apresentam uma prevalência de excesso de peso duas vezes maior do que a identificada em SC, demonstrando uma diferença significativa na magnitude da obesidade infantil em dois estados brasileiros situados em uma mesma região. Foram avaliados 14 municípios, oito em RS e seis em SC, a prevalência de excesso de peso foi de 14,4% (IC 95% = 13,1- 15,8) e 7,5% (IC 95% = 6,5 -8,7), respectivamente (SCHUCH et al, 2013).
Dentro das cidades do estado do Rio Grande do Sul avaliadas, percebe-se o alto índice de obesidade e sobrepeso. São Pedro da Serra apresentou 30,5% de estudantes acima do peso (FRANÇA et al, 2013). Caxias do sul as prevalências de obesidade abdominal e excesso de gordura corporal foram 28,7% e 40,1%, respectivamente (PEDRONI et al, 2012). Na cidade de Esmeralda as prevalências de obesidade e sobrepeso foram de 4,8% e 23,3%, respectivamente (SOUZA et al, 2012). Nas cidades de Dois Irmãos e Morro Reuter, a prevalência de sobrepeso e obesidade no sexo feminino foi, respectivamente, de 16,6% e 7,6%, e no sexo masculino, de 17,3% e 7,4%, mostrando-se muito similares. (TRICHES e GIUGLIANI, 2005).
1.1 JUSTIFICATIVA
Justifica-se este tipo de estudo como forma de verificar junto a escolares da rede municipal de ensino da cidade Bento Gonçalves a prevalência ou não de crianças obesas na faixa etária estudada. As complicações que ocorrem na obesidade infantil vêm aumentando no mundo todo, através de suas prevalências nessas ultimas décadas, é um problema de saúde pública. Além dos transtornos à saúde física, a obesidade pode trazer prejuízos psicossociais às crianças. A obesidade infantil se não for tratada, terá consequências graves no futuro.
A prevenção deve ser feita através de programas de educação alimentar, dieta adequada na infância, desde o nascimento até a sua vida adulta. Criação de mais programas de prevenção, que incentivem a alimentação saudável e a prática de atividade física de crianças e adolescentes e que os maiores motivos que contribuem para o sobrepeso e obesidade provem de uma alimentação inadequada e a falta de atividade física, motivos nos quais levam a questionar sobre a qualidade de vida destes indivíduos em um futuro próximo.
Desta forma, investigar o problema da obesidade sob o ponto de vista psicológico e não somente sob o ponto de vista genético e ambiental é o objetivo desta pesquisa, cuja contribuição está na possibilidade de estudar um assunto que é preocupação mundial e necessita de intervenções pontuais.
A escolha desse tema deu-se através da pesquisa na literatura no qual pôde ser observado o alto índice de crianças e adolescentes que se encontravam aparentemente acima do peso. Pode ser verificado que já foram realizados estudos na região e a escolha da cidade de Bento Gonçalves se deu por não apresentar estudos destes escolares na faixa etária proposta para este trabalho de conclusão de curso.
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