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Seminário Ciências Sociais e Humanas em Educação Física Simone de Beauvoir: “Liberdade” e “Diferenciação de Sexo/Gênero”

Por:   •  13/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  112 Visualizações

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Universidade Estadual Vale do Acaraú

Centro de Ciências da Saúde - CCS

Disciplina: Bases Sociofilosóficas da Educação Física

Professor: Marcos Aurélio Macedo de Sousa

Emerson da Silva Oliveira

Levi de Araújo Gomes

Thiago Vieira Torres

Seminário Ciências Sociais e Humanas em Educação Física

Simone de Beauvoir: “Liberdade” e “Diferenciação de Sexo/Gênero”

Sobral - 2022

Emerson da Silva Oliveira

Levi de Araújo Gomes

Thiago Vieira Torres

Seminário Ciências Sociais e Humanas em Educação Física

Simone de Beauvoir: “Liberdade” e “Diferenciação de Sexo/Gênero”

Sobral - 2022

SIMONE DE BEAUVOIR: BIOGRAFIA

Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir é uma famosa escritora e filósofa nascida em Paris na França em 9 de janeiro de 1908. Apesar de não se considerar uma filósofa, Simone teve bastante influência na formação de teorias feministas.

Estudou em uma escola católica até os 17 anos, após isso, passou no vestibular de matemática e filosofia e acabou por estudar matemática no Instituto Católico de Paris e literatura e línguas no colégio Sainte-Marie de Neuilly, e depois, filosofia na Universidade de Paris. Nessa última ela conheceu alguns jovens pensadores, como Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre, com quem teve um relacionamento aberto por toda a vida.

Simone é bastante conhecida como escritora, ela escreveu diversos contos, romances e é muito reconhecida pelo seu trabalho “O Segundo Sexo”, de 1949, uma análise sobre a opressão das mulheres e um tratado sobre o feminismo. Nos anos 1940 ela fazia parte de um grupo de filósofos literatos que conferiam ao existencialismo um aspecto literário, sendo que seus livros destacam os elementos mais importantes da filosofia existencialista. Além disso, a autora esteve envolvida, juntamente com Sartre e Foucault, no polêmico manifesto que tinha por objetivo alterar a idade de consentimento para relações sexuais na França.

Ela faleceu em 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade, por conta do agravamento de uma pneumonia. Seu corpo foi enterrado no Cemitério de Montparnasse, no mesmo túmulo de Sartre.

Entre suas obras cabe destacar O segundo sexo (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; e A cerimônia do adeus (1981), onde fala sobre seu companheiro de tantos anos, Sartre.

LIBERDADE

A liberdade defendida por Simone de Beauvoir é a mesma defendida por Jean-Paul Sartre, para quem isso significa que não somos livres de deixar de ser livres. Uma vez lançado à vida, o homem é responsável por tudo o que faz do projeto fundamental, isto é, da sua vida. E ninguém tem desculpas: se falimos, falimos porque escolhemos a falência”.

É na própria liberdade que o homem encontra as bases de suas condutas.  Ocorre que, para o homem encontrar as bases da sua conduta de modo que sua atitude seja autêntica, é necessário tornar-se livre dentro do mundo, cujos valores que incidem no homem são pré-estabelecidos. À medida que o homem vai tomando consciência de sua situação no mundo, depara-se com um mundo formatado com valores pré-estabelecidos. O exercício da liberdade plena sempre foi impossibilitado e/ou dificultado pela moral da unidade no meio da multiplicidade.

A escolha da liberdade nesse mundo que tenta se fazer uno é tarefa a ser superada pelo existencialista, pois a ambiguidade é imanente à condição do homem. Não se pode furtar a duplicidade com a qual a vida se apresenta aos homens. Toda ação humana exige o exercício da ambiguidade que se faz presente na política, na amizade, nos relacionamentos sociais e afetivos, nos embates, no trabalho, enfim, a condição humana ambígua pode ser entendida como a impossibilidade de fugir das escolhas.

Do ponto de vista da filósofia, a vida só pode ser pensada a partir da ambiguidade que lhe é intrínseca. Para que se possa exercer a liberdade existencial de modo comprometido é necessário ao homem, emancipar-se dos rótulos e do aculturamento pelo qual todos passam. A tradição majoritária da metafísica e da ciência com sua tendência absolutista de valores dos homens nas suas escolhas. Toda a estrutura política, jurídica, universitária, toda questão de gênero, de raça, enfim, todas as questões entre sim e não, a melhor solução, o justo e o injusto são ambiguidades com propensão cultural que não interessam à Simone de Beauvoir. E nesse sentido, é necessário deixar claro que a crítica existencialista recai nas consequências de deixar as próprias escolhas ao arbítrio de outro que já escolheu por você através das classificações rotulantes.

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