Trabalho de Conclusão de Curso

UNIP – Universidade Paulista

Educação a Distância

Curso: Educação Física

AGACHAMENTO E ELEVAÇÃO PÉLVICA: ATIVAÇÃO DOS GLÚTEOS NA EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Nayana Coutinho Meschiatti / 0503715

VITÓRIA

2023

NAYANA COUTINHO MESCHIATTI

AGACHAMENTO E ELEVAÇÃO PÉLVICA: ATIVAÇÃO DOS GLÚTEOS NA EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Trabalho Monográfico – Curso de Graduação Plena em Educação Física, apresentado à Comissão julgadora da Unip EaD sob a orientação da Professora Fernanda Martins.

VITÓRIA

2023

1 INTRODUÇÃO

O estudo em questão “agachamento e elevação pélvica: ativação dos glúteos na execução dos exercícios”, surgiu através de observação em academias de musculação, visto que um dos maiores objetivos principalmente das mulheres é ter a musculatura da região glútea bem desenvolvida, forte e hipertrofiada.

Nesse sentido, tem por objetivo central orientar o leitor sobre a ativação e eficiência desses dois exercícios na ativação dos glúteos, gerando consequentemente maior ganho de força e hipertrofia, através de estudos científicos.

A musculatura da região glútea é composta por glúteo máximo, glúteo médio e glúteo mínimo. O glúteo máximo é um dos maiores e mais fortes músculos do corpo humano, ele produz grandes quantidades de força na extensão do quadril e rotação externa do fêmur, por isso optou-se por estudar os exercícios de agachamento e elevação pélvica.

Os glúteos serão mais recrutados no exercício de agachamento quando este for executado em amplitudes maiores, visto que por o exercício de agachamento ter por finalidade favorecer a estabilização de todas as articulações envolvidas na execução, visto que não se limita ao fortalecimento dos músculos dos membros inferiores, trata-se de um exercício completo multiarticular, visto que, além de fortalecer a musculatura dos membros inferiores, desenvolve e fortalece também a musculatura do “core” (abdômen, coluna lombar e pelve).

Por sua vez a elevação pélvica, também chamada de elevação de quadril, por ter como principal movimento a elevação do quadril, é um exercício executado no posicionamento horizontal, o principal músculo a ser trabalhado é o glúteo máximo, porém, também recruta a musculatura lombar, do glúteo mínimo e dos isquiotibiais.

Diante do exposto acima, há atualmente uma grande polêmica nas redes sociais em torno dos exercícios acima, mas, sem muito embasamento científico, o que se torna o seguinte problema: Qual recruta mais os glúteos? Sendo assim, justifica-se o estudo em questão a descoberta de qual seria efetivamente melhor, ou seja, qual ativa mais os glúteos, com o objetivo de maior ganho de força, eficiência e consequentemente maior hipertrofia na referida região.

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica explicativa, através da literatura pertinente, como por exemplo, artigos acadêmicos disponíveis, com o objetivo de esclarecer o proposto.

2 AGACHAMENTO VERSUS ELEVAÇÃO PÉLVICA PARA ATIVAÇÃO DOS GLÚTEOS

2.1 Músculos Glúteos

A região glútea é um grupo de músculos dividida em glúteos máximo, glúteo médio e glúteo mínimo, esses músculos são responsáveis pelo formato externo do glúteo.  (Figura 1).

Figura 1

[pic 1]

Fonte: Google imagens, 2023

Cada músculo da região glútea tem uma função anatômica distinta, relacionada em geral com a movimentação de quadril e coxas, o glúteo máximo realiza extensão, abdução e rotação externa da coxa, por sua vez, os glúteos médio e mínimo possuem funções semelhantes de abdução e rotação, da região interna da coxa, o tensor da fáscia lata produz a extensão e a rotação lateral da perna na articulação do joelho.

De acordo com Vieira (2022), o glúteo máximo é o mais superficial e o maior de todos os três músculos glúteos, as funções principais são a extensão e a rotação lateral (externa) da coxa na articulação do quadril, sua parte superior participa na abdução da coxa, enquanto sua parte inferior participa na adução da coxa.

        Ainda sobre o músculo glúteo máximo, Júnior (2013) conceitua o seguinte:

O glúteo máximo é o maior e mais potente músculo da região glútea. Nasce na face externa da asa do ilío, posteriormente à linha posterior, nas faces posteriores do sacro, cóccix e do ligamento sacrotuberal, na aponeurose do eretor da espinha e na aponeurose glútea. Após segue semelhante a uma faixa espessa em sentido ínfero-lateral para inserir-se na tuberosidade glútea do fêmur e no côndilo lateral da tíbia.

Ações – O glúteo máximo é o principal extensor da coxa, auxilia na sua rotação lateral e também atua na extensão do tronco, se o membro inferior estiver fixo. Este músculo não possui função postural e atua muito na deambulação, tendo ação importante nos movimentos de maior potência como escalar, correr e outros. No ato de sentar-se ocorre um relaxamento gradual de suas fibras, modulando a intensidade do movimento. Na posição anatômica ele auxilia na adução da coxa, mas, com a coxa fletida, esse músculo, principalmente sua parte anterior, se torna um potente adutor da coxa. (JÚNIOR, 2013, p.149)

O músculo glúteo médio é um músculo largo e grosso, situa-se na região do quadril, logo abaixo do músculo glúteo máximo. Origina-se da face glútea da aza do osso ilíaco entre as linhas glúteas anterior e posterior, da crista ilíaca e sua fáscia, insere-se no trocânter maior do fêmur.

Conforme Júnior (2013, p.150) sobre as funções do glúteo médio “Realiza a abdução e a rotação medial da coxa. É importantíssimo durante a deambulação, pois estabiliza a pelve para que o membro do lado oposto possa se projetar livremente para frente”.