A Radiologia é uma especialidade médica, que utiliza imagens para auxílio no diagnóstico clínico e terapêutico, chamada de radiologia intervencionista
Por: LUIZ RICARDO DE SOUSA PEREIRA • 9/11/2017 • Seminário • 1.411 Palavras (6 Páginas) • 387 Visualizações
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Centro Universitário do Distrito Federal
Radiologia
Aluna: Maricélia da Mota Sousa
Matricula: 18301835
Professora: Alessandra Freitas
Turma: 1/N1
RAIOS-X
Brasília
2017
CONCEITO E HISTÓRICO
A radiologia é uma especialidade médica, que utiliza imagens para auxílio no diagnóstico clínico e terapêutico, chamada de radiologia intervencionista. (JUNIOR,2010).
Os raios-x são definidos como ondas eletromagnéticas com a capacidade de atravessar corpos de baixa densidade, sendo absorvidos por matérias de maior densidade. Assim os raios-x podem ser produzidos quando elétrons são acelerados em direção a um alvo metálico, o choque desses elétrons com o anodo produz os raios-x.
Foram descoberto por um físico alemão, chamado Wihelm Conrad Röntgen, no ano de 1895. A descoberta ocorreu quando em um experimento no qual ele tinha uma ampola de Crookes, dentro de uma caixa de papelão, que era alimentada por uma bobina de Rumkhorff, em um conjunto de quadro escuro, foi observado que quando o tubo funcionava havia a produção de uma fluorescência em um cartão escuro de platino cianeto de bário, Roentgen observou que quando o lado sem o material fluorescente ficava de frente para o tubo de Crookes ainda havia a fluorescência, o material fluorescente que converte o raios-x em luz visível. A descoberta fez com que ele ganhasse o prêmio Nobel de física em 1901.
Essa descoberta gerou uma série de pesquisas, sendo que no ano de 1896 já haviam sido publicadas 14 notas sobre a descoberta e estudos relacionados.
Nas décadas seguintes o uso foi voltado para análise de fraturas e localização de corpos estranhos no ser humano, por exemplo, com amplo uso na primeira guerra mundial para localização de balas. Também nesse período foi testado a realização de filmes de objetos em movimento para análise de funções biológicas do corpo, porém houve dificuldade devido alta taxa de radiação, que causaria malefícios ao corpo, sendo apenas na década de 50, com evolução da metodologia, possível incluir a cinerradiografia na rotina de diagnóstico.
Inicialmente as doses de radiação eram muito maiores, expondo o paciente a maiores risco de danos devido a esse contato, atualmente com a evolução de métodos o nível de radiação utilizado é menor, também devido a maior sensibilidade dos filtros que geram as imagens
RADIOPROTEÇÃO
A Portaria 453, de 01 de junho de 1998, da AVISA, trata sobre um regulamento técnico que estabelece diretrizes básicas sobre a proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispondo também sobre o uso de raios-x em diagnóstico no Brasil.
Com base nessa portaria, fica de responsabilidade da vigilância sanitária local o licenciamento dos estabelecimentos que fazem uso de raios-x para diagnóstico, também sob sua responsabilidade está a fiscalização do cumprimento da mesma, não deixando de observar demais legislações federais, estaduais e municipais sobre o assunto. A Portaria 453/1998 ainda trata de inspeções e infrações distinguindo situações, tendo como justificativa a otimização da proteção radiológica, limitação de doses individuais a que se é exposto, além da prevenção de acidentes.
De acordo com esta Portaria as exposições tanto ocupacional quanto de pacientes devem serem as menores possíveis, respeitando o disposto no regulamento e no estabelecido pela Resolução do CNEN que é a Comissão Nacional de Energia Nuclear. A referida norma ainda trata de tópicos como prevenção de acidentes, devendo haver programas, qualificação profissional, controle de áreas de serviço, necessidade de sistema de assentamento de dados sobre os procedimentos radiológico realizados, sistema de garantia de qualidade, controle ocupacional e treinamentos que foram realizados. Estabelece ainda como deve ser o ambiente quanto as instalações, as salas de raios-x, os equipamentos e procedimentos de trabalho e demais aspectos para garantir a maior segurança possível tanto a pacientes como a funcionários.
Quanto ao dia a dia algumas práticas durante a atuação profissionais são importantes como o menor tempo possível de exposição, uma vez que ele está diretamente relacionado a proteção radiológica, quanto maior o tempo maior seráa dose recebida, outro ponto a ser considerado é a distância, deve haver a maior distância possível entre a fonte emissora de radiação e a pessoa, um terceiro ponto é o equipamento de segurança correto, ou seja a blindagem, que é usado tanto pelos profissionais como pelas pessoas, sendo a blindagem de chumbo a de uso comum.
A norma CNEN-N-3.01 trata das diretrizes básicas de proteção radiológica também traz base sobre procedimentos que devem serem seguidos para garantir a segurança loca, das pessoas e dos trabalhadores que atuam no ambiente ou fazem uso do mesmo, com dados como limite de doses, norteiam sobre planos de segurança, controle e registro assim como necessidade de um plano de intervenção.
Ainda no que se refere a legislação o CNEN aprovou em 2014 a Resolução 176/14 sobre os Requisitos de segurança e proteção radiológica para serviços de radioterapia. A presente norma trata desde de aspectos que se referem a autorização para construção de serviços de radioterapia, como também da autorização para operação, que só será aprovada mediante comprovação de documentação exigida e inspeção de conformidade por inspetores da CNEN. Quanto as responsabilidade em serviços de radioterapia, aborda as responsabilidades do titular do serviço, do responsável técnico que deve ser médico radioterapeuta com qualificação certificada, trata do supervisor de proteção radiológica de radioterapia que só pode ser responsável por um único serviço de radioterapia, devendo analisar resultados de controles e monitorações individuais e de áreas, medidas de segurança e proteção radiológica, assim como a calibração dos instrumentos de medição de proteção radiológica. Quanto a parte específica de segurança e proteção o regulamento traz normas de controle e monitoração da área passo a passo como deve ser realizado, como deve ser a blindagem de fontes de radiação no que se refere a limites de doses para todas as áreas, necessidade de haver um programa de garantia da qualidade de fontes de radiação e de sistemas de planejamento de tratamento.
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