A UTILIZAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E SUA EFETIVIDADE NA REDUÇÃO DOS ESTRESSORES
Por: Diego Brito • 28/5/2019 • Artigo • 4.899 Palavras (20 Páginas) • 343 Visualizações
A UTILIZAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E SUA EFETIVIDADE NA REDUÇÃO DOS ESTRESSORES
THE UTILIZATION OF HUMANIZATION IN THE INTENSIVE CARE UNIT ITS EFFECTIVENESS IN REDUCTION OF THE STRESSORS
Diana de Brito Lúcio, Isadora Caroline Silva Mattos, Ana Maria de Bernardi Rodrigues.
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio. Itu/São Paulo – Brasil
Autor correspondente: Ana Maria de Bernardi Rodrigues
Endereço: Rua Madre Brasilia, 965 – Centro Itu/SP. CEP: 1330-903
E-mail: ana.rodrigues@ceunsp.edu.br
Telefone: (11) 4028-8800
Resumo
A neonatologia se dedica à assistência ao recém-nascido, tendo como meta a redução da mortalidade e morbidade perinatais melhorando a sobrevida do neonato. Objetivo: Conhecer os métodos de Humanização utilizados, a efetividade dos mesmos na redução dos fatores estressantes do RN na UTI neonatal e entender como os profissionais de enfermagem se relacionam com esses métodos e desempenham o seu papel. Fontes de dados: Realizou-se a busca dos artigos no portal Biblioteca Virtual em Saúde com os descritores: Neonatologia, Humanização, UTI Neonatal, Enfermagem e Prematuro. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos que pertencessem as bases SCIELO, LILACS, BIREME E BDENF e como exclusão artigos com data inferior ao ano 2000, artigos que se repetiam nas bases de dados, artigos que não possuíam o texto completo disponível e títulos que não tinham relação com o tema abordado. Síntese de Dados: Trinta e seis artigos foram selecionados, sendo todos eles de estudo de caso, onde abordavam os fatores de estresse vividos pelo recém-nascido em uma unidade de terapia intensiva neonatal, os métodos de humanização utilizados e sua efetividade e como os profissionais de enfermagem se relacionam com os métodos de humanização e desempenham seu papel. Conclusão: As ações de humanização na UTIN são imprescindíveis para o cuidado visando a diminuição dos estressores sofridos pelo neonato, sendo o profissional de enfermagem a peça chave contemplando a integralidade do RN e sua família, para que assim o processo de humanização seja efetivo.
Palavras chaves: Neonatologia, Humanização, UTI Neonatal, Enfermagem e Prematuro.
Abstract
Neonatology is dedicated to the care of the newborn, aiming to reduce perinatal mortality and morbidity by improving neonatal survival. Objective: To know the methods of humanization used and the effectiveness in reducing the stressors of the neonate in the neonatal intensive care unit, pointing out the factors and identifying the humanization methods used, as well as their effectiveness. Data sources: The articles were searched in the Virtual Health Library portal. The descriptors were: Neonatology, Humanization, Neonatal ICU, Nursing and Premature. Articles that belong to the SCIELO, LILACS, BIREME, and BDENF databases were used as filters, and articles with a lower than 2000 date, articles that are repeated in the databases, articles that do not have the full text available and titles that do not were related to the topic addressed. Data Synthesis: Thirty-six articles were selected, all of them from a case study, where they addressed the stress factors experienced by the newborn in a neonatal intensive care unit, the humanization methods used and their effectiveness, and how professionals of nursing relate to the methods of humanization and play their role. Conclusion: The actions of humanization in the NICU are essential for the care aimed at reducing the stresses suffered by the newborn, and the nursing professional is the key of health contemplating an integrality of the RN and its family, so that the humanization process is effective.
Kaywords: Neonatology, Humanization, Neonatal ICU, Nursing and Premat
Introdução
Segundo o dicionário, o termo Neonatologia vem do latim: neo que significa novo, nat(o) que significa nascimento, e logia que significa estudo. Portanto, a neonatologia pode ser considerada como um ramo da Pediatria que se dedica à assistência ao recém-nascido, tendo como meta a redução da mortalidade e morbidade perinatais, procurando melhorar a sobrevida ao recém-nascido nas melhores condições funcionais possíveis.1
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um local que traz diversas implicações a todos os compreendidos no processo de internação dentro dessa unidade, sendo eles, o recém-nascido e sua família, a equipe multiprofissional e interdisciplinar.2 No momento em que o bebê passa do meio intra para o extrauterino, muitos fatores de estresse se desencadeiam, mesmo estando ele em perfeitas condições de saúde, pois está saindo de seu ambiente aconchegante, quente, úmido e escuro, para um ambiente totalmente o contrário. Assim como um adulto, o RN também está suscetível a estresses dentro da UTI, contudo, os mesmos ainda não possuem capacidade de tolerar esse estresse ou então se adaptar a ele, isso faz com que a função epitalâmica seja afetada levando a respostas adversas quanto ao crescimento e mecanismos neurológicos.3
Quando logo após seu nascimento, faz-se necessário os cuidados intensivos, esse recém-nascido se depara não somente com estressores ambientais, como luminosidade, ruídos, manipulações e procedimentos, mas também estressores emocionais, afinal, este é separado de sua mãe e passa mais tempo dentro de incubadoras.3 É neste momento que é indispensável o uso da Humanização e de Métodos Humanizados, não só com o bebê, mas também com os pais/familiares, pois é um momento sensível para estes, marcados por emoções, conflitos e sentimentos. Neste momento, o trabalho da equipe multidisciplinar é um desafio constante, que requer vigilância, habilidade, respeito e sensibilidade, pois o paciente que estará sendo atendido não fala, estará extremamente vulnerável, instável hemodinamicamente e altamente dependente dos profissionais que estão prestando assistência.4
A humanização nasceu do SUS, sendo ele o sistema primordial de inclusão social do país. No ano de 2000 o Ministério da Saúde iniciou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. A seguir, no ano de 2003 o PNHAH passou por revisão, e então o Ministério da Saúde deu vida a Política Nacional de Humanização, movida por diretrizes.5
Frente as essas questões, torna-se de suma importância a averiguação das ações de saúde, fazendo a inclusão da humanização da assistência, que é o composto de iniciativas com enfoque no cuidado, aliando as tecnologias disponíveis e a promoção do acolhimento e o respeito ético e cultural do paciente, bem como o de sua família.6
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