CUIDADOS PREVENTIVOS NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Por: enfercarlosc3 • 29/1/2017 • Artigo • 3.708 Palavras (15 Páginas) • 831 Visualizações
UNIDADES INTEGRADAS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – UNIPÓS[pic 1]
MARIA DO SOCORRO RESENDE
CUIDADOS PREVENTIVOS NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UNIPÒS
TERESINA
2015
[pic 2]
CUIDADOS PREVENTIVOS NA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Maria do Socorro Resende1
Shirlei Marly Alves2
RESUMO
As Infecções Hospitalares (IH) consideradas um grave problema de saúde pública, são responsáveis por diversas mortes no Brasil e no Mundo relacionadas há elevados índices de morbimortalidade no período neonatal. Quando estes mesmos índices são observados em ambientes críticos como os da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atrelados a pacientes neonatos (UTI-Neonatais), encontra-se uma magnitude considerável de casos associados a uma alta taxa de mortalidade. Assim, este estudo, teve como objetivo levantar por intermédio de pesquisas em artigos publicados e em manuais de profilaxia, quanto a ocorrência de Infecções Hospitalares em ambientes de UTI-Neonatais em nosso país e os meios utilizados e indicados pelos autores na sua prevenção. Por intermédio destas pesquisas, pode-se observar que cuidados básicos adotados por toda equipe, tais como lavagem das mãos e utilização de técnicas assépticas, ou mesmo intervenção maiores, como criação de CCIH (Comissão de Infecção Hospitalar), mapeamento de infecções e agentes infecciosos, avaliação da qualidade do sistema de acondicionamento de ar, ou mesmo intervenções de tratamento de desinfecção de agentes na equipe, podem inibir do desenvolvimento de IH e de mortes neonatais.
Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-Neonatal). Prevenção;
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1- Enfermeira, bacharelada pela NOVAFAPI. Pós-graduanda em Enfermagem em Terapia Intensiva - UNIPÓS.
2 - Professora Orientadora.
1 INTRODUÇÃO
As Infecções Hospitalares (IH) atualmente no Brasil, são consideradas um grave problema de saúde pública sendo responsável por diversas mortes em pacientes internados em variados setores de atenção hospitalar. De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e ANVISA (2015, on-line), estima-se que as taxas de Infecções Hospitalares atinjam 14% das internações, ocasionando em média 100 mil mortes por ano.
As Infecções Hospitalares, segundo MS (2000, p. 16) também denominada de institucional ou nosocomial, são quaisquer infecções adquirida após a internação de um paciente em hospital e que se manifeste durante a internação ou mesmo após a alta. Devendo ser distinguida de Infecções Comunitárias prévias, as quais são constatadas no ato da admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
De acordo com David (1998) apud Lichy (2002, p. 43), a IH é “caracterizada pelo aparecimento de quando infeccioso, após 48 horas de internação, considerando precoce as infecções que surgem nas primeiras noventa e seis horas, e tardias quando está em processo de colonização microbiana por patógenos hospitalares”.
As infecções nosocomiais estão relacionadas há altos índices de morbimortalidade significativas no período neonatal. Em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em especial nas Neonatais, há uma acentuada preocupação quanto ao risco destas infecções, visto que, segundo Melo (2009, p. 304), “As unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal são consideradas áreas críticas, tendo em vista a realização de grande quantidade de procedimentos invasivos e a gravidade das crianças internadas”.
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) surgiram a partir de necessidades na melhoraria do atendimento a pacientes graves, em estado crítico, mas potencialmente recuperáveis, que necessitam de uma observação constante e uma assistência mais especializada. (VILA; ROSSI, 2008, p. 138)
Essa observação constate e assistência especializada estabelecidos na UTI, possui como principal objetivo redução da mortalidade dos pacientes por intermédio de cuidados mais intensivos, carreado a cada indivíduo uma observação contínua e integral, com cuidado específicos para cada paciente.
Nesse contexto pode ser estabelecido que o foco principal dos cuidados na UTI-Neonatal está direcionado ao cuidado do recém-nascido (RN), por intermédio das técnicas dos profissionais, as rotinas institucionais e os procedimentos que constantemente são realizados, com o intuito de que os RN superem o período de internação sem sequelas acometidas ao tratamento ou mesmo a exposição à outros organismos que possam agravar ainda mais o estado de saúde deles.
Pinto (2011, p. 1), relata que a partir desta perspectiva podemos trazer ao contexto da Unidade de Terapia Intensiva a importância do desenvolvimento de mecanismos de prevenção e controle da infecção e a minimização de ocorrências iatrogênicas.
A vigilância das infecções hospitalares identifica problemas e oferece dados que, ao serem divulgados, pode levar aos profissionais da instituição o estabelecimento de novas medidas de prevenção e controle, pois é através de suas conclusões que procedimentos, rotinas e padronizações podem ser implementados ou implantados. Estas mudanças podem ocorrer de forma participativa, com motivação dos profissionais, sem precisar de intervenções autoritárias e punitivas. (MS, 2000, p. 45)
Por intermédio de diversos questionamentos abordando o tema, este estudo tem como foco principal a revisão bibliográfica de literaturas com o intuito de analisar os principais cuidados preventivos utilizados nas IH observadas em UTI-Neonatais.
2 METODOLOGIA
Este estudo foi estabelecido por intermédio de pesquisa do tipo Bibliográfico através da utilização de Literatura Conceitual, Teórica e Intervenções estabelecidos por diversos autores e instituições, tendo como questionamento básico a inter-relação entre os processos de infecções hospitalares, as unidades de terapia intensiva neonatal e os métodos de prevenção questionados e implantados em outros estudos bibliográficos.
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