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As Origens da Prática do Cuidar

Por:   •  25/8/2018  •  Resenha  •  437 Palavras (2 Páginas)  •  264 Visualizações

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Resumo-Capítulo 1 do Livro “As origens da prática do cuidar”

Desde o surgimento do Homo sapiens, a ação de cuidar vem acompanhando a trajetória do ser humano. Na antiguidade, cabiam as mulheres cuidar da família, realizar partos e promover assistência aos feridos e idosos; enquanto ao homem cabia prover o alimento, seja caçando ou colhendo fruto silvestre e também devido maior força física, cuidar de ferimentos e fraturas devido guerras. Dessa divisão das tarefas, surgiu a primeira divisão sexuada ao trabalho.

Civilizações antigas desenvolveram normas interessantes como o Código de Hamurabi, os Dez Mandamentos e o Código Mosaico (para a História da Enfermagem, o Código Mosaico é de grande importância, pois trazia normas de saneamento, proteção contra doenças, quarentena e isolamento, válidos nos dias atuais).

Embora coubesse a mulher o cuidado a doentes, em geral havia um pajé, feiticeiro ou sacerdote que misturava misticismo com danças, beberagens e conhecimentos para assumir essa função. Aos poucos essa figura de sacerdote transformou-se no que é hoje um médico. Hipócrates, conhecido como pai da medicina, se destaca por ter separado a medicina da religião, magia e filosofia.

Mesmo com o surgimento da medicina, sentiram necessidade de atividades e profissões paralelas ao trabalho de investigação e tratamento das doenças. Surge aos poucos: A Prática da Enfermagem.

O cristianismo exerceu grande influência na ação de cuidar, pois valorizavam o cuidado com pobres e doentes. Isso fez com que pessoas da nobreza abrissem mão de seus bens para se dedicar a caridade ou transformassem seus palácios em abrigos. Por outro lado ocorreram inúmeras guerras, assim como aumento do número de epidemias , terremotos e inundações.

A queda do Império Romano em 476 foi seguida de grande caos e a igreja teve dificuldade em organizar-se, mas conseguiu através de três frentes, entre elas se destaca a organização e o patrocínio das Cruzadas para libertar Jerusalém dos Muçulmanos.

Havia nesse período necessidade de cuidados, devido à longa caminhada até a terra santa. Daí surgiu à união do Feudalismo e Cristianismo; com isso dois hospitais foram construídos e pessoas foram recrutadas por militares e monges enfermeiros para prestar os cuidados. Vale ressaltar que esse cuidado era uma atividade masculina e havia entre eles muitas regras rígidas de hierarquia e obediência, que podem ter sido transferidas para a vida secular quando a enfermagem passou a ser uma profissão remunerada e não mais uma obra de caridade.

As reformas sociais e religiosas desencadearam grandes mudanças na sociedade, entre elas o rompimento do rei Henrique VIII, da Inglaterra, com a Igreja católica, e com isso a expulsão de religiosos que cuidavam de pobres e doentes em abrigos. Desse evento surgiu o período negro da enfermagem.

 

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