Câncer - breve introdução
Por: tatiflores • 3/5/2016 • Trabalho acadêmico • 910 Palavras (4 Páginas) • 759 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença de alta incidência mundial, cuja complexidade de curso desafia à busca pelo entendimento de seu desenvolvimento, de suas manifestações clínicas e terapias que favoreçam o tratamento, maior qualidade de sobrevida e até mesmo a cura. (BRASIL, 2008)
Sabe-se que a taxa de incidência de câncer no Brasil em 2014 foi de 728.580, sendo que deste total, 373.100 pertencem ao sexo masculino e 355.480 ao sexo feminino. Sendo assim, trata-se de um problema de saúde pública que demanda um tratamento de alta complexidade e grande investimento financeiro por parte da sociedade. (BRASIL, 2008).
Atualmente o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, e o segundo tipo em incidência no mundo. No Brasil, surgem anualmente 57.120 novos casos. Além disso, enquanto o surgimento de novos indivíduos com esse diagnóstico aumenta em todo o mundo, no Brasil a mortalidade por essa causa também se apresenta em ascendência, o que não ocorre em países desenvolvidos, onde diagnóstico e tratamento adequado tem sido instituídos mais precocemente. (MEDEIROS, G. C; BERGMANN; A; AGUIAR, S. S; THULER; L. C. S, 2015)
A origem multifatorial e a rápida progressão da patologia por meio da metástase são responsáveis pelo aumento do índice de mortalidade em países em desenvolvimento como o Brasil. (INCA, 2014). Além disso, as evidências científicas apontam que dentre as doenças crônicas, o câncer é a que mais causa sofrimento e dor, tanto ao doente quanto aos seus familiares, o que leva a necessidade de desenvolvimento de terapias alternativas que minimizem o sofrimento e traga uma melhor sobrevida aos portadores. (CRUZ; BARROS; HOEHNE, 2009).
Dentre os tratamentos convencionais mais utilizados para controle do câncer encontram-se: a quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e o tratamento cirúrgico. (BONASSA, 2005; SEGRETO e SEGRETO, 2005).
Especificamente no tratamento convencional do câncer de mama, há opções conservadoras ou impactantes, bem como, locais ou sistêmicas, na cirurgia conservadora é removida apenas a massa tumoral, enquanto na mastectomia, ocorre a remoção da mama e da rede ganglionar, há ainda a radioterapia ou quimioterapia. Essas modalidades terapêuticas podem ser isoladas ou coordenadas conforme indicação prognóstica de cada indivíduo. Culturalmente a mama é muito significativa para as mulheres no que tange a auto estima, sexualidade e “identidade feminina”, e dessa forma as opções mais radicais, geram um grande desconforto, num processo já iniciado de sofrimento psíquico pela “sentença de morte” – como muitas vezes é recebido o diagnóstico – e para o qual corroboram as outras modalidades de tratamento que levam a alopecia, inapetência, astenia, mudanças na rotina cotidiana e de trabalho, impactando ainda na relação familiar e conjugal. (MAJEWSKI, J. M; LOPES, A. D. F; DAVOGLIO, T; LEITE, J. C. C, 2012)
Considerando que todas as opções de tratamento são altamente desgastantes para o portador de câncer e, além disso, podem não garantir 100% de eficácia. Torna-se importante a valorização das terapias alternativas de modo a enriquecer as terapias convencionais. (SPADACIO e BARROS, 2009)
No Brasil o reconhecimento das terapias complementares surge logo após a criação do Sistema Único de Saúde - SUS na década de 80. Uma série de marcos tecem a história da introdução dessas práticas no Sistema Único de Saúde, dos quais destacam-se: A 12º conferencia em saúde que respalda sua efetiva inclusão no SUS em 2005. Em 2011 as terapias alternativas foram reconhecidas pelo Conselho Federal de Enfermagem como uma área de atuação do profissional enfermeiro, garantindo o respaldo, a segurança e a autonomia dos profissionais de enfermagem que promovem essas práticas. (BRASIL, 2006; COREN, 2011).
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