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Câncer de Cólon e Reto

Por:   •  21/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  9.224 Palavras (37 Páginas)  •  335 Visualizações

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FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

ENFERMAGEM 4º ANO

BRUNA MÁXIMO

GLÁUCIA MONTEIRO

 LAIS BARONI MACK

THAÍS SOARES ROCHA

THAINÁ SANTOS OLIVEIRA

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA

CÂNCER DE CÓLON E RETO

- SANTO ANDRÉ –

- 2017 –

FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

ENFERMAGEM 4º ANO

BRUNA MÁXIMO

GLÁUCIA MONTEIRO

 LAIS BARONI MACK

THAÍS SOARES ROCHA

THAINÁ SANTOS OLIVEIRA

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA

CANCER DE CÓLON E RETO

Trabalho apresentado à disciplina de Oncologia, sob a supervisão da Profª Isabel Fernandes, Profª Érica Araújo e Enfª Natália Liubartas, da graduação de Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC.

- SANTO ANDRÉ –

- 2017 –[pic 1]

SUMÁRIO

1.        DEFINIÇÃO        3

2.        INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA        4

3.        FISIOPATOLOGIA        7

4.        MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - SINAIS DE SINTOMAS        8

5.        DIAGNÓSTICO        9

6.        ESTADIAMENTO        11

7.        TRATAMENTO        19

7.1        PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS        22

8.        TOXICIDADE        25

        QUIMIOTERAPIA        25

        RADIOTERAPIA        26

9.        SOBREVIDA        27

10. RECIDIVA        29

11. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM        30

12. PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM        30

13. CONCLUSÃO        39

14. REFERENCIAS        41

  1. DEFINIÇÃO

O Câncer de cólon e reto é a terceira forma mais comum de câncer e a segunda causa principal de morte relacionada com o câncer. A doença começa de forma insidiosa e os sintomas não aparecem até que a doença esteja em um estágio avançado. A triagem regular é necessária para detectar lesões pré- cancerosas. Aproximadamente 85% dos cânceres colorretais surgem de pólipos adenomatosos, os quais podem ser detectados e removidos por sigmoidoscopia ou colonoscopia.

Segundo INCA, O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.

  1. INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA

Este tipo de câncer é mais comum nos homens do que nas mulheres e as taxas de mortalidade são mais altas entre os homens e mulheres afrodescendentes. Os principais fatores de risco incluem a idade avançada, histórico familiar ou pessoal de câncer colorretal, pólipos colorretais e doença intestinal inflamatória. Cerca de 90% dos casos novos são detectados nas pessoas com mais de 50 anos de idade e cerca de 33% ocorrem nos pacientes com um histórico familiar de câncer colorretal. As doenças hereditárias contribuem para 5% a 10% dos casos. A síndrome hereditária do câncer colorretal não poliposo, também chamada síndrome de Lynch, é a forma herdada mais comum de câncer colorretal hereditário.

O estilo de vida também é um fator associado ao câncer colorretal. Obesidade,tabagismo, ingestão de álcool e consumo de grande quantidade de carnes processadas e/ ou vermelhas aumentam o risco. O exercício físico e a dieta com grande quantidade de frutas, vegetais, e grãos podem diminuir o risco. Os AINEs (ex. aspirina) e a terapia de reposição hormonal nas mulheres também podem diminuir os riscos. 

O câncer do cólon e reto configura-se como o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens, com uma estimativa de 663 mil casos novos no mundo para o ano de 2008. Já para o sexo feminino, essa neoplasia é a segunda, com 570 mil casos novos no mundo. Cerca de 60% dos casos ocorrem em regiões mais desenvolvidas. A doença é mais frequente no sexo masculino do que no feminino (cada caso identificado em mulheres corresponde a 1,4 casos encontrados nos homens). A incidência do câncer do cólon e reto está aumentando em países onde o risco era considerado baixo, como Japão e outras nações asiáticas. Em países sabidamente com alto risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, a incidência apresenta uma estabilidade ou até mesmo um declínio, como é o caso dos países da Europa Ocidental, do norte Europeu e da América do Norte, além da Austrália.

No Brasil, no ano de 2012, obteve- se a estimativa de 14.180 casos novos de câncer do cólon e reto em homens e 15.960 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 15 novos casos a cada 100 mil homens e 16 a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores da pele não melanoma, o câncer do cólon e reto entre os homens é o segundo mais frequente na região sudeste (22/100 mil) e o terceiro nas regiões sul (18/100 mil) e centro-oeste (14/100 mil). Na região norte (4/100 mil), ocupa a quarta posição e, a região nordeste (5/100 mil), a quinta. Entre as mulheres, é o segundo mais frequente nas regiões sudeste (23/100 mil) e sul (20/100 mil), o terceiro nas regiões centro-oeste (15/100 mil) e nordeste (7/100 mil), e o sexto na região norte (5/100 mil).

Segundo INCA a estimativa de novos casos em 2016 era de 34.280, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres.

[pic 2]

FATORES DE RISCO DE CÂNCER DE CÓLON E RETO

  • Histórico familiar de câncer de cólon e reto (parentesco de 1º grau);
  • Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal;
  • Histórico pessoal de câncer de cólon e reto;
  • Histórico familiar ou pessoal de polipose adenomatosa;
  • Histórico familiar ou pessoal de síndrome hereditária de câncer de cólon e reto não poliposo;
  • Obesidade (índice massa corporal > 30 kg/m²);
  • Carne vermelha (> 7 porções por semana);
  • Tabagismo;
  • Etilismo (> 4 doses/ semana).

  1. FISIOPATOLOGIA

O intestino grosso, cuja principal função é a absorção de água e eletrólitos, possui cerca de 1,5m de comprimento, apresentando-se fixo na sua quase totalidade e emoldurando o intestino delgado. É formado pelo cólon, que é situado no abdome, e pelo reto e ânus, localizados na pelve e períneo. O cólon é dividido em segmentos segundo suas características. Sua porção inicial, a mais dilatada, é chamada de ceco e é onde se encontra o apêndice vermiforme. Subindo junto à parede abdominal direita, em direção ao fígado, encontra-se o segmento chamado de cólon ascendente. Depois o intestino grosso atravessa o abdome até a parede abdominal esquerda, junto ao baço, com o nome de cólon transverso. A partir daí, desce até a parte inferior esquerda, sendo chamado de cólon descendente. As junções entre o cólon ascendente e transverso e entre este e o descendente são chamadas de flexuras hepática e esplênica, respectivamente. Após o cólon descendente, o intestino grosso torna-se solto e em forma de “S”, recebendo o nome de sigmóide. Os últimos 15 cm do trato digestivo, logo após o sigmóide, são chamados de reto, sendo subdividido em três partes: o reto superior, médio e inferior. A porção distal do reto é afunilada e conhecida como ânus, sendo a linha de transição designada de linha pectínea. É envolvido por um sistema muscular esfincteriano que tem como principal função a continência de gases e fezes.

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