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EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA A PREVENÇÃO DE IST´s EM GESTANTES: um relato de experiencia

Por:   •  21/8/2019  •  Seminário  •  2.508 Palavras (11 Páginas)  •  202 Visualizações

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA A PREVENÇÃO DE IST´s EM GESTANTES: um relato de experiencia¹

Luana Simplicio de Andrade Costa²

Averlândio Wallysson Soares da Costa³

RESUMO: Esse trabalho discorre sobre o relato de experiência acerca de um projeto de intervenção realizado com as gestantes e mulheres que desejavam engravidar na localidade de Laranjeiras dos Cosmes zona rural de São José de Mipibu /RN, durante o ano de 2018. O projeto denominado “Passo a passo para uma gravidez saudável” tratou-se de um grupo de educação em saúde organizado pela equipe de atenção básica e pelo NASF e teve como objetivo prevenir o surgimento de gestantes acometidas por infecções sexualmente transmissíveis. Como resultados obtivemos o conhecimento das gestantes atendidas avaliado através do diálogo entre as participantes e os profissionais facilitadores das ações e observamos um maior conhecimento por parte delas e de seus parceiros sobre as formas de prevenção as IST´s. Ao termino do trabalho concluímos que São inúmeras as atribuições de uma equipe de atenção primaria a saúde (APS), entre elas destaca-se a prevenção de possíveis doenças e agravos na comunidade. Para tanto a mesma deve ter pleno conhecimento a respeito das principais demandas de saúde que vem acometendo seus pacientes e buscar meios de sana-los ou ameniza-los. Os profissionais envolvidos nesse serviço devem ser sensíveis e compreender que a prevenção de doenças é uma atribuição multiprofissional e de suma importância para uma boa assistência. Está atenta as principais demandas, realizar uma escuta qualificada e se utilizar de ferramentas como a educação em saúde sem dúvidas traz excelentes resultados.

 

Palavras-chave: Infecções Sexualmente Transmissíveis. Educação em saúde. Gestantes. Atenção Básica.

1 INTRODUÇÃO

As doenças/infecções sexualmente transmissíveis (DST/IST), no curso da gravidez, podem ter efeitos devastadores no feto, na grávida e em seu parceiro. No pré-natal, o casal deve ser avaliado para a possibilidade de IST, aconselhado sobre a possibilidade e importância da infecção perinatal e estimulado ao tratamento, caso seja necessário. (REZENDE,2017).

Entre 2004 e 2007 o Departamento Nacional de DST e AIDS do Ministério da saúde realizou um estudo com 3.303 gestantes submetendo-as a teste de Sífilis, gonorreia, clamídia, HIV, hepatite B e HPV, tal estudo revelou que 42% das grávidas tinham pelo menos uma das IST´S.

Durante o ano de 2018 se tem registro que 1.801 gestantes foram acompanhadas na rede de atenção básica da cidade de São José de Mipibu e apenas 844 realizaram os testes rápidos de HIV, Sífilis, hepatite B e hepatite C, exames esses que se encontram disponíveis em todas as unidades de atenção básica o que deixa evidente a necessidade de ações que orientem e estimulem a prevenção do surgimento de doenças nessa fase da vida (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU).

A UBS Laranjeiras dos Cosmes (São José do Mipibu) não apresenta números elevados de mulheres acometidas por infecções sexualmente transmissíveis, mas por outro lado é comum a aparecimento de Gestantes com queixas ginecológicas associadas ao não uso do preservativo. Demonstrando a vulnerabilidade em que essas usuárias se encontram. Por esse motivo, se fez necessário um projeto de intervenção que trabalhasse de maneira efetiva a prevenção das DST´s.

A prevenção das DST/AIDS abrange, especialmente, questões sócio-culturais e psicoafetivas. As ações de prevenção e assistência devem levar em conta como homens e mulheres são socializados, como se relacionam e de que forma exercem sua sexualidade (BRASIL, 2008).

Trabalhar pela prevenção das DST/HIV/AIDS é trabalhar para que as pessoas possam se proteger durante as relações sexuais, utilizando o preservativo. É trabalhar para que usem seringas descartáveis e tenham os cuidados necessários na hora da gravidez, do parto e da amamentação (BRASIL, 2008).

A Atenção Básica é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades (BRASIL,2018).

Entre as ações desenvolvidas pela atenção básica está a oferta da consulta pré- concepcional e de pré-natal que tem como objetivo garantir uma gestação e um parto sem impactos negativos para a saúde materna e fetal. Nas consulta e acompanhamento do pré-natal, a gestante deve receber informações sobre seus direitos, hábitos saudáveis para a melhoria da qualidade de vida, (alimentação, exercícios, suplementação para alguma carência) medicamentos que precisa tomar e os que deve evitar, além das mudanças que ocorrem durante a gravidez, como a maior incidência de sono e alterações no ritmo intestinal.

No pré-natal a gestante também deve receber informações sobre sinais de risco em cada etapa da gestação e como lidar com dificuldades de humor, temores em relação à sua saúde e a saúde do bebê, enjoos, inchaço, manchas na pele, sinais de parto entre outros. A assistência pré-natal de baixo risco é uma atividade que deve ser realizada na atenção primária a saúde conforme determinam as orientações contidas as normas emanadas do Ministério da Saúde. O acompanhamento de pré-natal. Consistem em um momentos oportunos para prática de ações de combate as ISTS (BRASIL, 2012).

Através do trabalho de promoção e proteção à saúde devem ser apresentados os riscos de transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e seus agravos, principalmente devido à falta de informação e a iniciação a vida sexual precoce. As IST´s estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Entre suas consequências estão a infertilidade feminina e masculina, a transmissão de mãe para filho, determinando perdas gestacionais ou doença congênita, e o aumento do risco para a infecção pelo HIV (BELDA, SHIRATS, PINTO; 2009).

Tais infecções são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Assim, este artigo tem como objetivo relatar a experiência vivenciada a cerca de um projeto de intervenção realizada pela equipe de atenção primária a saúde (APS) na Comunidade de Laranjeiras dos Cosmes, zona rural de São José de Mipibu, no ano de 2018, cujo o público alvo foram as gestantes da área adscrita

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