Epidemiologia
Por: princesa84 • 31/8/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 2.235 Palavras (9 Páginas) • 475 Visualizações
História da Epidemiologia
Em seus primórdios, a epidemiologia tem de base mantenedora um equilibro entre a medicina coletiva e a medicina individual, embasado em seus três eixos essenciais; a clínica, a estatística e a medicina social.
Suas precursoras são Deusas da antiguidade grega chamadas de Panaceia e Higéia, filhas do deus Asclépio.
Com duas teorias distintas, elas criaram ambiente para a evolução desta teoria. Panaceia foi a padroeira da medicina curativa; acreditava na cura pelas intervenções medicamentosas, encantamentos, e manobras físicas aliadas a utilização de curativos. Já Higéia acreditava em uma homeostase resultante de uma harmonia do homem com seu ambiente.
A partir destas ideias, formou-se o conceito de higiene e promoção de saúde, agregadas aos conhecimentos e estudos de Hipócrates.
Conceito de epidemiologia
Ciência que estuda o processo saúde doença proporciona as bases para avaliação das medidas de profilaxia, analisando a distribuição e os determinantes das enfermidades, morbidade e mortalidade a fim de traçar o perfil de saúde e doença nas coletividades humanas, propondo medidas especificas de prevenção, controle, ou irradicações de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu “guia de métodos de ensino” (1973), define epidemiologia como: “O estudo de fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas”.
Segundo IEA, são três objetivos principais de epidemiologia:
1 – Conhecer a amplitude dos problemas de saúde que alcançam a população humana;
2 – Disponibilizar dados para a programação, aplicação e avaliação das ações preventivas;
3 – Identificar fatores etiológicos nas gêneses das enfermidades.
História da doença
O período pré-patogênico é a evolução dos condicionantes sociais e ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade.
As pré-condições interligadas e são interdependentes que seu conjunto forma uma estrutura, onde cada vez que um dos componentes sofre alteração os outros trabalham para haver um novo equilíbrio.
O estudo pré-patogênico deve levar em consideração alguns fatores, como:
- fatores socioeconômicos
- fatores sociopolíticos
- fatores socioculturais
- fatores psicossociais
Fatores socioeconômicos fazem muita diferença na vida do ser humano, é do meio que vive que surgem condições privilegiada de vida ou não.
Segundo Renaud (1992), pessoas desprivilegiadas economicamente são:
- Percebidos como mais doentes e mais velhos;
- duas ou três vezes mais propensos a enfermidades graves;
- morrem mais jovens;
- procriam crianças de baixo peso, em maior proporção;
- taxa de mortalidade infantil mais elevada.
Isto não é uma regra, mas uma condição mais favorável de se contrair doenças pelo seu ambiente e cuidados.
Fatores sociopolíticos:
É a partir do sistema político que é regido no pais a valorização humana e acesso às informações que estão ligadas as leis de cada região, sendo assim, é indispensável do fator socioeconômico.
Fatores socioculturais:
No contexto social não podemos deixar de lado os hábitos culturais, costumes e religião. O ambiente cultural influencia drasticamente na vida do ser humano, acelerando o desenvolvimento da patologia ou retardando.
Fatores ambientais:
O fator ambiental abrange o meio físico que o ser vive, tendo com ele seu ambiente biológico e ecológico.
Fatores psicossociais:
Podem ser caracterizados como a formação estrutural do ser como individuo, sendo de forma positiva ou negativa pela falta ou presença dos países, carência afetiva, abusos e outras violências. Fatores psicossociais atingem diretamente no sistema e crescimento do indivíduo, os sinais da doença podem ter início em qualquer fator, provocando sinais e sintomas, podendo assim no futuro ser porta aberta para doenças crônicas.
Prevenção
A saúde pública intervém buscando evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental. Podemos considerar a prevenção um dos meios de tecnologia mais abrangente em relação à saúde pública, onde se busca estabelecer ou reconhecer um conjunto de processos interativos dos diferentes fatores que explicam a ocorrência das doenças. Grandes desafios vêm surgindo com o passar do tempo, onde buscamos sempre respostas e ideias para atuar em quaisquer situações.
A responsabilidade não cabe somente aos profissionais de saúde em prevenir doenças, engloba todo um conjunto de técnicas juntamente com a população sendo limitada pela estrutura socioeconômica e política.
Métodos são utilizados para uma sistematização melhor de como abranger todas as necessidades para a melhoria de saúde.
São três etapas: Prevenção primaria, prevenção secundaria, prevenção terciaria.
Na prevenção primaria inclui-se:
Promoção de saúde; Moradia adequada; Áreas de lazer; Alimentação adequada; Educação em todos os níveis; Proteção especifica; Imunização; Saúde ocupacional; Higiene pessoal e do lar; Proteção contra acidentes; Aconselhamento genérico; Controle de vetores;
Prevenção secundaria
Executada nas práticas de exames preventivos e periódicos, incluindo o diagnóstico, o tratamento precoce, e a limitação da invalidez.
Prevenção terciária
É a parte da reabilitação do indivíduo, onde cabe reintegra-lo ao meio social novamente de forma a estar apto para desempenhar suas funções (fisioterapia, terapia ocupacional, e até mesmo um emprego para o reabilitado).
O mais difícil, é abranger integralmente essas três etapas, pois em países subdesenvolvidos as condições socioeconômicas ali mantidas se torna um problema em relação à má distribuição de renda, má distribuição fundiária, e pela falta de ação do poder econômico e político, acarretando atrasos na alimentação, moradia, educação, saúde e lazer. O cidadão inúmeras vezes vira escravo da sociedade e do governo. Esperamos que o mesmo haja de acordo com suas necessidades vitais, o que não ocorre em tempo, ultrapassando as necessidades.
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