IMUNOLOGIA – ENFERMAGEM IMUNODEFICIÊNCIA
Por: Paloma Steffen Kolling • 25/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.094 Palavras (5 Páginas) • 1.294 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST
IMUNOLOGIA – ENFERMAGEM
IMUNODEFICIÊNCIA
PALOMA STEFFEN KOLLING DOS SANTOS
INTRODUÇÃO:
O trabalho a seguir trata de conceituar a Imunodeficiência e suas classificações bem como exemplos de doenças e tratamentos.
Imunodeficiência.
Imunodeficiência ou deficiência imunológica é quando o sistema imunológico está comprometido ou ausente para combater doenças infecciosas.
A pessoa imunocomprometida tem uma imunodeficiência de qualquer tipo, podendo ser em particular vulneráveis a infecções normalmente afetadas a todos.
Os pacientes que sofrem de um sistema imunológico mais ativo ou transplantado tomam medicamentos para suprir seu sistema imunológico como prevenção anti-rejeição.
Algumas pessoas nascem com defeitos no sistema imunológico ( imunodeficiência primária), porém a maior parte dos casos de imunodeficiência é adquirida ou secundária.
- Imunodeficiência Primária
A imunodeficiência primária normalmente são hereditárias, com a maior parte destes distúrbios autossômicos e ligados ao cromossomo X ou erros genéticos das células que formam o sistema imunológico.
Pessoa com doenças de imunodeficiência primária tem um sistema imunológico com ausência de um ou mais tipos de tecido, proteínas ou células como linfócitos ou granulócitos. Assim estarão mais vulneráveis a contrair infecções e podem demorar mais tempo para se recuperar, mesmo se tratando com antibióticos, infusões de anticorpos e até transplantes de células- tronco.
Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) elenca mais de 150 tipos diferentes de imunodeficiência primária, portanto há diferentes tipos de IP. Os tipos mais comuns de IP são:
- Imunodeficiência Variável Comum
- Agamaglobulinemia ligada ao cromossomo X
- Síndrome de Helper – IgM
- Deficiência seletiva de IgA
- Deficiência de subclasse de IgG
- Imunodeficiência combinada grave
- Síndrome de Wiskott – Aldrich
- Síndrome de DiGeorge
- Ataxia-telangiectasia.
Há uma série de terapias específicas, uma das mais comuns é a imuglobina intravenosa (IVIG)
A imoglobina humana – IVIG é uma solução de proteína a base de anticorpos extraído de plasma humano ( hemoderivado). Esse tipo de tratamento é útil para a pessoa IP porque repõe temporariamente anticorpos que combatem infecções, ausentes em alguns casos. O IVIG é administrado via intravenosa com a dosagem partículas, baseado no grau da infecção, peso, etc... Assim como cada fabricante possui seu próprio método de coleta, banco de doadores, processo de fabricação e inativação viral.
- Imunodeficiência Adquirida ou secundária
O estado resultante de processos externos em particular ou doenças são chamados de imunodeficiência adquirida ou secundária.
A desnutrição, envelhecimento e uso de medicamentos como na quimioterapia, drogas modificadoras da doença reumática, imunossupressores após transplantes, glicocorticóides são as causas mais comuns de imunodeficiência secundária.
Várias doenças específicas direta ou indiretamente podem prejudicar o sistema imunológico. Incluindo muitos tipos de câncer, principalmente aqueles da medula óssea e células do sangue como a leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e certas infecções crônicas.
A AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) causada pelo HIV ( Vírus da Imunodeficiência Humana) é conhecido como a “marca” da imunodeficiência.
O HIV infecta diretamente um pequeno número de células T helper, e também prejudica outras respostas do sistema imunológico de forma indireta. É um vírus da família dos retrovírus, o que significa que dos 2 tipo de ácido nucleico que podem constituir o código genético: DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico) este vírus é constituído por RNA.
Existem 2 tipos de VIH: VIH-1 e VIH-2. O VIH-1 é o mais frequente em todo o mundo e o VIH-2 foi inicialmente descoberto em África e é mais parecido com o Vírus da Imunodeficiência dos Símios do que com o VIH-1.
Assim sendo, o indivíduo com AIDS pode ter:
- infecções que não são comuns nas pessoas com imunidade normal (pneumocystis carinii, mycobacterium tuberculosis, mycobacterium avium, toxoplasma gondii, vírus da varicella zoster, cryptotoccus neoformans, histoplasma capsulatum, coccidioides immitis, cytomegalovírus)
- doenças respiratórias (bronquite, sinusite, pneumonia)
- doenças cardíacas (cardiomiopatia por invasão por sarcoma de Kaposi, crytococose, doença de Chagas, toxoplasmose e derrames pericárdicos)
- doenças gastro-intestinais (lesões orais como a candidíase, por exemplo, esofagite, diarreia, colite)
- doença hepática (95% têm hepatite B)
- doença pancreática (como efeito secundário dos medicamentos)
- doença renal (nefropatia)
- doença genito-urinária (infecções urinárias, candidíase vulvovaginal)
- doenças endócrinas (lipodistrofia, hipertiroidismo, hipogonadismo)
- doenças reumatológicas (artropatia, síndrome articular doloroso)
- doenças hematopoiéticas (anemia, linfadenopatia generalizada, trombocitopenia)
- doenças dermatológicas (dermatite seborreica, foliculite pustular eosinofílica, herpes)
- doenças neurológicas (meningite asséptica, encefalopatia, convulsões, toxoplasmose cerebral, doença da medula espinal, neuropatias periféricas)
- doenças oftalmológicas (retinite a citomegalovírus, síndrome de necrose retiniana)
- doenças neoplásicas (sarcoma de Kaposi, linfomas)
A AIDS pode ser transmitida de 3 formas:
Via sexual:
- o vírus está concentrado no fluído seminal
- a transmissão entre casais heterossexuais é a mais freqüente
- o risco de transmissão do homem para a mulher é 8 vezes superior ao inverso
- o risco aumenta se existirem lesões nas superfícies em contacto com o líquido seminal ou fluído vaginal
- a única forma totalmente segura de proteger este tipo de transmissão é a abstinência de relações sexuais
- o uso de preservativo é o meio de prevenção mais seguro a seguir à abstinência
Via parentéral (através do sangue):
- a transmissão por transfusões deixou de ser causa de grande risco desde que se realizam testes para despistar o vírus nos doadores
- o mesmo se aplica a doadores de órgãos ou tecidos
- os utilizadores de drogas injetáveis estão em maior risco
- os trabalhadores da área da saúde e os que trabalham diretamente com sangue ou seus derivados estão também em risco e por isso devem respeitar os procedimentos preventivos escrupulosamente
Mãe-feto
- a transmissão pode acontecer no 1º ou no 2º trimestre mas é mais comum na altura do parto
- sem tratamento da mãe o risco de transmissão é de 15-25% nos países desenvolvidos e aumenta para 25-35% nos países com piores cuidados de saúde
- as grávidas devem fazer um teste voluntariamente e se forem soropositivas devem fazer tratamento anti-retroviral para reduzir a viremia, ser acompanhadas por um obstetra e devem evitar a amamentação (risco de transmissão de 5-15%)
- outros fluídos
- não existe evidência de transmissão da SIDA pela saliva, lágrima, suor ou urina. Os casos que existem e que reclamam ter sido esta a via de transmissão não podem excluir completamente a hipótese da transmissão parentérica, por contacto com feridas ou erosões da pele
Além dos tratamentos específicos de cada uma das complicações da AIDS, existem tratamentos para reduzir a replicação do vírus, são os antiretrovirais. Outros medicamentos disponíveis, que se usam em associação com estes, são os inibidores das proteases. Também muito importante é ajudar o doente e a família a lidar com a seropositividade primeiro e com a AIDS depois e principalmente a educação dos doentes para evitarem comportamentos que possam pôr em risco outras pessoas.
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