Importância da higienização das mãos
Por: caroltramontin • 22/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.419 Palavras (6 Páginas) • 267 Visualizações
UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP
CURSO DE ENFERMAGEM
CAROLINE TRAMONTINI
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
CAÇADOR
2018
CAROLINE TRAMONTINI
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Projeto de extensão apresentado ao PAEC da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe - UNIARP campus de Caçador sob orientação do Prof. Msc Vilmair Zancanaro.
CAÇADOR
2018
- INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
A adoção de práticas para controle das infecções em hospitais surgiu a partir do século XVIII, quando o ambiente nosocomial deixou de ser apenas um local onde se prestava assistência aos menos favorecidos, e passou a ser um estabelecimento de cuidados com a saúde e, com o passar do tempo, também um centro de diagnósticos, investigação e tratamento de enfermos (DE PAULA, 2008).
As unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são centros de tratamentos de saúde altamente complexos, destinados principalmente a assistência de pacientes graves, que demandam espaço físico específico, cuidados individualizados e devido à gravidade da clínica a qual se encontram, alguns procedimentos como a traqueostomia, por exemplo, são muitas vezes utilizados (CIAMPONE; GONÇALVES, 2006; MORAES; FILHO, 2017).
A traqueostomia no paciente em estado crítico é frequentemente utilizada e indicada pelos médicos em terapia intensiva nos casos de tempo prolongado ou presumidamente prolongado de ventilação mecânica (MORAES; FILHO, 2017) sendo que suas vantagens sobressaem as desvantagens do método, salvo a fácil via de contaminação e possível desenvolvimento de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) (PASINI et al., 2007).
A colonização bacteriana por patógenos invasores e oportunistas, pode em pacientes imunocomprometidos, desencadear processos infecciosos. Bactérias são transmitidas de portadores para indivíduos não colonizados, em ambientes hospitalares, leitos mal desinfetados, por familiares, equipe médica e de enfermagem, por contato direto ou indireto por mãos com ou sem luvas. Portanto estratégias de descontaminação das mãos tornam-se necessárias para redução da carga bacteriana das mãos e prevenção da transmissão horizontal da infecção (NUNES et al., 2017).
Cerca de 30% das infecções relacionadas a assistência em saúde podem ser prevenidas por medidas simples, como a lavagem das mãos (LAURINDO, 2016). Afim de diminuir a incidência de IRAS em Unidades de Terapia Intensiva a Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) preconizam e enfatizam o uso da lavagem das mãos por oportunidades, sendo elas antes do contato com o paciente e após este contato, antes da realização de procedimento assépticos e após os mesmos e após o contato com fluídos corporais do paciente e/ou mobiliário do mesmo. O número estimado de oportunidades da lavagem das mãos em UTIs, por hora de trabalho, é cerca de 22 lavagens, podendo estas oportunidades variarem de acordo com as diferentes unidades de internação do hospital (BRASIL, 2009).
Necessita-se levar em consideração que IRAS não é qualquer doença infecciosa mas sim, um processo patológico decorrente da evolução de práticas de assistência incoerentes com os reais protocolos de promoção de saúde e segurança do paciente, no qual predominam procedimentos invasivos para fins diagnósticos e também para a terapêutica (PEREIRA et al., 2005).
Dentre diversas discordâncias e fatos que implicam na aderência da HM como, por exemplo, o tempo gasto no decorrer do processo, o ressecamento das mãos e dermatite crônica de contato devido ao uso de repetitivo de sabão líquido, a ANVISA preconiza a utilização de solução alcoólica acrescido de 1% a 3% de emoliente, podendo ser glicerol ou outro hidratante de mãos. O uso de soluções alcoólicas reduz o tempo do processo de HM, é eficaz na remoção de microrganismos oportunistas e patogênicos e pode ser hidratante devido a presença do emoliente, porém, o uso dessa solução não deve substituir a lavagem com água e sabão quando as mãos do operador estiverem visivelmente sujas (BOYCE; PITTET, 2002; BRASIL, 2009).
As IRAS afetam centenas de milhões de pacientes internados em leitos hospitalares trazendo impactos econômicos significativos para pacientes, hospitais e sistemas de saúde em todo o mundo, representando nos países desenvolvidos de 5% a 10% das internações hospitalares para cuidados agudos (OPAS, 2016). O entendimento da importância do profissional da saúde na prática de HM é essencial para o planejamento de intervenções importantes nos serviços de saúde, recuperando o zelo pelas boas práticas de segurança e cuidados com o paciente, contribuindo para a melhora do mesmo, podendo reduzir por meio de ações como essa o período de estadia na unidade de terapia.
1.2 PROBLEMA
Segundo informações da OPAS, aproximadamente 70% dos profissionais de saúde e 50% das equipes cirúrgicas não praticam rotineiramente a higienização das mãos sendo que estudos demonstram que esta prática reduz significativamente os riscos de IRAS em pacientes nos leitos hospitalares. Diante do exposto questiona-se: Os funcionários da UTI de um determinado hospital localizado no Meio-Oeste de Santa Catarina têm a ciência sobre a importância da HM e as realizam durante as oportunidades promovidas pela jornada de trabalho?
1.3 JUSTIFICATIVA
Apesar da higienização das mãos (HM) ser uma prática pouco dispendiosa e muito valiosa na prevenção da contaminação cruzada por patógenos oportunistas transitórios, há ainda uma certa resistência na sua adesão. Manter atitudes adequadas, exigindo do profissional motivação e conhecimento técnico podem ser elencados como os principais significados do termo adesão na HM. No entanto, a relação oportunidade, conhecimento e atitude pode ser baixa e entre os fatores que podem contribuir para tal é a desmotivação, déficit de conhecimento técnico da equipe, qualificação insuficiente dos profissionais e influências negativas na equipe.
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