Insuficiência Renal Aguda
Por: Brunna Estanislau • 25/8/2015 • Trabalho acadêmico • 4.914 Palavras (20 Páginas) • 912 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Á Insuficiência renal aguda (IRA) É definida como perda rápida da função renal com azotemia (elevação de uréia e creatina). Existem mais de 35 definições na literatura onde tem sido proposta em substituição da Lesão renal aguda por ser mais amplo desde pequenas abrange alterações na função até mudanças que necessitam de terapia de substituição renal (TSR). (NUNES et al., 2010)
A intra-renal, também conhecida como Necrose Tubular Aguda (NTA), é causada por doença parenquimatosa se constituindo no tipo mais frequente, ocorrendo devido a lesões recentes nos rins, que podem ser por isquemias, por uso de anestésicos, antibióticos, contrastes radiológicos e nefrite. (BERNARDINA et al., 2008).
Já a pós-renal se desenvolve por obstrução do fluxo urinário, sendo assim causada por cálculos urinários, obstrução bilateral de ureteres, tumores, hipertrofia prostática, coágulos e hemorragia retroperitoneal, sendo uma das causas menos freqüentes da IRA. (BERNARDINA et al., 2008).
1.1 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo identificar as ações desenvolvidas pelo enfermeiro e suas implicações no processo da assistência aos pacientes em tratamento intensivo, e a importância do enfermeiro na pratica profissional na atuação onde irão contribuir na aplicação de ações e de informações científicas, para um processo que envolva o aprendizado individual e coletivo.
1.2 Metodologia
O trabalho tem como estratégias estabelecer fundamentos na prática e no conhecimento, onde mostrará seus grandes riscos de forma a prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos no atendimento e internação. Foi realizado esse trabalho através de artigos e revistas.
Interdisciplinaridade
2 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é definida como a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular e do volume urinário, porém, ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico. Causada pela insuficiência da circulação renal ou por disfunção glomerular e tubular. A IRA pode ocorrer em qualquer faixa etária e sexo, assim como em todos os setores de um hospital e principalmente nos pacientes gravemente enfermos, que estão expostos a inúmeras condições que podem resultar em comprometimento renal, provenientes de fatores hemodinâmicos e nefrotóxicos. (GARCIA et al., 2005)
(IRA) é considerado um termo que se aplica quando os rins não conseguem ter um desempenho de suas funções adequadamente. A insuficiência renal pode ser crônica ou aguda onde insuficiência renal aguda pode ser transformar em crônica se a lesão for muito grave e não houver recuperação completa, do mesmo modo, uma pessoa com insuficiência renal crônica e função baixa, mas estável, pode sofrer alguma agressão em seus rins agudizando sua insuficiência. (YU LUÍS et al,. 2010
2.1 Epidemiologia
A IRA abrange uma complicação em cerca de 5% das hospitalizações e até 30% das internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A NTA e responsável por mais de 50% da IRA em pacientes hospitalizados e mais de 76% dos casos nos pacientes que se encontram em UTI, sendo sepse a condição mais comumente associada. A prevalência de IRA varia de acordo com os valores de creatinina utilizados no diagnóstico em cada estudo tendo importante impacto na mortalidade (Figura 1). A incidência de IRA com o passar da idade vai aumentando sendo 3,5 vezes maior nos pacientes acima de 70 anos. (NUNES et al., 2010)
2.2 Etiologia
A IRA pode fazer parte de diversas doenças. Costuma ser dividida em três etiologias Para fins de diagnóstico e tratamento. Pré-renal: doenças que provocam hipoperfusão renal, sem comprometer a integridade do parênquima, cerca de 55%; Renal: doenças que afetam diretamente o parênquima renal, cerca de 40%; e Pós-renal: doenças associadas à obstrução do trato urinário, cerca de 5% (NUNES et al., 2010).
3. CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
As causas de (IRA) são classificadas tradicionalmente pela localização da anatomia renal que afetam. Assim, sendo classificada em pré-renal, intra-renal e pós renal.
3.1 Insuficiência renal aguda - pré-renal
IRA pré-renal é a etiologia mais comum onde é representado respostas fisiológicas à hipoperfusão renal sendo assim leve a moderada, não tendo nenhum defeito estrutural nos rins. A pré renal pode ocorrer por qualquer razão seja traumática ou sepse, devido a uma hipovolemia ou hipotensão resultando assim em uma hipoperfusão, prejudicando assim a filtração glomerular. (YU LUÍS et al., 2010)
É máxima a dilatação auto-reguladora das arteríolas aferentes quando a pressão arterial sistê- mica media é de 80mmHg, pois quando esta se encontra abaixo desses níveis podem precipitar queda na taxa de filtração glomerular (TFG), graus menores de queda da pressão arterial sistêmica média podendo acometer em indivíduos idosos ou pessoas com algumas comorbidades. Outro fator que pode levar a esta situação é o uso de fármacos como: AINEs e IECA. (GONÇALVES et al., 2012)
O diagnóstico é de suma importância, pois há reversibilidade do caso em um a dois dias, mas se persistir pode levar à NTA. Na tentativa de conservação hidrossalina a angiotensina aumentando a reabsorção de água e sódio pelo néfron proximal, a aldosterona aumenta a reabsorção de água e sódio no néfron distal e a vassopressina aumenta a reabsorção de água no néfron distal, tudo isso levando a oligúria, urina concentrada, com mínima quantidade de sódio. (BERNARDINA et al., 2008).
Síndrome Hepatorrenal é uma forma particular e agressiva de IRA que acomete pacientes com cirrose hepática ou outras hepatopatias, ocorre vasoconstricção intra-renal e retenção acentuada de sódio. (YU LUÍS et al., 2010)
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