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O Ingurgitamento Mamário

Por:   •  16/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  154 Visualizações

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Ingurgitamento mamário

O ingurgitamento mamário tem sido uma das principais dificuldades na amamentação, frequentemente ocorre nos primeiros dias pós-parto (3-5 dias), posteriores ou junto com a apojadura (descida do leite). É importante diferenciar o ingurgitamento fisiológico do patológico, como no processo de lactogênese (produção do leite), a apojadura é designada como ingurgitamento fisiológico (SOUSA et al, 2012).  Por sua vez, o ingurgitamento patológico caracteriza-se pela distensão tecidual excessiva, em que as mamas ficam excessivamente distendidas, o que causa dor, hiperemia local e edema mamário. As mamas ficam achatados, dificultando a pega do recém-nascido. O ingurgitamento mamário pode ser classificado, de acordo com o local da mama acometido, em lobular, onde a dor se refere em pontos esparsos da mama; lobar, aonde a dor consiste em uma ou mais regiões esparsas da mama; ampolar, aonde a dor é na região areolar, com presença de edema; e a glandular, em que a dor consiste em toda a glândula, podendo se acarretar em ingurgitamento glandular não obstrutiva e obstrutiva.

Para evitar ingurgitamento, a pega e a posição para amamentação devem estar adequadas e, quando houver produção de leite superior à demanda, as mamas devem ser ordenhadas manualmente. Sempre que a mama estiver ingurgitada, a expressão manual do leite deve ser realizada para facilitar a pega e evitar fissuras.

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE INGURGITAMENTO MAMÁRIO

Como visto previamente, o ingurgitamento mamário consiste em fisiológica e patológica, contendo várias maneiras de classificação. Para tratar o ingurgitamento mamário patológico, é necessário procedimento de caráter preventivo e também caráter curativo, assim amparando a cliente de forma eficaz.

  • Caráter preventivo

Neste procedimento é necessário orientar que sempre que for oferecer a mama, testar a flexibilidade da região areolar, e se estiver flexível oferecer a mama ao bebê. Em caso de que a região não esteja flexível, retirar o leite manualmente, até ela se tornar flexível.

[pic 1]

Após amamentação, fazer a auto palpação da mama, a fim de detectar precocemente pontos dolorosos, em razão em que se ocorrer acúmulo de leite, levando à dor, em consequência a oferta está sendo maior que a procura, tendo como recomendação a retirada manual do leite até o desaparecimento da dor.

[pic 2]

Em caso de que a paciente não detectar pontos dolorosos, recomenda-se que a mãe amamente o RN (recém-nascido) sempre que ele solicitar, garantindo apenas a flexibilidade areolar.

No caso em que a produção é maior que a drenagem, em consequência, aumenta a pressão, levando-a dor. Neste caso, é recomendado que antes de cada mamada fazer a retirada manual do leite através da expressão da borda areolar, com finalidade de deixar essa região flexível, permitindo, que o RN faça uma boa pega, desempenhando a força no ponto correto (seios galactóforos) para drenagem do leite e procedendo corretamente a dinâmica de sucção; e entre e/ou após as mamadas fazer a auto palpação, com a finalidade de identificar pontos ou regiões dolorosas.

  • CARÁTER CURATIVO

É utilizado nos casos de grande desequilíbrio entre a produção láctea e a drenagem, indicado para os ingurgitamentos glandulares (não obstrutivos e obstrutivos) e ampolar.

  1. Ingurgitamento glandular não obstrutivo: para esta condição, deve-se amamentar normalmente (desde que tenha flexibilidade areolar); e proceder à retirada manual do leite, até o ponto de conforto e desaparecimento da dor, este procedimento deve-se ser realizado em vários períodos do dia, até que se consiga obter o equilíbrio entre a oferta e a procura.
  2. Ingurgitamento glandular obstrutivo:  para esta circunstância, é necessário verificar a cada 3 horas se a drenagem se iniciou, neste caso, pode ocorrer C.V.L. (congestão veno-linfática) dos alvéolos, canalículos e ductos alcançando obstrução, tendo que se atentar ao sinais e sintomas da C.V.L., quando se inicia a drenagem láctea para a retirada do leite parcimoniosamente, em virtude de aumento do fluxo de leite, deve se retira-lo até o ponto de conforto sistematicamente a cada 3 horas; e deve-se fazer o uso de analgésicos e antiflamatórios, mediante prescrição médica, caso a mulher esteja sentindo muita dor.
  3. Ingurgitamento ampolar: neste caso, precisa suspender a lactação na mama comprometida até o desparecimento completo do edema, pois, se a aréola estiver edemaciada, o RN não poderá fazer uma boa pega e, desta forma, não conseguirá aplicar à força adequada nos seios galactóforos. E deve-se fazer a retirada manual do leite, através da expressão areolar sistemática, até regressão do estado clínico.

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