O PAPEL DO ENFERMEIRO NO MANEJO DA DOR EM PREMATUROS ABAIXO DE 34 SEMANAS
Por: 2609201112 • 27/10/2022 • Monografia • 1.566 Palavras (7 Páginas) • 195 Visualizações
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE – EEP FMUSP
Viviane Aparecida Braga de Oliveira
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO MANEJO DA DOR EM PREMATUROS ABAIXO DE 34 SEMANAS
São Paulo
2022
Viviane Aparecida Braga de Oliveira
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO MANEJO DA DOR EM PREMATUROS ABAIXO DE 34 SEMANAS[pic 1]
São Paulo
2022
1.INTRODUÇÃO
De acordo com Carneiro et al. 2016, a dor no Recém nascido (RN) não era levada em consideração pois pensava-se que devido a imaturidade neurológica do RN e ausência de mielinização e por não haver registro de dor na memória não existisse, esse pensamento se deu até a decada de 1970, no entanto, pesquisas atuais pontam que 75% dos impulsos dolorosos são transmitidos através das fibras periféricas não mielinizadas, já que o RN possui componentes receptores e transmissores dos estímulos de dor (BRITO et al., 2020; ARAÚJO et al., 2016).
Conforme International Association for the Study of Pain (IASP), o fenômeno da dor caracteriza-se pela percepção emocional e sensorial ruim por meio de um atrito tissular que pode ser potencialmente real ou não (ANDRADE, 2019).
Para Christoffel et al. 2017, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) durante a permanência do RN, muitos procedimentos e fatores considerados estressantes são fundamentais para o desencadeamento da dor nesse RN que por sua vez, não tem como falar o que está sentino, no entanto, o RN possui uma forma de comunicação específica, esse fator torna difícil a interpretação por parte da equipe de enfermagem dificultando assim a avaliação da dor, essa dificuldade caracteriza um grande obstáculo na prestação de uma assistência de qualidade já que o fenômeno da dor além do desconforto pode repercutir de forma negatiga tanto organicamente como emocionalmente, impactando o desenvolvimento futor do RN (OLIVEIRA et al., 2016).
Sendo assim, Silva, Marinho e Santos afirmam que durante o período de internação do RN na UTIN, cerca de 50 a 150 estimulos dolorosos por meio dos procedimentos realizados, para um RN com peso abaido de um quilo, estima-se que durante a internação são submetidos a mais de 500 procedimentos potencialmente causadores de dor.
Andrade, 2019 acredita que o profissional Enfermeiro exerce papel relevante no controle e perceção da dor por meio da avaliação da mesma, já que, além de possuir conhecimento o profissional permanece mais tempo beira leito o que favorece o reconhecimento das expressões faciais geradas pelos RN conforme o grau de exposição, o que possibilita a realizar planejamento assistencial e alivio da dor.
Verificou-se na prática em Unidade de Terapia Intensiva, a necessidade de obter-se mais dados sobre o processo de manejo da dor em RNs prematuros abaixo de 34 semanas por parte do enfermeiro e refletir sobre as situações de sofrimento vividas pelos prematuros durante a fase de internação neste setor e assim desenvolver técnicas e manejo para avaliação da dor no RN prematuro e obter soluções e orientações para otimizar o planejamento da assistência de enfermagem; no sentido de aprimorar a percepção e avaliação da dor por parte do enfermeiro permitindo amenizar o desconforto gerado por ela.
A vivência enquanto profissional de enfermagem impulsionou a realizar uma reflexão e escolher este tema, e pesquisar o papel do enfermeiro no manejo da dor no RN prematuro abaixo de 34 semanas na UTIN, além do que, o estudo poderá fornecer mais informações a respeito da importância da atuação do enfermeiro e sua equipe.
O estudo justifica-se por entender que a atuação do enfermeiro é bastante relevante tanto na prevenção da dor como no monitoramento da mesma, por meio da aplicação de escalas específicas e assim, contribuindo para o alívio da dor.
Diante da necessidade em conhecer os benefícios do manejo da dor por parte da enfermagem e a importância da atuação do enfermeiro na implementação de cuidados e protocolos para a prevenção da mesma, surgiu o seguinte questionamento: Quais as principais produções científicas brasileiras e internacionais que discorrem sobre a importância da atuação do enfermeiro no manejo da dor em RNs prematuros abaixo de 34 semanas durante o período de internação na UTIN publicadas nos últimos 5 anos que possam nos atualizar sobre essa temática dentro do ambiente hospitalar?
A presente pesquisa busca mostrar a importância da participação do enfermeiro nesse processo, com isso pretende-se ampliar os conhecimentos sobre o tema em questão e subsidiar novas pesquisas no campo acadêmico.
2. OBJETIVO
Realizar um levantamento da literatura publicada referente o papel do enfermeiro no processo de manejo da dor no RN prematuro abaixo de 34 semanas.
3. MÉTODO
3.1 Tipo de Estudo
O presente estudo será desenvolvido utilizando como método a revisão integrativa. Para Sousa et al., 2017 a revisão integrativa da literatura é um método que permite a síntese de conhecimento e a incorporação dos resultados de estudos significativos na prática. Para a seleção dos estudos, serão realizadas buscas dos artigos científicos publicados nos últimos 5 anos indexados nas bases de dados Literatura Latino–Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na Biblioteca, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), disponíveis no site Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Tendo como justificativa identificar questões relacionadas a importância do enfermeiro no planejamento de ações, intervenções e cuidados ao RN na UTIN para prevenção e manejo da dor.
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