O Suporte Básico de Vida em Adulto e o Papel da Enfermagem
Por: karioka222 • 1/7/2019 • Artigo • 1.486 Palavras (6 Páginas) • 276 Visualizações
Enfermagem em Cuidados de Emergência: atualização das Diretrizes de 2017 para Suporte Básico de Vida em Adulto
Suporte Básico de Vida em Adulto e o Papel da Enfermagem
Em algum momento da vida acabamos nos deparando com alguma situação crítica de urgência e emergência, que coloca a nossa vida ou a vida de alguém em risco. Para o profissional da saúde, principalmente o auxiliar de enfermagem, o técnico de enfermagem e o enfermeiro, essa situação acaba sendo vivenciada com maior frequência.
Para aprender mais sobre estas particularidades, recomendamos o curso online Emergência e Cuidados Intensivos na Prática da Enfermagem. Este curso faz parte de um programa de capacitação do Mestre da Enfermagem, o qual é formado por três disciplinas que abordam cuidados emergenciais do ponto de vista do profissional de enfermagem. Os conteúdos que você vai encontrar nas disciplinas são:
- Disciplina 1: Organização, estrutura e funcionamento de um serviço de urgência e emergência; Política Nacional de Atenção às Urgências; Rede de Atenção às Urgências e Emergências; Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV); Materiais, equipamentos e medicamentos; emergências clínicas e traumáticas; Assistência nas diversas situações de urgência e emergência.
- Disciplina 2: Estudo dos princípios fisiopatológicos aplicados à monitorização hemodinâmica; Anatomia e fisiologia cardiovascular; estados de choque.
- Disciplina 3: Assistência de enfermagem ao paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiológica; Cuidados de média e alta complexidade em cardiologia; Cuidados de enfermagem ao cardiopata agudo e crônico; Cuidados de enfermagem ao paciente pré e pós-cirurgia cardíaca.
Este programa tem o intuito de qualificar a formação permanente acerca das medidas de atendimento necessárias em casos de urgências e emergências clínicas e traumáticas. Abordaremos a seguir os destaques das atualizações das Diretrizes da American Heart Association (AHA) de 2017 para o Suporte Básico de Vida para adultos e a qualidade da ressuscitação cardiopulmonar.
Parada Cardiorrespiratória (PCR)
Inicialmente, precisamos entender o que é a PCR e quais são as suas causas. Trata-se de uma situação súbita e inesperada de parada ou de ineficácia dos batimentos cardíacos. É um dos momentos mais críticos no atendimento ao paciente, sendo necessário que todos os profissionais envolvidos estejam capacitados para reconhecer os sinais e sintomas, a fim de atender de forma imediata e funcional esse paciente (CRUZ, 2016). Com a parada do músculo cardíaco (miocárdio), ocorre a cessação da circulação sanguínea, caracterizada pela ausência de pulsos palpáveis. As lesões graves e irreversíveis ocorrem a partir do quinto minuto sem a realização de intervenções, ou seja, sem as compressões torácicas e ventilação (CRUZ, 2016).
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Tecidos cardíacos.
Nessa perspectiva, o diagnóstico e a intervenção na PCR devem ser feitos nos primeiros 4 minutos. No entanto, em alguns casos, a parada cardíaca é precedida de hipóxia ou parada respiratória. Nesses casos, as lesões hipóxico-isquêmicas iniciam-se antes dos 4 minutos. Dessa forma, quanto mais rápida for a intervenção, maior será a probabilidade de ausência ou ocorrência de danos. Um exemplo clássico de injúria tecidual é o infarto agudo do miocárdico (IAM) causado por arterosclerose, conforme vemos na Figura 2 a seguir.
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Infarto Agudo do Miocárdico (IAM).
Apesar de os profissionais que trabalham em emergências atenderem a um grande número de PCRs, a maioria delas ocorre fora do ambiente hospitalar. Por isso, existem algumas ações simples que devem ser ensinadas a todas as pessoas por meio da abordagem sistemática do SBV, as quais foram modificadas em 2010 e atualizadas em 2017 pela American Heart Association (AHA).
Abordagem sistemática: Suporte Básico de Vida (SBV)
A abordagem sistemática para o SBV enfatiza a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) e a desfibrilação precoces. Ao usar a avaliação de SBV, os profissionais de saúde podem fornecer ou restaurar com eficácia a oxigenação, a ventilação e a circulação até o retorno da circulação espontânea (RCE) ou o início das intervenções de Suporte Avançado de Vida (SAV).
Fique atento! Antes de realizar a avaliação do SBV, observe ao redor para se assegurar de que local está seguro!
Primeira Etapa
Um dos primeiros sinais de PCR é a perda de consciência. Sendo assim, verifique imediatamente se a vítima responde. Se ela não responder, acione o Serviço Médico de Emergência (SME) e busque o desfibrilador externo automático (DEA). Se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe a vítima, acione o SME e obtenha um DEA, antes de iniciar a RCP. Caso haja mais pessoas, peça para que alguém chame o SME e inicie a RCP imediatamente (use o DEA assim que ele estiver disponível).
No ambiente intra-hospitalar, é necessário acionar os demais integrantes da equipe (enfermeiro, médico) ou o time de resposta rápida, e um destes deverá trazer o carrinho de emergência para iniciar o próximo elo.
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Cadeia de sobrevivência de PCR intra-hospitalar.
No ambiente extra-hospitalar, se confirmada a parada, deve-se ligar imediatamente para os serviços de emergência – no Brasil, os telefones para contato com a emergência são 193 (SIATE) e 192 (SAMU). Os socorristas podem ativar o serviço médico de emergência sem se distanciar da vítima, ou seja, por meio do uso do celular.
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Cadeia de sobrevivência de PCR extra-hospitalar.
As Diretrizes de 2017 (AHA, 2017) recomendam que quando um socorrista leigo estiver no ambiente extra-hospitalar e ligar para o SME, os profissionais reguladores devem instruir somente a realização de compressões torácicas para a pessoa ao telefone para adultos com suspeita de PCR entra-hospitalar (PCREH).
Segunda Etapa
A segunda etapa compreende verificar se a vítima tem respiração ou se a respiração é anormal (gasping agônico) e se há pulso carotídeo (não levar mais de 10 segundos para essa verificação). É recomendado que os profissionais de saúde realizem simultaneamente a verificação da presença de respiração e pulso, com o objetivo de reduzir o tempo até a primeira compressão torácica.
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