PRINCIPAIS ALTERAÇÕES REFERENCIADAS NOS TRÊS ÚLTIMOS PROTOCOLOS DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) PARA O SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Por: cesarsocorrista • 1/12/2019 • Artigo • 4.333 Palavras (18 Páginas) • 232 Visualizações
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ENFERMAGEM DO TRABALHO
CESAR LUIS MENDES FARIAS
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES REFERENCIADAS NOS TRÊS ÚLTIMOS PROTOCOLOS DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) PARA O SUPORTE BÁSICO DE VIDA
BRASÍLIA
2019
CESAR LUIS MENDES FARIAS
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES REFERENCIADAS NOS TRÊS ÚLTIMOS PROTOCOLOS DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) PARA O SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Trabalho apresentado à Faculdade Unyleya ao curso de pós-graduação Lato sensu como requisito parcial ao Título de Especialista em ENFERMAGEM DO TRABALHO.
Nome do Orientador: Jaqueline Castilho de Oliveira
BRASÍLIA
2019
RESUMO
Introdução: As diretrizes publicadas pela American Heart Association (AHA) a cada 5 (cinco) anos disciplinam o manejo e as técnicas para o SBV, contudo não de forma aleatória, mas por meio de muitos estudos, evidencias que refletirão em recomendações. Objetivo: Demonstrar as principais alterações processadas nos anos de 2005, 2010 e 2015 pela AHA. Metodologia: Trata-se de um estudo comparativo de protocolos publicados pela AHA nos anos de 2005, 2010 e 2015. Foram selecionados 03 (três) protocolos, 01(uma) diretriz e 10 (dez) artigos dos quais 7 (sete) foram descartados por não fornecerem informações concisas, sendo que os protocolos foram divididos por ano/procedimento, a diretriz e os 03 (três) artigos auxiliaram na fomentação do trabalho. Conclusão: O estudo permitiu avaliar que os procedimentos no SBV sofreram, sofrem e continuarão em uma profunda metamorfose, sempre quando houver a necessidade de tornar um procedimento mais eficiente.
Palavras-chave: Suporte básico de vida. Protocolo, Diretriz e Reanimação.
SUMARY
Introduction: The guidelines published by the American Heart Association (AHA) every 5 (five) years govern the management and techniques for BLS, however not at a random way, but through many studies, evidence that will reflect recommendations. Objective: Demonstrate the main changes processed by AHA in 2005, 2010 and 2015. Methodology: This is a comparative study of protocols published by AHA in 2005, 2010 and 2015. Were selected 03 (three) protocols, 01 (one) guideline and 10 (ten) articles of which 7 (seven) were discarded. Because they did not provide concise information, and the protocols were divided by year/procedure, the guideline and the 03 (three) articles helped to promote the work. Conclusion: The study allowed to evaluate that the procedures in the BLS suffered, suffer and will continue in a deep metamorphosis, whenever there is a need to make a more efficient procedure.
Keywords: Basic Life support, protocol, Guideline and Resuscitation.
INTRODUÇÃO
As Diretrizes publicadas pela AHA, são elaboradas pelo seu comitê conhecido como Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (International Liaison Committee on Resuscitation - ILCOR), o qual norteia os países credenciados sobre o manejo da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) (AHA, 2005)
Contudo a RCP demonstra uma longa história que se remete remotamente desde os tempos bíblicos e se prolonga através dos séculos. O seu surgimento moderno está evidenciado e reconhecido em 1960 com a publicação do artigo sobre: O uso da compressão torácica por Koewenhoven, Jude e Knickerbocker, vislumbrando que “tudo o que se precisa são duas mãos” (KOUWENHOVEN et al, 1960).
De acordo com os relatos de Safar, que trabalhava em experimentos com a ventilação boca a boca e a desfibrilação externa, a partir destas experiências separadas vários profissionais vislumbraram a necessidade da junção destes três componentes e começaram a desenhar o procedimento que hoje é conhecido como: Suporte Básico de Vida (SBV) / Suporte Avançado de Vida (SAV) (BENSON et al, 1961).
Dentro deste contexto, os 3 (três) últimos Consensos (2005, 2010 e 2015) sofreram alterações significativas e dentre estas mudanças a formatação das etapas do SBV que eram denominadas ABC que perdurava desde a junção dos procedimentos, ou seja: A – Abertura de vias aéreas; B- Boa respiração e C – Circulação (CARVALHO, 2004).
Tal formatação foi alterada com a publicação da atualização feita pela AHA (2010), ficando (CAB), ou seja: C – Circulação; A – Abertura de vias aéreas e B- Boa Respiração e sendo reafirmada no protocolo de 2015 (AHA, 2010, 2015).
Fica evidenciado que essa alteração dentre outras geraram uma mudança de paradigma, pois essa ordem de prioridade ou de atendimento (ABC) era respeitada desde o reconhecimento do protocolo em 1960, com a prioridade na manutenção da via aérea e as insuflações, ou seja, a oxigenação do cliente, alterado no consenso de 2010 da AHA (CAB), ficando evidenciado que a prioridade na RCP é a manutenção da circulação sanguínea fazendo com que o sangue realize o seu percurso natural (AHA, 2010).
Procedimento reafirmado no consenso de 2015 da AHA que também alterou a cadeia da sobrevivência para dois momentos o primeiro para PCR fora do ambiente hospitalar e o segundo para PCR dentro do ambiente hospitalar e determinou um limite máximo e mínimo para profundidade e ritmo das compressões (AHA, 2015).
Tais alterações são necessárias e corroboram para um melhor desfecho na situação de uma parada cardiorrespiratória, sendo de suma importância que o profissional da saúde, independentemente de sua especialidade, esteja preparado para realizar o melhor procedimento possível, isso em ambiente hospitalar ou pré-hospitalar. É necessário que esse profissional
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