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REFLETINDO ESTRATÉGIAS EM SAÚDE PARA MELHOR EFETIVAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO

Por:   •  26/2/2020  •  Trabalho acadêmico  •  7.299 Palavras (30 Páginas)  •  179 Visualizações

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REFLETINDO ESTRATÉGIAS EM SAÚDE PARA MELHOR EFETIVAÇÃO DAS

PRÁTICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO

Nadia Ferretti

RESUMO: Diante da prevalência demográfica da população idosa, aparecem diferentes e bem vindas estratégicas de atenção à saúde destinada a essa população, mas que nem sempre abrigadas por classificações adequadas no sentido entre a conceituação e a pretensão da prática. Alguns relevantes autores por observarem essas equivocadas interpretações trabalharam as distinções de pontuais conceitos, na metodologia de pares. Apropriamo-nos, coletivamente dessas para um debate sobre as diferenças conceituais e a partir disto referenciam-se propostas e exemplos correntes da atenção à pessoa idosa a luz destes conceitos, a fim de diagnosticar a presença ou ausência dos equívocos de interpretação nos trabalhos com esse segmento populacional. Conclui-se por vezes, que a apropriação incorreta dos conceitos estratégicos na área da saúde em geral também se faz presente nos projetos e atividades relacionadas à atenção ao idoso.

Palavras-chave: idoso, informação, educação, promoção da saúde, prevenção da doença.

A Reflextion About Strategies In Health In Order To Improve The Attention To Old People

Practices Confirmation

ABSTRACT: In front of the old people’s demographical prevalence, are shown different and welcoming attention to health strategies to this population, but they are not always well classified in the sense between the conception and the practice intention. Some relevant authors, when they observed these wrong interpretations they worked on the punctual concepts’ distinctions in the pairs’ methodology. We collectively took these to a debate about the conceptual differences and from that on we referenced proposals and current examples of attention to old people under these concepts, in order to examine the presence or absence of mistakes in interpretation on the works with the population line. We concluded that the wrong appropriation of strategic concepts in health area, in general, is present also on projects and activities directed to the attention to old people.

Key Words: old people; information; education; health promotion, sickness prevention.

1. INTRODUÇÃO

        O censo de 20001 informou que dos 169,5 milhões de brasileiros, 15,5 milhões tinha 60 anos ou mais; e ainda há a expectativa de projeções bem maiores. Diante dessa emergência da população idosa, principalmente decorrente da maior qualidade de vida e tecnologias aplicadas na área da saúde, aspiramos à necessidade de diferentes setores pensarem sobre o tema com presteza, incluindo a capacidade de desempenho frente a imprevisibilidade e diversidade de situações; buscando a atuação integral das estruturas organizacionais, comportamentais e divulgadoras dos arranjos socioambientais.

        Por essa perspectiva, aparecem diferentes e bem-vindas intenções, mas nem sempre abrigadas por classificações adequadas no sentido entre a conceituação e a pretensão da prática. O que por sua vez pode afetar na qualidade das discussões e aplicações técnicas pelos desajustes de planejamento ou de norteamento do processo. Como exemplo da dimensão de tal desmazelo, autores reforçam que também no ambiente acadêmico alguns temas precisam ser definidos com clareza  tanto em sua conceituação como na fixação de limites do campo de análise, pois constantes descuidos poderão prejudicar a qualidade da própria Saúde Pública.

Referimo-nos a conceitos estratégicos para nos afastar do campo que separa as ideias, e as teorias; das suas aplicações e estratégias; entendendo que a sobrevivência real das ideias se dá ao teste de sua materialização. Uma vez os conceitos e discussões exclusivamente teóricas que não tem pretensão de aplicabilidade no sentido da estratégia de ação, são considerados aqui, como rebuscamentos insignificantes que dificultam a comunicação intersetorial 2.

Logo, temos o entendimento de que não é na linguagem rebuscada e nos excessivos conceitos que viemos construindo ao longo dos anos que vamos conseguir trabalhar no sentido da efetivação interdisciplinar 2. Muito ao contrário, os exagerados conceitos acarretam em apropriações inadequadas e em ter que encaixar nossas colocações em algo que possa já ter sido conceituado, que acabam por dificultar as próprias invenções. O que propomos é repensar os conceitos e bem pensar suas colocações.

No entanto, há de se considerar que os conceitos já produzidos, quando referentes a conceituações estratégicas, devam ser esclarecidos e retomados porque há muita apropriação de termos, inclusive de distintas áreas, que são extrapolados para outros contextos, tratando-os superficialmente e banalizando a histórica de seus significados 2; pois isto dificultaria a evolução do conceito, ou seja, no sentido da valiosa e constante modificação teórico-prático.

Nessa linha dialética do pensamento, nunca há pontos de referenciais absolutamente certos, nem problemas definitivamente resolvidos; ou seja, o pensamento nunca avança em linha reta, pois toda verdade parcial só assume sua verdadeira significação por seu lugar no conjunto, da mesma forma que o conjunto só pode ser conhecido pelo progresso no conhecimento das verdades parciais. Na filosofia dialética definida por Marx, “pensa-se o movimento de transformação como sendo não apenas de idéias, mas de pessoas e grupos sociais, em diferentes tipos de sociedade na nossa história” 3 (p.17). 

Portanto, a análise e o conhecimento necessitam ser entendidos e contextualizados em partes e no todo, de forma não fragmentada, mas relacional, para posterior apropriação; seja tanto para o sentido das modificações ou reiterações. A análise fragmentada dos conceitos pode deturpar o conjunto de seus significados e sua contextualização histórica perderia o sentido da dinâmica da instabilidade evolutiva construída até então em meio a testagem teórico-prática.

Posteriormente, a pesquisa dialética considera cada fenômeno no conjunto de suas relações com os demais fenômenos e, por conseguinte, no conjunto dos aspectos e manifestações daquela realidade de que ele é fenômeno, aparência ou aparecimento mais ou menos essencial. A dialética  é um modo de pensar dialógico em que quaisquer pares podem estar em contradição e serem complementares 4. Permite entender a unidade na diversidade, a superação do contraditório pela síntese que estabelece outras contradições, num contínuo movimento.

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