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RESENHA prevenção da gravidez na adolescência na visão de adolescentes E Alterações ortopédicas em crianças e adolescentes obesos

Por:   •  7/7/2017  •  Resenha  •  1.277 Palavras (6 Páginas)  •  468 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ[pic 1]

CAMPUS CENTRO-OESTE DONA LINDU

Programa Residência Multiprofissional em Saúde do Adolescente

RESENHA CRÍTICA:

“Indicadores, Políticas e Rede de Atenção à Saúde do Adolescente”

DIVINÓPOLIS, 2015

RESENHA CRÍTICA:

“Indicadores, Políticas e Rede de Atenção à Saúde do Adolescente”

Atividade apresentada à Universidade São João del-Rey, como parte das exigências para a obtenção de créditos na disciplina “Indicadores, Políticas e Rede de Atenção à Saúde do Adolescente”.

Divinópolis, junho de 2015.

Programação de atividade: Resenha do artigo A prevenção da gravidez na adolescência na visão de adolescentes[1]

O texto traz a visão de adolescentes sobre a prevenção da gravidez na adolescência em uma escola do Município de Divinópolis, Minas Gerais. De início, na introdução o texto contextualiza a adolescência como um período que marca a transgressão das regras, favorecendo a ocorrência da gravidez no que concerne às experiências sexuais. A gravidez na adolescência torna-se um fator ao mesmo tempo de risco e instabilidade social para as adolescentes e problema de saúde pública e econômica para o Estado.

Os autores lembram que apesar de várias implicações desfavoráveis ocasionadas pela gravidez na adolescência, muitas adolescentes tem o desejo de engravidar como uma forma de solucionar seus problemas sociais e familiares. Disso decorrem duas posições a serem tomadas pelas políticas públicas: antecipar-se a essas demandas psicossociais das adolescentes e, uma vez que essa atitude preventiva não consiga atingir o seu objetivo, instrumentalizar a Atenção Primária para a promoção de ações que diminuam o impacto das situações problemáticas decorrentes da gravidez na adolescência.

Visando conhecer melhor o paradigma da gravidez na adolescência, o trabalho apresenta como metodologia a pesquisa de natureza descritiva, exploratória e com abordagem qualitativa. Com o estudo sendo realizado em uma escola municipal de nível fundamental da cidade de Divinópolis, foram realizadas entrevistas semiestruturada com 14 adolescentes, gravada após consentimento do entrevistado. O roteiro da entrevista propõe questões sobre prevenção da gravidez.

Como resultado das entrevistas, de forma geral todas os adolescentes concordaram que é de suma importância a prevenção. Ao descreverem o porquê da importância, usaram como argumento os fatores de riscos práticos e sociais, tanto para elas como para o bebê. O que o texto não traz é que a fala das adolescentes pode ter influência do discurso dominante que escutam nos diversos meios educativos, o que não representa o mesmo que concordam.

Com relação ao conhecimento sobre o uso dos métodos contraceptivos, a camisinha foi a mais lembrada, verificou-se que elas conhecem os métodos, mas, no geral não sabem usar corretamente. Inclusive, observando o relato das vivências sexuais, apesar de saberem dos métodos, nem sempre o uso ocorre. Um dos motivos é justamente o não acesso aos serviços de saúde adequados. As barreiras apontadas ao acessar os serviços de saúde referem-se principalmente “à qualidade do atendimento oferecido e ao constrangimento que sentem em função desse tipo de assistência à saúde. O atendimento é considerado ruim e os profissionais pouco cordiais” (pag.34). Em contrapartida, as informações obtidas no meio familiar foram dadas como satisfatórias. A questão é: as famílias estão realmente capacitadas para a educação sexual dos filhos?

O texto na parte que propõe a discussão infere sobre as implicações surgidas na fala dos adolescentes entrevistados e a situação real que se observa no âmbito da gravidez na adolescência de acordo com dados da saúde pública e literatura. São várias as complicações decorridas do impacto de se ter filhos na adolescência. Entre a perda de oportunidades, mudança no estilo de vida característica dessa faixa etária, conflitos sociais e familiares, comprometimento com a saúde da mãe e bebê entre outros, observa-se também a falta de aparelhos por parte das políticas públicas tanto no âmbito de medidas preventivas como remediativas. Mesmo os recursos disponibilizados, como os contraceptivos, nem sempre são utilizados pelos adolescentes, e quando o são, em grande proporção é feito de forma inadequada. Caracteriza a pouca efetivação de competências por parte das políticas de educação e saúde, além da pouca oferta de programas destinados ao público.

Os autores do texto apontam para o imperativo de valer-se da família e escola como meios propícios para conduzir práticas em educação sexual. Por outro lado, para resultados mais coerentes, de duas fontes de saberes em questão, a saber, dos profissionais e adolescentes, aqueles necessitam de mais capacitação e esses terem mais voz para discorrer sobre. Por fim, o texto nos faz sugerir que, mesmo em tempos de informação acessível, serviços educativos e paliativos, existe algo a mais a se fazer que alcance a adolescência a partir de suas características, necessidades e anseios. Portanto que se consiga se manter do interesse dos adolescentes para que deles surja o interesse de serem mais conscientes participativos no que concerne às vivências sexuais de forma segura.

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