SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE HISTERECTOMIA
Por: BrendaTainan • 12/12/2016 • Monografia • 888 Palavras (4 Páginas) • 2.412 Visualizações
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE HISTERECTOMIA
(1)BATISTA, Carla Mirelle da Silva; (1)DIAS, Regina Pontile; (1)FERREIRA, Guiomar Silva; (1)FERREIRA, Joelma Santos; (1)LOPES, Brenda Tainan de Nazaré; (1)RODRIGUES, Alayna Julianne Moura; (1)SILVA, Bruno Diêgo Campos.
(1) Acadêmicos de Enfermagem 5º período – Faculdade de Itaituba-Pa.
Orientadora: Enfª. Esp. Maria Bernadeti dos Santos Coelho
INTRODUÇÃO
Histerectomia é operação cirúrgica da área ginecológica que consiste na retirada do útero. Pode ser total ou parcial, através da operação abdominal, vaginal e laparoscópica (BRUNNER e SUDDARTH, 2009). [pic 3][pic 4]
OBJETIVOS
- Descrever o procedimento cirúrgico quanto à origem, fatores de riscos, possíveis complicações, e as intervenções de enfermagem.
- Utilizar um caso clínico real para a análise do procedimento cirúrgico.
METODOLOGIA
- Pesquisa bibliográfica, sites.
- Estudo de caso.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ANAMNESE
M.L.P. de 37 anos, sexo feminino, branca, admitida na Clínica Cirúrgica do Hospital Municipal de Itaituba, em pós-operatório de histerectomia total com incisão cirúrgica vertical abdominal, situação ocorrida no dia 07 de Abril de 2016, apresentando quadro de cólicas, hipermenorréia, náuseas, cefaleia e insônia, com diagnóstico médico de mioma uterino com indicação histerectomia total. Sendo esta sua quinta hospitalização, para realização de procedimento cirúrgico, anteriormente por uma perineorrafia, duas cesarianas e uma laqueadura. Nega antecedentes familiares de doenças hepáticas, doenças crônicas, cardíacas e/ou câncer, tabagismo e automedicação. Refere ingerir bebida alcoólica aos fins de semana, não possuir bom sono noturno, devido à presença de cefaleia, náuseas e cólicas constantes. Declara ser sedentária. Cliente comunicativa, cooperativa, alegre, não apresenta déficits de autocuidado nas eliminações e possui hábitos alimentares inadequados, com pouca ingestão de legumes verduras e frutas.
EXAME FÍSICO
Paciente recebido em maca, com AVP em MSE por jelco, pérvio, em decúbito dorsal, COTE. Obs: queixava-se de dores em região incisional e abdominal e prurido e apresenta dúvidas e anseios quanto a um possível dano a sua feminilidade causado pela operação, deambulando, pele hidratada, turgor e elasticidade preservada, ausência de cicatrizes e manchas. Crânio normocefálico, couro cabeludo íntegro, higienizado, sem alopécia e pediculose, face e olhos simétricos, pupilas isocóricas, esclera normocorada, mucosa hipocorada, nariz sem presença de lesões e secreções, higiene oral preservada, arcada dentária completa, não faz uso de prótese, língua íntegra, gengiva hiperemiada e lábios hidratados, orelhas limpas, simétricas, com ausência de secreções, boa acuidade auditiva e visual. Pescoço com ausência de nódulos, tireoide palpável e sem anormalidades, tórax simétrico com boa expansibilidade, AP: MV+SR/A, AC: BCNF em 2T, MMSS sem anormalidades, Abdome: plano, com presença de ferida operatória limpa, sem sinais flogísticos, ruídos hidroaéreos (RHA) presentes, timpanismo presente, dor à palpação em QID e QIE. Genitália externa limpa. MMII sem anormalidades. Nutrição: não aceita alimentação sólida, ingere somente líquidos, em pequena quantidade. EG: REG. EVI: Evacuação presente e normal, diurese por sonda vesical de demora apresentando 800 ml, urina concentrada, de coloração amarelo escuro. SSVV:Tax: 37,1ºC, P: 88bpm, R:18rpm, P.A: 100X60mmHg (SIC).
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
- Ansiedade relacionada ao diagnóstico e cirurgia;
- Nutrição prejudicada, menos que as necessidades corporais;
- Déficit nos conhecimentos sobre a cirurgia e os cuidados subsequentes;
- Distúrbio da autoestima relacionado à alteração nos órgãos femininos devido à histerectomia;
- Déficit de conhecimento dos aspectos perioperatórios da histerectomia e do auto cuidado pós-operatório;
- Risco de infecção relacionado ao procedimento cirúrgico;
- Dor aguda relacionada ao procedimento cirúrgico evidenciado por queixa de dor na incisão cirúrgica;
- Risco de distúrbios hemorrágicos devido ao rompimento de vasos para realização da cirurgia;
- Integridade da pele prejudicada relacionada à incisão cirúrgica;
- Mobilidade física prejudicada.
PRESCRIÇÃO DA ASSISTÊNCIA
- Estabelecer relação de confiança com os familiares e esclarecer as dúvidas afim de que a família ajude no processo de recuperação da cliente;
- Realizar o controle dos SSVV;
- Tranquilizar a paciente, reforçando que ela ainda é feminina.
- Cuidar da manipulação de sonda vesical e drenos;
- Administrar medicamentos quando prescritos;
- Cuidar do local de incisão e lesões;
- Proteger contra infecção;
- Prevenir úlcera de pressão; supervisionar a pele.
- Cuidar do repouso no leito;
- Assistir no autocuidado;
- Auxiliar durante a alimentação proporcionar ambiente tranquilo;
- Reduzir a ansiedade, mediante diálogos com o paciente, informações sobre o estado de saúde;
- Estimular a deambulação, mudança de decúbito e respiração profunda;
- Avaliar a dor, observando localização, características, gravidade, investigar e relatar alterações da dor;
Conclusões – Avaliação da Assistência de Enfermagem
Espera-se que com o diagnóstico e as intervenções de enfermagem, os resultados sejam o controle dos riscos e detecção dos mesmos; melhora da sua autoestima enquanto mulher; melhora do nível de mobilidade; controle da ansiedade; controle da dor; satisfação diante da recuperação e das informações estabelecidas; e evitar futuras complicações como hemorragias, trombose venosa profunda e disfunção vesical, daí a importância de fazer um bom exame físico e avaliações periódicas, além do auto cuidado e prescrição médica. Entretanto, deve-se salientar que o enfermeiro (a) precisa estar sempre avaliando a situação tanto para ajustar aos diagnósticos como as intervenções e os resultados esperados, a fim de adaptá-los de cada paciente.
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