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TRABALHO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

Por:   •  9/5/2022  •  Seminário  •  1.807 Palavras (8 Páginas)  •  191 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

ESCOLA DE ENFERMAGEM

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Eduarda Santa Helena

TRABALHO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

Caso para Estudo

Rio Grande

2022

Eduarda Santa Helena

TRABALHO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

Caso Para Estudo

Trabalho da disciplina Enfermagem em Saúde Mental referente às atividades práticas desenvolvidas no semestre, sendo orientado pelos professores Adriane M. Netto de Oliveira, Alessandro Marques dos Santos e Mara Regina Santos da Silva.

Rio Grande

2022

1. INTRODUÇÃO

        Espera-se que o ensino de saúde mental no curso de graduação em enfermagem deve permitir que o graduando desenvolva habilidades técnicas, cientificas e humanísticas para trabalhar com saúde mental.  As aulas práticas da disciplina de saúde mental ocorreram em quatro encontros no mês de abril de 2022, sob supervisão da professora da disciplina Mara Regina Santos da Silva, às sextas-feiras, no horário das 13h30 às 17h30 no Centro de Atenção Psicossocial- CAPS Conviver na cidade de Rio Grande – RS.

O CAPS se apresentou como outro campo de atuação do enfermeiro, no qual mais comumente se encontra pessoas que apresentaram comportamento suicida ou que tentaram cometer suicídio. O acolhimento é tido como elo capaz de prezar pela humanização, tem destaque o trabalho interdisciplinar e cuidado em redes de atenção. O enfermeiro trabalha com Projetos Terapêuticos Singular, oficinas, visitas domiciliares, atividades esportivas, de culinária, em que trabalha as potencialidades da pessoa em sofrimento psíquico e a direciona para que retome o sentido da vida.

O caso que foi abordado neste trabalho foi um acolhimento realizado no CAPS Conviver. O serviço prestado nesse dispositivo de saúde situa-se na esfera de atenção à saúde mental, disponibilizando acolhimento psicoterápico a todas as faixas etárias, e encaminhando para atendimento especializado no próprio CAPS ou no ambulatório municipal de saúde mental. O serviço prestado no CAPS Conviver é voltado para o atendimento de pessoas com transtornos graves, não transitórios, com histórico de infrações suicidas e pessoas que possuem sofrimentos psíquicos graves.  O dispositivo dispõe de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psiquiatras, psicólogos, pedagogos, técnicos em artes, enfermeiros, técnico de enfermagem, educadores sociais, auxiliar em farmácia, assistente social e um médico clínico.

Durante as aulas práticas, nós (alunos) realizamos os acolhimentos, onde foi ensinado que o acolhimento é um cuidado que coloca o sujeito como elemento essencial no contexto das práticas em saúde. Precisamos tornar o serviço acessível e sensível às demandas das pessoas. A reabilitação psicossocial pressupõe a construção de relações terapêuticas com o usuário baseadas na confiança, que se efetiva na construção do vínculo no momento do acolhimento. Para Campos (2003), vínculo é algo que une ou junta as pessoas promovendo uma relação de interdependência, possibilitando um compromisso entre profissionais e usuários. Sobre isso, este trabalho teve como objetivo fazer uma abordagem a respeito de um caso atendido nas aulas práticas no CAPS - conviver, contextualizando-o, avaliando estado de saúde mental, trazendo embasamento teórico e realizando planejamento de cuidados de enfermagem para reabilitação desse paciente. Sobre a reabilitação do paciente Barros e colaboradores (2007), reabilitar implica uma atitude solidária afetiva traduzida em respeito, que busca devolver a dignidade do usuário, o que requer atitude psicoterapêutica para compreendê-lo, restabelecendo os seus vínculos sociais.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 

A paciente de iniciais KVS, sexo feminino, possui 33 anos, é moradora do bairro São João no municipio de Rio Grande, onde reside com a mãe e a filha, é casada, mas não reside na mesma residência que o marido.

2.1 IDENTIFICAÇÃO E QUADRO CLÍNICO DA PACIENTE        

Foi encaminhada ao CAPS pela assistente social da Unidade Básica de Saúde São João ao CAPS conviver para atendimento com a psicóloga após tentativa de suicídio. A mesma compareceu ao acolhimento no CAPS sem acompanhante no dia 26 de abril de 2022. Paciente refere diagnóstico de ansiedade e faz uso de duas medicações Akineton e Diazepan, ambas são prescritas 1x ao dia a noite, paciente relata que faz o uso correto das medicações e a mãe auxilia no controle.

A paciente relata que já foi internada em 2005, no hospital psiquiátrico, após a primeira tentativa de suicídio. Foi relatado pela paciente que primeira tentativa foi de suicídio foi ingerindo as medicações (calmantes) da mãe sendo socorrida e levada até o hospital para lavagem gástrica e após foi encaminhada para o hospital psiquiátrico. Nesta ocasião a paciente relata que teve muitas perdas efetivas e econômicas.

Dia 19 de de abril a paciente foi demitida e ao chegar em casa teve um desentendimento com a mãe, após ela refere que sentiu uma sensação de aperto e angústia e decidiu que tentaria o suicídio mais uma vez, foi até a praia do cassino e entrou no mar duas vezes, foi socorrida pela polícia militar e encaminhada para Unidade de Pronto Atendimento do Cassino

No decorrer da anamnese foram realizadas diversas perguntas para a paciente, onde ela referiu que espera encontrar no CAPS apoio para enfrentar os problemas, e alguma medicação para auxiliar ela a realizar as atividades de vida diária.

2.2 AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL        

No que se refere a avaliação do estado mental da paciente foi observado no acolhimento que ela possuía dificuldade para compreender e responder as perguntas. Durante todo acolhimento notou-se que a paciente tinha dificuldade em delimitar uma ordem cronológica dos fatos que aconteceram na história de vida dela, dificultando muito o entendimento. Mas a paciente estava orientada e atenta. Foi observado durante o acolhimento que o pensamento contínuo e afeiçoes presentes. Ambiente era calmo, silencioso e iluminado, sendo assim, ele se sentiu bem à vontade para contar sua história, conseguia olhar diretamente para a equipe, não havendo barreiras entre profissional-paciente.

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