Trabalho de Conclusão do Curso
Por: exames.crer • 10/6/2020 • Trabalho acadêmico • 4.110 Palavras (17 Páginas) • 211 Visualizações
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Saúde da Mulher |
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: IDOSAS PARTICIPANTES DO PROJETO VIDA ATIVA EM GOIÂNIA
EVALUATION OF THE QUALITY OF LIFE OF ELDERLY WITH URINARY INCONTINENCE: ELDERLY PROJECT PARTICIPANTS IN ACTIVE LIFE GOIÂNIA
Elis R. S. Oliveira1,[1]*, Ludmilla C. Sardinha¹, Marcelo Nishi2
1Discentes do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira
2Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura e Docência Universitária, Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira.
Resumo: a idade avançada constitui um fator de risco para a Incontinência Urinária (IU), comprometendo a qualidade de vida. A International Continence Society tem recomendado que medidas de avaliação de qualidade de vida sejam incluídas em todos os estudos. Objetivamos avaliar a qualidade de vida de idosas incontinentes do Projeto Vida Ativa em Goiânia. Trata-se de um estudo descritivo, abordagem quantitativa e caráter exploratório incluindo 16 mulheres com IU do Projeto Vida Ativa em Goiânia. As entrevistadas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam um questionário de qualidade de vida. Das 16 mulheres, 62,5% apresentaram idades entre 60 a 69 anos e 37,5% entre 70 a 79 anos; 43,75% afirmaram ter uma boa saúde e apenas 6,25% do total relatou que a IU produz muito impacto sobre suas vidas. 87,5% delas relataram nenhuma limitação em suas atividades diárias e 68,75% nenhuma limitação em atividades fora de casa. 75% não possuem limitações físicas e 87,5% nenhuma limitação social. Nas relações pessoais 56,25% declararam não ter interferência. A Frequência Urinária foi relatada por 81,25% mulheres. Quanto ao comprometimento emocional, 12,5% às vezes eram afetadas. 81,25% não têm seu sono atingido e 87,50% não se sentem indispostas. 75% delas não utilizam medidas de gravidade. Concluindo, constatou-se que a qualidade de vida das mulheres em questão não sofre tanta influência da IU e que, emocionalmente, socialmente e fisicamente, elas não são tão afetadas.Palavras chaves: idosas, incontinência urinária, qualidade de vida, King’s Health Questionnaire, Projeto Vida Ativa, saúde da mulher. |
Abstract: advanced age is a risk factor for urinary incontinence (UI), compromising the quality of life. The International Continence Society has recommended that measures for assessing quality of life are included in all studies. We aimed to assess the quality of life of elderly incontinent Project Active Life in Goiania. This is a descriptive, exploratory and quantitative approach including 16 women with UI Design Active Life in Goiania. Interviewees signed a consent form and answered a questionnaire about quality of life. Of the 16 women, 62.5% were between 60-69 years and 37.5% between 70-79 years, 43.75% reported having good health and only 6.25% of total reported that the UI generates much impact about their lives. 87.5% reported no limitations in their daily activities and 68.75% no restrictions on activities outside the home. 75% do not have physical limitations and 87.5% no social limitation. In personal relations 56.25% reported having no interference. Urinary frequency was reported by 81.25% women. As for the emotional commitment, 12.5% were sometimes affected. 81.25% have reached their sleep and 87.50% do not feel unwell. 75% did not use measures of severity. In conclusion, it was found that the quality of life for women in question do not suffer as much influence and that of IU, emotionally, socially and physically, they are not so affected.
Keywords: elderly, urinary incontinence, quality of life, King's Health Questionnaire, Active Life Project, women's health.
I – Introdução
A Organização Mundial da Saúde – OMS – define a população idosa como aquela a partir dos 60 anos de idade. (Pereira, Curioni, Veras, 2003). Assim, do ponto de vista demográfico, o envelhecimento é caracterizado pelo aumento na proporção da população a partir de 60 anos, para países em desenvolvimento, e de 65 anos, para os desenvolvidos, em relação à população total. (Nogueira, Geraldo, Machado et al., 2008).
A realidade brasileira demonstra que o número de idosos dobrou nos últimos 50 anos, e as projeções indicam que no ano de 2020 esse segmento atingirá 15% da população nacional. (Lazari, Lojudice, Marota, 2009).
Considerando o aumento proporcional de pessoas que chegam à terceira idade em vários países do mundo, incluindo o Brasil, a idade avançada constitui um fator de risco para a Incontinência Urinária, sendo elemento gerador de exclusão social, interferindo na saúde física e mental do paciente e comprometendo sua qualidade de vida (Collares, Magalhães, Landim et al., 2009).
A Incontinência Urinária (IU) é conceituada como “toda e qualquer condição na qual a perda involuntária de urina, objetivamente demonstrável, cause problema social ou higiênico à mulher” (Feldner, Sartori, Lima et al., 2006).
Em geral, as pesquisas demonstram que as mulheres são duas vezes mais afetadas pela incontinência urinária que os homens após os 55 anos, e que a perda da continência urinária pode afetar até 50% das mulheres em alguma fase de suas vidas (Fonseca, Camargo, Castro et al., 2005).
Embora não coloque diretamente a vida das pessoas em risco, a IU é uma condição que pode trazer sérias implicações médicas, sociais, psicológicas, e econômicas, afetando adversamente a qualidade de vida. (Caetano, Tavares, Lopes, 2007).
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