Trabalho de patologia de enfermagem
Por: ingridaguirre • 25/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.638 Palavras (7 Páginas) • 700 Visualizações
Introdução
O câncer tem acometido grande número de pessoas, é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenadas das células, invadindo tecidos e órgãos podendo se espalhar por todo o corpo. Essa doença causa grandes transtornos, como dor e sofrimento ao paciente e seus familiares (MOHALLEM; RODRIGUES, 2007). O índice de mortalidade do câncer tem crescido e nessa fase o ser humano encontrasse obrigado a pensar sobre a morte.
Segundo Gutierrez (2001), a terminalidade da vida se esgotam quando não existe mais a possiblidade de cura de uma doença, então a morte torna-se inevitável. Durante esse período delicado é importante o cuidado humanizado ao paciente terminal e seus familiares. De acordo com Maciel (2008), é importante amenizar o sofrimento do paciente terminal, oferecendo cuidados paliativos para os mesmos e seus familiares. O cuidar dos pacientes oncológicos terminais, abrange à dor e sofrimento, alcançando todas as dimensões: físicas, psíquicas, social e espiritual.
O cuidados paliativos nos pacientes oncológicos terminais, não abreviam e nem prolongam a morte e sim aliviam a dor e o sofrimento, proporcionando uma boa qualidade de vida, até que acontece de forma natural. Estes cuidados se iniciam no começo da doença e se prolongam até o luto, contando com uma equipe multiprofissional e qualificada (BRASIL,2008).
Para a assistência em enfermagem oncológica, é necessário a qualificação do enfermeiro na assistência integral ao paciente oncológico. A Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda que, umas das necessidades para a prevenção e controle do câncer, é a prestação de cuidados paliativos aos pacientes fora da terapia antitumoral especifica. Os cuidados Paliativos são cuidados ativos prestados ao paciente e sua família, quando se estabelece que o paciente já não se beneficiará de tratamento (ENFERMAGEM ONCOLOGICA, 2007).
Assim o enfoque terapêutico é voltado para a qualidade de vida, o controle dos sintomas do doente e o alívio do sofrimentos, integrado pelo caráter interdisciplinar dos cuidados paliativos. O trabalho m questão, abordará situações e procedimentos que propõem, promover qualidade de vida á aqueles pacientes com diagnóstico de câncer incurável. Pois tão importante quanto a busca da cura, está o alívio do sofrimento, os cuidados paliativos seguem o conceito de qualidade de vida do ser humano (ENFERMAGEM ONCOLOGICA, 2007).
Cuidados Paliativos
O termo paliativo, veem do latim que significa capote ou manto, integrasse ao termo hospice, o mesmo que abrigos ou hospedarias para abrigar e cuidar de peregrinos ou viajantes. O Hospice foi criado na Europa, pelas instituições de caridade, no século XIX, para brigar pobres, doentes e órfãos, disseminado por católicos e protestantes, passaram a ter características de hospitais, com setores diferenciados por doenças, mas com cuidados precário, sendo voltando mais para a espiritualidade e cuidados da dor. (MACIEL, 2008).
Em 1967 iniciou-se o movimento hospice, criado pela Cicely Sounders, com formação humanista e médica. Foi fundado em Londres, para atender doentes e desenvolver ensino e pesquisa aos bolsistas de vários países. (PESSINI, BERTACHINI). Em 1982 a Organização Mundial de Saúde (OMS), criou um grupo de trabalho, com o objetivo de definir políticas, para o alívio da dor e cuidados tipo Hospice, para pacientes com câncer, sendo recomendado em todos os países. (MACIEL, 2008).
Em 1986 a OMS, publicou a primeira definição de cuidados paliativos, sendo cuidados paliativos totais e ativos quando há chance de cura. O controle da dor, com os problemas psicossociais e espirituais é indispensável na administração dos cuidados, assim proporcionado melhor qualidade de vida para os pacientes e familiares. Essa definição, foi revisada em 2002, sendo substituída pela atual, que tem como objetivo ampliar o conceito e tornar aplicável a todas as doenças, o mais precocemente. (CUIDADO PALIATIVO, 2008).
Os pacientes com doença avançada e em estado terminal, tem direito de morrer com dignidade, pois os cuidados paliativos é uma modalidade emergente de assistência no fim da vida, assim construindo um modelo de cuidados totais, holístico e integrais. O propósito de uma morte com menos sofrimento e mais digna, veio dos ingleses, estendeu-se para a Europa inteira e Estados Unidos, tornando ampla a criação de um movimento de cuidados mais humanizados, sendo focado em indivíduos com doenças crônicas, progressivas e sem possibilidade de tratamento curativo. (SILVA, 2004).
A Morte faz parte da existência e cuidar da pessoas que está morrendo deve ser parte integral da assistência. Segundo Maciel (2008), cada momento vivido é necessário que os profissionais de enfermagem e também todos da área da saúde, respeitem os pacientes desde o começo da vida até a morte, e após oferecendo os cuidados paliativos para os familiares no momento de luto. As atividades desenvolvidas no cuidados paliativos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são:
_ Promover o alívio da dor e demais sintomas estressantes: é necessária uma avaliação individualizada através da história do paciente, exame físico e pesquisas envolvendo conhecimento específico para a prescrição de medicamentos.
_ Afirmar a vida e encarar a morte como processo natural: o paciente deve ser orientado a dar mais sentido à vida que ainda lhe resta, ajudando-o na compreensão de sua doença, através do debate sobre o processo de sua finitude.
_ Não antecipar nem adiar a morte: este princípio visa melhorar a qualidade de vida do paciente, dando-lhe assistência contínua e reabilitadora, com a consciência de que o tratamento não lhe causará maior desconforto do que a sua própria doença.
_ Aplicar os aspectos psicossociais e espirituais: a qualidade de vida envolve problemas sociais, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, medicamentos e outros recursos que podem ser causas de sofrimento que devem ser levados à equipe multiprofissional, atuando de forma integrada, a fim de identificar os problemas para a tomada de decisões.
_ Oferecer suporte que possibilite a vivência ativa do paciente até o momento da morte: viver ativamente é preservar a sobrevida do paciente incessantemente, sendo função do enfermeiro atuar como facilitador para a resolução de seus problemas.
_ Oferecer suporte para auxiliar os familiares durante a doença e o luto: a família é tão importante quanto o doente e a inserção dos cuidados paliativos, já que as complicações que podem ocorrer no período de luto devem ser identificadas e trabalhadas.
_ Dar início aos cuidados paliativos desde o diagnóstico da doença.
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