A DEPENDÊNCIA DE INSUMOS FARMACÊUTICOS IMPORTADOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE CASO DO MEDICAMENTO ANTIRRETROVIRAL NEVIRAPINA NO LABORATÓRIO FARMACÊUTICO OFICIAL FARMANGUINHOS
Por: Eduardo Reese • 17/12/2020 • Trabalho acadêmico • 382 Palavras (2 Páginas) • 314 Visualizações
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
BACHARELADO EM FARMÁCIA
EDUARDO BRUNO AIRES DE JESUS
A DEPENDÊNCIA DE INSUMOS FARMACÊUTICOS IMPORTADOS NO BRASIL: UM ESTUDO DE CASO DO MEDICAMENTO ANTIRRETROVIRAL NEVIRAPINA NO LABORATÓRIO FARMACÊUTICO OFICIAL FARMANGUINHOS
SÃO LUÍS – MA
2020
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
BACHARELADO EM FARMÁCIA
EDUARDO BRUNO AIRES DE JESUS
Resumo do artigo apresentado à professora Maria Cristiane Aranha Brito, como requisito para recebimento em Planejamento, síntese e biotecnologia.
SÃO LUÍS – MA
2020
No ano de 2012 o Brasil movimentou bilhões na indústria farmacêutica, de acordo com dados do IMS Health, com grande participação no mercado farmacêutico mundial o Brasil poderá ocupar o 4° lugar, trazendo grande impacto na indústria do país e movimento ainda mais a atividade econômica. A presença de empresas multinacionais no mercado brasileiro vem aumentando nos últimos anos, formando 50% do total de vendas no setor farmacêutico, assim, priorizando a importância dos princípios ativos trazendo lucros extraordinários às empresas, com alta representatividade do insumo farmacêutico e valor estratégico.
Conforme medidas adotadas na década de 1990 como abertura econômica, eliminação de controles de preços, o rebaixamento de tarifas e a adoção de patentes para produtos e processos, beneficiou os seguimentos de importações farmacêuticas, com isso houve um aumento da competição do setor, porém o produto nacional não foi fortalecido, levando os ganhos para empresas de capital estrangeiro. Considerando o cenário naquela década especifica o Brasil é caracterizado pela fragilidade institucional e pela arbitrariedade na definição de políticas relacionadas ao setor farmacêutico, inovações, matéria-prima, fontes de oferta, inovação, técnicas de produção, seriam o maior diferencial para o Brasil, visto que a maior competição era com base na diferenciação tecnológica.
Visto que para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido, convém lembrar que no ano de 2013 o Brasil tornou-se referência mundial no enfrentamento da Aids, em função de sua sólida política de combate a essa doença. Atualmente, existem 21 medicamentos divididos em cinco classes (Ministério da Saúde, 2015), à produção pública pelo LFO Farmanguinhos, ele fabrica sete dos 21 medicamentos que compõem o coquetel antiaids, sendo um deles a Nevirapina, objeto deste estudo. A Nevirapina é um dos Inibidores não nucleotídeos da transcriptase reversa, sendo utilizada para tratamento da imunodeficiência humana adquirida, provocada pelo HIV tipo 1, em adultos e crianças.
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