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A Teoria do Apego

Por:   •  20/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.424 Palavras (6 Páginas)  •  182 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CÂMPUS DE SANTO ÂNGELO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

 

 

 

 

 

EDUARDA SCHNEIDER

 TAINARA EDUARDA WÜSTH

 

 

 

 

 

 

 

TEORIA DO APEGO

 

 

 

 

 

 

 

 

SANTO ÂNGELO – RS

2020

Questões a partir do artigo científico “Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento”. Autoras do artigo: Juliana Xavier Dalbem; Débora Dalbosco Dell'Aglio.

1) No que consiste a Teoria do Apego do psiquiatra, especialista em psiquiatria infantil, e psicanalista inglês John Bowlby (1907-1990)?

A Teoria do Apego consiste em uma teoria elaborada por John Bowlby que estudou os efeitos do cuidado materno sobre as crianças, em seus primeiros anos de vida, a partir de observações sobre o cuidado inadequado na primeira infância e o desconforto e a ansiedade de crianças pequenas relativos à separação dos cuidadores. Bowlby percebeu efeitos adversos ao desenvolvimento quando havia rompimento da interação com a figura materna, na primeira infância. Ele buscou iniciativas científicas para defender os mecanismos teóricos, estudando principalmente, na primeira infância, os mecanismos de adaptação ao mundo real, as competências humanas e a ação do indivíduo em seu ambiente.

Em sua teoria ele descreve que o tratamento dos cuidadores ou figuras de apego influenciam o desenvolvimento da criança, pois esta possui sinais inatos de um bebê que demandam proximidade e segurança, e a criança percebendo a disponibilidade e responsividade dos cuidadores em cuidar dela e atender suas necessidades, desenvolve um vínculo afetivo com os cuidadores através de suas capacidades cognitivas e emocionais. E essas primeiras relações de apego na infância irão afetar o estilo de apego do indivíduo ao longo de sua vida.


2) Como Bowlby considerou o apego?

J. Bowlby (1989) considerou o apego como um mecanismo básico dos seres humanos, um comportamento biologicamente programado (e inato), como o mecanismo de alimentação e da sexualidade, e é considerado como um sistema de controle homeostático (que busca equilíbrio), que funciona dentro de um contexto de outros sistemas de controle comportamentais. O comportamento de apego possui função que corresponde a uma necessidade de proteção e segurança, por isso o indivíduo possui ações pra manter ou buscar proximidade com outro indivíduo (figura de apego), que considera estar disponível e mais apto para auxiliá-lo, fornecendo respostas, e proporcionando um sentimento de segurança, que consequentemente fortifica a relação. Esse comportamento irá depender de como os cuidadores respondem às necessidades fisiológicas da criança.



3) J. Bowlby (1969/1990) distinguiu dois tipos de fatores que podem interferir na ativação do sistema de comportamento do apego. Quais são eles?

São aqueles fatores relacionados às condições físicas e temperamentais da criança, e os relacionados às condições do ambiente (fatores externos a criança, e que não dependem dela); e a interação desses fatores depende, de certa forma, da estimulação do sistema de apego. E esse sistema afetará diretamente as respostas afetivas e o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, pois envolve a representação mental das figuras de apego, de si mesmo e do ambiente, de acordo com as experiências vividas pela criança.


4) Qual é a relação entre o apego e os modelos internos de funcionamento?

O modelo interno de funcionamento são as representações mentais das experiências da infância relacionadas às percepções do ambiente, de si mesmo e das figuras de apego.

J. Bowlby (1989) descreveu o processo de construção dos modelos internos de funcionamento em termos de modelo de apego. A criança constrói um modelo representacional interno de si mesma (um “projeto” interno), dependendo de como foi cuidada, e das primeiras experiências com as figuras de apego. No decorrer de sua vida, esse modelo interno de funcionamento permite à criança, quando o sentimento é de segurança em relação aos cuidadores, ou seja, quando suas necessidades foram adequadamente interpretadas e atendidas pelos cuidadores, acreditar em si própria, tornar-se independente e explorar sua liberdade. A imagem interna, instaurada com os cuidadores primários, é considerada a base para todos os relacionamentos íntimos futuros, os vínculos afetivos (o apego) que serão formados com outras pessoas, a criança tende a repetir o padrão de apego de seus cuidadores primários.

Os modelos internos de funcionamento, estão relacionados com o sentimentos de disponibilidade das figuras de apego, com a probabilidade de recebimento de suporte emocional em momentos de estresse e, de maneira geral, com a forma de interação com essas figuras. As figuras de apego tem um papel importante na formação dos modelos internos de funcionamento da criança, quando percebem as indicações precoces da intencionalidade e do estado mental da criança para que consigam atender adequadamente a necessidade infantil. Por exemplo: quando os cuidadores são desatentos ao estado mental da criança, cujo senso de si mesma, ainda em desenvolvimento, pode sofrer deformações.

Os modelos internos de funcionamento são importantes na modelagem do comportamento ao longo da vida em diversas situações, como a escolha de um parceiro, de amigos, de uma ocupação profissional, na formação de expectativas e na imagem do self (“auto”, de si mesmo).

5) M. Ainsworth (1978) desenvolveu o método experimental denominado Situação Estranha, em que as reações da criança na interação com seu cuidador são observadas, em detalhe, em uma situação de separação. A Situação Estranha deu origem ao primeiro sistema de classificação do apego entre o cuidador e a criança. Quais são essas categorias e no que consistem?

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