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A Toxicologia Ocupacional Análise Toxicológica

Por:   •  23/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  134 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA[pic 1]

CURSO DE FARMÁCIA

FARA34- TOXICOLOGIA

PROFESSORA ANA LEONOR P. C. GODOY

ALUNA: LEIDIANE RODIGUES SANTIAGO FEITOSA

2ª AVALIAÇÃO DE TOXICOLOGIA

Toxicologia Ocupacional-Análise toxicológica- Doenças ocupacionais- Biomarcadores- testes de toxicidade- Indicador de exposição.

Os efeitos do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana é um problema que tem merecido atenção da comunidade científica em todo o mundo. Esses químicos são produtos sintéticos, que são utilizados na agropecuária com muitas finalidades de uso. De acordo com a Lei 7.802 de 11 de Julho de 1989, esses xenobióticos são definidos como produtos químicos sintéticos usados para matar insetos, larvas, fungos, carrapatos sob a justificativa de controlar as doenças provocadas por esses vetores e de regular o crescimento da vegetação, tanto no ambiente rural quanto urbano.

Com o aumento da população, a demanda de consumo de alimentos também aumenta, fazendo com que os produtores agrícolas aumente o interesse pela capacidade de geração de oferta de alimentos, tendo como consequência, um maior uso desses xenobióticos, para o controle de organismos que possam afetar a produtividade (ALMEIDA et al, 2017 apud PORTO et al. 2021). A exposição aos agrotóxicos pode ocorrer pelas vias dérmica, oral e respiratória, sendo a alimentação a principal forma de exposição da população geral. Na linha de frente desta exposição ao uso, estão os trabalhadores rurais, colocando-os em risco ocupacional significativo, não só durante a aplicação, como também no manuseio e preparação dos produtos, causando vários episódios de intoxicações agudas e/ou crônicas. O uso de EPI (equipamento de proteção individual) é indispensável, mas, há uma baixa adesão por estes trabalhadores ao uso destes equipamentos (CARDOSO et al. 2020 apud SASSO et al. 2021). O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo (INCA, 2021), usando uma gama de classes de produtos químicos no cultivo da agricultura como os organofosforados e carbamatos que tem um alto potencial de inibição das enzimas acetilcolinesterases, gerando respostas distintas no corpo humano (PORTO et al., 2021). É importante saber qual a substância química está sendo utilizada e estabelecer um programa de controle e avaliação dessa exposição, com o acompanhamento de biomarcadores de exposição, ou efeito de susceptibilidade (PORTO et al., 2021), tendo em vista a possibilidade de prevenir, ou minimizar, a incidência de mortes ou doenças decorrentes da interação das substâncias químicas com o organismo humano.

As informações quando se temos a monitorização da exposição ocupacional, com os indicadores de exposição, torna possível a implantação de medidas de prevenção e controle apropriadas, sendo importante, a definição dos níveis aceitáveis de exposição, os quais, de acordo com os dados atuais, são definidos para não causar efeitos adversos decorrente da exposição química. Em virtude das características físico-químicas dos agrotóxicos, facilitando que sejam dispersos pelo ar, água e solo, os trabalhadores agrícolas, seus familiares e a população residente nas áreas de produção agrícola estão expostos aos maiores níveis dessas substâncias (INCA, 2021). Esta exposição pode ser monitorada pela concentração do produto químico em amostras ambientais, como o ar (monitorização ambiental), ou pelo meio do resultado de padrões biológicos (monitorização biológica), designado de indicadores biológicos ou biomarcadores (PORTO et al., 2021). A monitorização biológica da exposição aos xenobióticos, de fato, quer dizer que, a medida da substância ou seus metabólitos em vários sistemas biológicos, como sangue, urina, ar exalado e outros, como, por exemplo, a concentração de ácido hipúrico na urina.

SASSO et al. (2021) mostrou que trabalhadores expostos a xenobióticos tiveram atividades enzimáticas alteradas, como, a catalase, a glutationa redutase na peroxidação lipídica e nos níveis de proteínas carboniladas, como também na expressão de interleucina. Os agrotóxicos dos grupos organofosforados e carbamatos são identificados como neurotóxicos, considerando seu atributo em inibir a atividade das enzimas colinesterases (acetilcolinesterase – AchE e butirilcolinesterase – BChE) (INCA, 2021). Assim, a exposição a esses xenobióticos faz com que o neurônio continue liberando acetilcolina e assim, provocando reações inibitórias/excitatórias no organismo humano (PORTO et al., 2021).

O acompanhamento das intoxicações por inibidores da colinesterase pode ser clínico e diagnóstico com a determinação da ação colinesterásica que é definida por meio de testes específicos em sangue total, plasma ou eritrócitos (PORTO et al. 2021). SIMONIELLO et al. (2009) mostrou que trabalhadores expostos a misturas de pesticidas, tiveram a inibição da acetilcolinesterase em média de 25%, também relatou que modificações na peroxidação lipídica, sistema de defesa antioxidante e danos ao DNA em linfócitos de trabalhadores expostos. A verificação da quantidade das colinesterases AChE e BuChE indica manifestar o tipo de intoxicação aguda ou crônica, de acordo com a variação da meia vida de cada enzima (PORTO et al. 2021). Essas modificações, podem trazer problemas graves de saúde, efeitos adversos, observados na toxicidade crônica de pesticidas, onde o dano oxidativo desempenha um papel fisiopatológico importante.

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