Antibióticos
Tese: Antibióticos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Jaquelinebispo • 26/9/2014 • Tese • 1.627 Palavras (7 Páginas) • 395 Visualizações
A palavra antibiótico, no sentido etimológico, significa: contra (anti) os organismos vivos (bióticos). A palavra biótico quer dizer mais precisamente: contra as bactérias. Os antibióticos podem ser de origem natural ou sintética.
Os antibióticos são drogas que foram criados e têm a capacidade de inibir o crescimento de microorganismos e são empregados com diversas finalidades nas infecções e profilaxia das infecções. Os antibióticos podem agir predominantemente sobre as bactérias gram-positivas, sobre as bactérias gram-negativas ou ambas.
COMO SÃO CLASSIFICADOS?
As inúmeras classes existentes atualmente são classificadas de acordo com sua potência, que depende da concentração do fármaco que chega ao microorganismo, bem como a sensibilidade deste:
Bactericida: inativa e destrói os microorganismos. São exemplos de drogas bactericidas: aminoglicosídeos, quinolonas, penicilinas, cefalosporinas.
Bacteriostática: controla o crescimento bacteriano ao inibir sua multiplicação. Portanto, apenas impedem seu crescimento, não permitindo a evolução do estado infeccioso. A eliminação do microorganismo depende da imunidade do paciente. São exemplos de drogas bacteriostáticas: sulfonamidas, trimetropim, cloranfenicol, tetraciclinas, nitrofurantoína.
PENICILINAS
As penicilinas constituem um dos grupos mais importantes de antibióticos. As penicilinas foram, ao lado das cefalosporinas, o grupo dos antibióticos b-lactâmicos caracterizado por três aspectos estruturais em comum: a- estrutura b-lactama condensada; b- carboxila livre; e c- um ou mais grupo amino substituídos na cadeia lateral. Todas as penicilinas possuem a mesma estrutura geral b-lactâmica tiazolidínica. A intensidade da atividade antibacteriana depende da esterioquímica da cadeia lateral.
Qual seu mecanismo de ação?
Estes antibióticos possuem um anel B-lactâmico (anel ativo) em sua estrutura química, que interfere com a síntese do peptidioglicano da parede celular bacteriana. Após a sua fixação em sítios de ligação na bactéria, os antibióticos B-lactâmicos inibem a enzima de transpeptidação que forma ligações cruzadas das cadeias peptídicas ligadas ao arcabouço do peptidioglicano.O evento bactericida final consiste na ativação do sistema autolítico na parede celular, levando à lise da bactéria e posterior morte.
Quais os efeitos indesejados?
As penicilinas são relativamente desprovidas de efeitos tóxicos diretos. Os efeitos adversos consistem em reações de hipersensibilidade, causadas pelos produtos de degradação da penicilina, que se combinam com a proteína do hospedeiro, tornando-se antigênicos. É comum a ocorrência de erupções cutâneas e febre; muito raramente foram relatados alguns casos de choque anafilático agudo. A sua introdução por injeção no organismo é conhecida por ser dolorosa. Também podem alterar a microbiota bacteriana no intestino, principalmente as de amplo espectro quando administradas por via oral. Este efeito pode estar associado a distúrbios gastrointestinais e, em alguns casos, a superinfecção por microorganismos não sensíveis à penicilina. Altas doses de penicilina podem ocasionar neutropenia, leucopenia e trombocitopenia.
QUINOLONAS
As quinolonas incluem os agentes de amplo espectro ciprofloxacina, levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina, acrosoxacina e pefloxacina, bem como os fármacos de menor espectro utilizados nas infecções do trato urinário, a cinoxacina e o ácido nalidíxico. Tem excelente distribuição nos vários tecidos e fluidos corporais. São excretadas pelo fígado e em pacientes com insuficiência renal ocorre aumento da meia-vida.
São indicadas para o tratamento das infecções por bacilos aeróbicos gram-negativos incluindo Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, espécies de Enterobacter, espécies de Salmonella e Shigella, Campylobacter e Pseudomonas aeruginosa, porém as outras pseudomonas são resistentes às quinolonas. Apresentam efeito prolongado e meias-vidas relativamente longas, permitindo intervalos de dose de 12 horas, o que favorece a adesão ao tratamento.
Qual seu mecanismo de ação?
Elas inibem a topoisomerase II, uma DNA-girase, impedindo o enrolamento das fitas de DNA para formar a dupla-hélice da bactéria. Com a inibição da duplicação e da transcrição do DNA não há síntese protéica. Portanto, têm efeito bactericida.
6.2 Quais os efeitos indesejados?
As quinolonas podem causar náusea e desconforto abdominal. Também foram descritos danos à cartilagem articular em crianças com a utilização de fluorquinolona. É contra-indicada em pacientes jovens em crescimento e gestantes.
CEFALOSPORINAS
As cefalosporinas são antibióticos b-lactâmicos que apresentam as mesmas características estruturais das penicilinas. Possuem a mesma estrutura b-lactama-diidrotiazínica. Os antibióticos do grupo das cefalosporinas são classificados por geração: a- cefalosporinas da primeira geração têm atividade contra gram-positivos e pouca atividade contra gram-negativos; b- cefalosporinas de segunda geração têm atividade melhor contra gram-negativos e algumas cefalosporinas têm atividade antianaeróbica; c- cefalosporinas da terceira geração apresentam menor atividade contra gram-positivos, porém com maior atividade contra Enterobacreriacae; d- cefalosporinas da quarta geração têm um espectro de atividade semelhante ao da terceira geração, mas com maior estabilidade à hidrólise por b-lactamases.
Qual seu mecanismo de ação?
O mecanismo de ação dessa classe de medicamentos é o mesmo que o das penicilinas e das
cefalosporinas,que além de estimularem a produção de autolisinas bacterianas, interferem na síntese da parede celular de peptideoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação.
Quais os efeitos indesejados?
Os efeitos adversos que podem ser observados com o uso de medicamentos pertencentes à classe das cefalosporinas são: reações de hipersensibilidade semelhantes àquelas que ocorrem com a penicilina como rash cutâneo, urticária (rara), prurido, anafilaxia (rara), eosinofilia, trombocitose, confusão mental, convulsões (geralmente com doses altas em pacientes com insuficiência renal), alterações discretas das provas de função hepática e diarréia.
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