AÇÃO BIOLÓGICA DOS FLAVONÓIDES
Por: Wilma Mendes • 22/10/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 821 Palavras (4 Páginas) • 307 Visualizações
AÇÃO BIOLÓGICA DOS FLAVONÓIDES
A ação biológica dos flavonóides é um composto que traz em sua conduta vários benefícios ao ser humano. Sua ação biológica, principalmente a oxidante são capazes de agir com radicais livres, trazendo benefícios como o retardo do envelhecimento da célula. Em sua ação biológica, os flavonóides atuam com ações antinflamatória, vasodilatora, analgésica, anticancerígena e antihepatóxica, bem como atividade mibrobiana e antiviral.
Alguns estudos apontam sem ação inibitória de flavonóides contra o vírus da imunodeficiência humana. Na alimentação, flavonóides são representados através de frutas de cor avermelhada, legumes, verduras e chá de ervas, vinho e mel. Mesmo não sintetizados, podemos encontrar esses compostos em forma de glicosídeos, promovendo uma melhor absorção intestinal.
Quimicamente, flavonóides são compostos tricíclicos com dois anéis aromáticos (A e B) sendo o grupamento composto por pirona, já o A possui benzoi. Também possui grupamentos de hidroxila nas posições 5 e 7 e o anel B possui cinamoil, com grupamento de hidroxilas na posição 3’, 4’, 5’. Tem origem biossintética mista, ou seja, se compõe por subunidade derivadas de duas ou mais vias biossintética.
Testes de laboratório demonstraram que os flavonóides atuam como antioxidantes evitando a formação de radicais livres devido a inibição de enzimas ou a complexação de íons metálicos envolvidos na produção destes radicais. Os flavonóides inibem a atividade das enzimas responsáveis pela produção do ânion superóxido, como a xantina-oxidase e a proteínas-quinase C.
Alguns flavonóides trabalham de forma importante no metabolismo do oxigênio. Alguns são complexantes eficientes de metais, como íons livres de ferro e de cobre são possíveis agentes da formação de radicais lives, porém é importante ressaltar que os íons metálicos são eficazes para algumas desempenhos fisiológicos do corpo humano, como constituintes de proteínas e cofatores de muitas enzimas, envolvidos no mecanismo de defesa antioxidante.
Assim, há ainda muitos estudos em decorrência para conhecimento do mecanismo de ação dos flavonóides como os bioflanóides naturais e os sintéticos como os antioxidantes, buscando identificar de forma mais clara o resultado da hidrólise dos flavonóides após sua entrada parcial pelo corpo humano.
IMPORTÂNCIA COMERCIAL DOS FLAVONÓIDES
Entre os compostos fenólicos presentes na própolis, destacam-se os flavonoides e os ácidos fenólicos. Sabe-se que a ingestão de flavonoides interfere em diversos processos fisiológicos, e auxilia na absorção e na ação de vitaminas, por atuar nos processos de cicatrização, como antioxidantes, além de apresentarem atividade antimicrobiana (MENEZES, 2005). Pesquisas recentes sugerem que na própolis brasileira os ácidos fenólicos são bem mais abundantes que os flavonóides. Talvez seja essa particularidade um dos fatores responsáveis pela enorme preferência do mercado internacional em relação à própolis produzida no Brasil (FUNARI;FERRO, 2006; MARCUCCI, 1996; ORSI et al.,2005; PARK; ALENCAR; MASAHARU, 1999; PARK et al., 2002).
No cenário nacional, os flavonóides devem atender algumas especificações para comércio conforme o Ministério da Agricultura e Abastecimento. Alguns Regulamentos técnicos como a normativa nº 03, de 19 de Janeiro de 2001, do próprio ministério constitui em algumas algumas técnicas qualitativas e requisitos mínimos para a qualidade dos produtos reservados ao comércio nacional.
Algumas dessas especificações são: determinar características sensoriais como aroma, cor, sabor, aspecto, características físico-químicas como teor mínimo de extrato seco (11% m/v), teor máximo de cera do extrato seco (1% m/m), teor mínimo de flavonoides (0,25% m/m) teor mínimo de compostos fenólicos (0,25% m/m), propriedades antioxidantes (máximo 22 segundos), não autorização de uso de aditivos, critérios macroscópicos e microscópicos, acondicionamento, rotulagem, dentre outros (BRASIL, 2001).
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