A Arte de Pensar - O Nível de Leitura Pascoal Ide
Por: lubarbosaj • 23/8/2020 • Resenha • 445 Palavras (2 Páginas) • 410 Visualizações
A Arte de Pensar - O Nível de Leitura – Pascoal Ide
Na discussão proposta no texto, podemos perceber apontamentos e reflexões acerca de um debate que se dirige a inteligência do leitor sobre o que se lê e a importância de atentar sobre níveis de leitura e assumir uma postura crítica. Para fomentar tal debate, o autor introduz diferentes raciocínios, com predomínio do silogismo e indução e ainda reflete acerca de outras categorias da escrita e do pensamento. Propõe vários questionamentos a partir de citações literárias clássicas e fontes consideradas renomadas, buscando argumentar com o leitor. Nesta linha, o leitor é convidado a refletir sobre a importância de assumir uma postura crítica e argumentativa, visando entender que a depender do nível de leitura, pode despertar múltiplas percepções humanas, como a inteligência, ato de pensar; o desejo de mover-se; e a sensibilidade de comover-se.
O autor considera que pode ser problemática a incapacidade do leitor de identificar a tônica da leitura que o envolve, pois ela pode despertar nele ações que precisam ser contextualizadas e significadas. Aponta que, na medida em que o leitor assume uma interpretação de leitura, sem identificar a intenção do autor, isto pode implicar em desvios de percepções de seu mundo e de sua realidade. Manifesta sua opinião de que não basta ter confiança no autor, sendo preciso, ainda, assumir certo distanciamento para analisar a informação expressa na leitura, sem apelos emotivos e passionais. Principalmente no contexto, onde o autor explora analogias.
Apresenta também como argumento, considerando uma postura crítica de leitura, a influência de modismos, observado na pretensa liberdade de imprensa, e sinaliza que a manipulação é uma poderosa arma psicológica, visto que impele a ação. Após várias demonstrações de suas idéias e contrapontos argumentativos o autor propõe um “como proceder", com vistas a propor ao leitor, ferramentas para identificar se esta diante de um texto que visa sua cabeça, seu coração ou suas entranhas. Como solução propõe um método para que o leitor analise se o texto se dirige mais ao apelo de sua inteligência, vontade ou sensibilidade.
Com vistas a exemplificar a reflexão proposta, aconselha o leitor acerca da necessidade de analisar o texto a partir de critérios lógicos e literários, exemplificando como reconhecer textos apelativos à vontade ou sensibilidade e demonstra como reconhecer textos suscetíveis de manipulação, sinalizando que essas naturezas de textos apelam para nossa afetividade sensível. Para comprovar sua tese ele se vale de trechos de importantes obras, poemas, reflexões e expressões contidas em livros cânones como a bíblia, obras literárias consagradas, aportes filosóficos de importantes pensadores e leva-nos a refletir, ainda, sobre o que reconhece serem escritores moralistas e o efeito da escrita das fábulas.
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