DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO δ-AMINOLEVULÍNICO URINÁRIO (ALA-U)
Por: Erika Xavier • 27/7/2017 • Relatório de pesquisa • 1.148 Palavras (5 Páginas) • 648 Visualizações
[pic 1] | Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências da Saúde – CCS Departamento de Ciências Básicas da Saúde – DBS |
DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO δ-AMINOLEVULÍNICO URINÁRIO (ALA-U)
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Maringá
Introdução
O chumbo é um dos metais mais abundantes encontrados na natureza, obtido principalmente a partir da galena (sulfato de chumbo - PbS). O saturnismo ou plumbemia é a intoxicação produzida por excesso de chumbo no organismo. As propriedades de dureza e maleabilidade do chumbo têm determinado um aumento progressivo em sua utilização industrial. As fontes tradicionais de risco são: montagem de veículos, montagem e recuperação de baterias, soldagem, mineração, manufatura de plásticos, vidros, cerâmicas e indústrias de tintas, lacas, vernizes, oficinas de artesanato, fundição, acumuladores, estaleiros, indústria química, fabricação de munições, cerâmica, óleos pesados, inseticidas. Outros riscos que apareceram recentemente são os derivados da proteção contra as radiações ionizantes, a manutenção de túneis, em rodovias e o uso de estearatos de chumbo na indústria de plásticos, conferindo maior dureza e elasticidade ao produto.
Este metal pode ser introduzido no organismo através da inalação (ar atmosférico), ingestão (água, alimentos e solo contaminados) e por via dérmica. Os compostos de chumbo lipossolúveis e projéteis de chumbo quando alojados na pele e nos músculos permitem a absorção do metal. Após absorvido, o chumbo não é distribuído de forma homogênea no organismo. No sangue o chumbo circulante está quase sempre associado aos eritrócitos, sendo em seguida distribuído aos tecidos moles (maiores concentrações no fígado e rins) e aos minerais (ossos e dentes). O osso é o principal compartimento onde se armazena o metal, cerca de 90% do chumbo encontrado no organismo está depositado nos ossos. A meia vida do chumbo no sangue e nos tecidos moles é similar, da ordem de 30 a 35 dias e nos ossos é de cerca de 30 anos.
No ambiente de trabalho, a principal via de absorção é o aparelho respiratório. A deposição, retenção e absorção de partículas de chumbo no trato respiratório depende de fatores tais como: tamanho da partícula inalada; densidade; forma química; solubilidade; ritmo respiratório; duração da exposição; concentração de chumbo na atmosfera; susceptibilidade pulmonar do trabalhador, sendo mais importante durante o esforço.
Na hemácia liga-se ao ácido delta-aminolevulínico desidratase (ALA-D) inibindo-a e as enzimas coproporfirinogêneo descarboxilase e a ferroquelastase. Assim, os substratos dessas reações (ácido delta-aminolevulínico, coproporfirinogêneo III, protoporfirina) se acumulam. O ALA, em razão do baixo peso molecular, atravessa a membrana dos eritrócitos, eleva-se no soro e finalmente é excretado na urina.
O objetivo da aula pratica foi realizar a determinação de acido δ-Aminolevulínico urinário (ALA-U).
Materiais e Métodos
MATERIAL
- Espectrofotômetro (região do visível);
- Tampão acetato pH 4,6 - pronto para uso;
- Solução padrão de ácido delta-aminolevulínico 50 mg/L – pronto para uso;
- Reativo de Erlich modificado;
Dissolver 1,0 g de p-dimetilaminobenzaldeído em cerca de 30 mL de ácido acético glacial; adicionar 4,3 mL de HClO4 70 %, 5,0 mL de água destilada e completar o volume até 50,0 mL com o ácido acético. PREPARAR O REATIVO NO DIA DA UTILIZAÇÃO.
- Acetoacetato de etila;
- Acetato de etila.
3. TÉCNICA
- Calcular a concentração de ALA com o auxílio de uma curva de calibração (P1, P2, P3 e P4) construída a partir de diluições da solução estoque (1,0 a 20,0 mg/L), tratadas da mesma maneira que a amostra de urina.
- Transferir 1,0 mL de urina para dois tubos (A-amostra e B-branco da amostra) e acrescentar a cada tubo 1,0 mL de tampão acetato pH 4,6.
- Adicionar 0,2 mL de acetoacetato de etila apenas no tubo (A);
- Agitar os tubos cerca de cinco segundos no agitador automático (VÓRTEX) e deixar em banho de água fervente por 10 minutos (cronometrados a partir do momento em que a água estiver fervendo após a colocação dos tubos);
- Resfriar os tubos. Adicionar em cada tubo 3,0 mL de acetato de etila, fechar bem os tubos e agitar em vórtex 1 min;
- Pipetar 2,0 mL da fase orgânica para outro tubo de ensaio;
- Adicionar 2,0 mL do reativo de Erlich modificado a cada tubo e agitar manualmente 3x;
Após 10 minutos, determinar a absorbância do produto colorido formado em 553nm, usando como referência o tubo sem acetoacetato de etila;
Resultados e discussão
Após obtido o valor da absorbância de cada P1, P2, P3 e P4 e amostra com suas referentes concentrações foi realizada uma curva de concentração em que foi possivel obter os valores de a, b e r.
n [Símbolo ] xy - [Símbolo] x [Símbolo] y [Símbolo] y - a [Símbolo] x
a = 0,025 b = 0,005
n [Símbolo] x2 - ( [Símbolo] x)2 n
n [Símbolo] xy - [Símbolo] x [Símbolo] y
[pic 3]r = 0,9999
[pic 4]
O alto valor de r comprova a veracidade e confiabilidade desta análise.
Com os valores de a e b, substituindo-os na equação e usando o valor da absorbância (y) da amostra, podemos encontrar a concentração de ALA nesta amostra.
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