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Estudo de Caso Farmácia

Por:   •  10/4/2025  •  Trabalho acadêmico  •  1.115 Palavras (5 Páginas)  •  29 Visualizações

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 Possíveis causas da hipercalcemia

As causas mais comuns incluem:

  • Hiperparatireoidismo primário: condição na qual as glândulas paratireoides produzem excesso de paratormônio (PTH), levando à liberação de cálcio dos ossos para o sangue.
  • Câncer: certos tumores, como carcinoma de pulmão, mama ou rim, podem produzir proteínas semelhantes ao PTH ou metastatizar para os ossos, liberando cálcio.
  • Intoxicação por vitamina D: excesso de vitamina D aumenta a absorção intestinal de cálcio.
  • Doenças granulomatosas (ex: sarcoidose, tuberculose): ativação excessiva de vitamina D por macrófagos.
  • Uso de certos medicamentos: como tiazídicos e lítio.
  • Imobilização prolongada: especialmente em pessoas com doença óssea subjacente.
  • Doenças endócrinas: como hipertireoidismo ou insuficiência adrenal.

2. Como o corpo regula os níveis de cálcio no sangue

O equilíbrio do cálcio envolve:

  • Ossos: principal reserva de cálcio.
  • Intestino: absorve cálcio da dieta.
  • Rins: filtram e reabsorvem cálcio.

3. Hormônios e glândulas envolvidos

  • Paratormônio (PTH) – produzido pelas glândulas paratireoides:
  • Aumenta a liberação de cálcio dos ossos.
  • Estimula a reabsorção de cálcio nos rins. Estimula a conversão de vitamina D na sua forma ativa.
  • Vitamina D (calcitriol) – ativada nos rins:
  • Aumenta a absorção de cálcio no intestino.
  • Calcitonina – produzida pela glândula tireoide:
  • Reduz os níveis de cálcio ao inibir a reabsorção óssea (efeito oposto ao PTH, embora menos influente em humanos adultos).

4. Impactos da hipercalcemia no organismo

A hipercalcemia pode afetar múltiplos sistemas:

  • Neuromuscular: fraqueza muscular, fadiga, confusão, letargia.
  • Gastrointestinal: constipação, náuseas, dor abdominal.
  • Renal: poliúria, desidratação, nefrocalcinose, cálculos renais.
  • Cardíaco: arritmias, alterações no eletrocardiograma (ECG).
  • Osteoarticular: dores ósseas, fraturas patológicas (em casos crônicos).

5. Sintomas relacionados à hipercalcemia

Alguns sintomas comuns incluem:

  • Fadiga e fraqueza muscular (relatados pelo paciente).
  • Câimbras e dor nas pernas.
  • Constipação.
  • Sede excessiva e aumento da micção.
  • Náuseas ou vômitos.
  • Confusão mental (em casos mais graves).

6. Exames adicionais para determinar a causa

Para investigar a causa da hipercalcemia, podem ser solicitados:

  • Dosagem de PTH: para verificar se a causa é paratireoideana (hiperparatireoidismo).
  • Cálcio iônico: forma biologicamente ativa do cálcio.
  • Fósforo sérico: pode estar baixo no hiperparatireoidismo.
  • 25(OH)-vitamina D e 1,25(OH)2-vitamina D: para investigar intoxicação ou doenças granulomatosas.
  • Exames de imagem:
  • Ultrassom ou cintilografia de paratireoide: investigar adenoma paratireoideo.
  • Tomografia ou radiografias: para buscar sinais de câncer ou lesões ósseas.
  • Eletrocardiograma (ECG): para verificar alterações cardíacas.
  • Proteinúria ou eletroforese de proteínas: em suspeita de mieloma múltiplo.

1. Relações de causa e efeito

Causa provável: Hiperparatireoidismo primário

  • Justificativa:
  • O homem tem 50 anos, idade em que essa condição é comum.
  • Apresenta sintomas clássicos: fadiga, fraqueza, câimbras.
  • A hipercalcemia causada por excesso de PTH tem um padrão claro:
  • Aumenta a reabsorção óssea de cálcio.
  • Diminui a excreção renal de cálcio.
  • Aumenta a conversão da vitamina D ativa.

Possível causa alternativa: Neoplasia

  • Certos cânceres, como carcinoma de pulmão ou mieloma múltiplo, também causam hipercalcemia.
  • Mas a ausência de sintomas como perda de peso, dor óssea severa, ou histórico clínico suspeito, diminui a probabilidade (mas não descarta totalmente).

2. Padrões que reforçam hipóteses

  • Os sintomas musculares e neurológicos aparecem quando o cálcio está alto o suficiente para interferir na despolarização neuronal. Esse padrão é consistente com hipercalcemia sintomática.
  • Se houver PTH elevado com cálcio alto, isso confirma hiperparatireoidismo primário, pois o PTH deveria estar suprimido com hipercalcemia normal.

3. Contradições ou possíveis conflitos

  • Cálcio elevado, mas PTH baixo: isso contradiz o diagnóstico de hiperparatireoidismo primário, e sugere causa PTH-independente (ex: câncer, intoxicação por vitamina D).
  • Vitamina D elevada com hipercalcemia e PTH baixo: aponta para intoxicação por vitamina D ou doença granulomatosa.

Conclusão crítica:
Somente com os dados laboratoriais de cálcio total, cálcio iônico, PTH, vitamina D, fósforo, e exames de imagem, é possível
validar ou invalidar hipóteses. Sem eles, trabalhar apenas com sintomas pode ser enganoso.

4. Questões críticas a se levantar

  • Estamos considerando as medicações do paciente? Diuréticos tiazídicos, por exemplo, causam retenção de cálcio.
  • Existe histórico familiar de distúrbios endócrinos?
  • Há sinais de mieloma múltiplo? (dor óssea difusa, anemia, insuficiência renal, proteinúria).
  • O paciente está tomando suplementos? (cálcio, vitamina D).

FLUXOGRAMA CLÍNICO – INVESTIGAÇÃO DA HIPERCALCEMIA

1. Confirmar Hipercalcemia

  • Dosar Cálcio total e cálcio iônico.
  • Avaliar correção do cálcio total pelo nível de albumina:

lcio corrigido=Cálcio total+0,8×(4,0albumina)

2. Confirmada a hipercalcemia?

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