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Infecções fúngicas - aspectos farmacoepidemiológicos

Por:   •  1/5/2017  •  Resenha  •  649 Palavras (3 Páginas)  •  269 Visualizações

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Para pacientes gravemente enfermos e imunocomprometidos, a inclusão de anidulafungina para o tratamento de possíveis infecções fúngicas invasivas diminuirá a taxa de morbidade e mortalidade desses pacientes?

Aspectos epidemiológicos, demográficos e sociais.

As infecções fúngicas invasivas são importante causa de morbidade e mortalidade, em especial na população de pacientes imunocomprometidos e gravemente enfermos, a saber: pacientes com câncer, politraumatizados, em uso de quimioterapia para tumores sólidos ou hematológicos, pacientes atingidos pelo HIV/SIDA, entre outros. Estes pacientes estão sob risco especial de desenvolver infecções oportunistas por leveduras e fungos filamentosos (SIWEK, 2004).

A grande maioria das infecções fúngicas é decorrente de leveduras do gênero Candida sp. e de fungos filamentosos do gênero Aspergillus sp. No entanto, infecções por outros fungos, mais raras, vêm aumentando significativamente. Os avanços recentes na terapêutica e nas técnicas invasivas para diagnóstico têm permitido um aumento da população de imunocomprometidos. Esses pacientes são submetidos a procedimentos invasivos, antibióticos de amplo espectro e outros fatores que aumentam o risco de aquisição de infecções invasivas (Fontenelle et al, 2013).

As infecções fúngicas sistêmicas causadas por leveduras do gênero Candida são consideradas micoses oportunistas e evidenciam uma crescente incidência especialmente em ambientes hospitalares de alto risco como unidades de terapia intensiva e berçários. Essas infecções representam importante desafio terapêutico, em razão do surgimento de espécies resistentes a antifúngicos, associadas a altos índices de mortalidade, sendo de grande importância a rapidez e precisão no diagnóstico clínico e laboratorial (Coelho et al, 2013).

A Candida sp. é a principal causa de infecções fúngicas invasivas, mundialmente, além de doença nosocomial, infecções da corrente sanguínea, afetando principalmente aqueles que estão em uma unidade de terapia intensiva (UTI), assim como idosos, pacientes recém transplantados e neonatos. A incidência e mortalidade da candidemia / candidíase invasiva (C / IC) é relativamente alta na América Latina em relação a América do Norte e Europa. Estimativas variam de 15 a 47% em adultos, e está relacionado a fatores como a falta de sensibilidade de diagnóstico, comorbidades, gravidade da doença e as diferenças nas espécies causadoras. Na América Latina, existem disponíveis dados limitados, mas as taxas de mortalidade bruta para candidemia em estudos clínicos são relatados como maiores do que na América do Norte e Europa (50-54% contra uma média de 31%, respectivamente) (Colombo et al, 2008).

Em nível mundial, 10% dos recém-nascidos (RN) com peso ao nascer < 1.000 g apresentam infecção fúngica. A incidência de sepse fúngica vem aumentando nas unidades de terapia intensiva neonatal. A maioria das infecções fúngicas no período neonatal é causada pela Candida albicans e pela Candida parapsilosis. No entanto, nos últimos anos houve um aumento de incidência de outras espécies: C. glabrata, C. Krusei, C. lusitaniae e C. guillermondi. A candidemia é também fonte de considerável morbidade. A mortalidade por infecção fúngica é alta, variando entre 30 e 75%. Embora novas drogas venham se tornando disponíveis para o tratamento inicial, ainda é um problema para os neonatologistas (Ferreira et al, 2014).

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