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O Sistema Nervoso Autônomo

Por:   •  7/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.633 Palavras (11 Páginas)  •  351 Visualizações

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Sistema Nervoso Autônomo

Introdução

O mais importante papel do sistema nervoso é a informação processada que chega ao SNC, de forma que ocorram as respostas necessárias para o meio interno e externo.

Para ambos os meios interno ou externo existem receptores sensoriais que captam as informações destes meios. Estes receptores transformam energia mecânica, elástica, térmica, cinética, eletromagnética entre outras, em energia elétrica para que através dos nervos periféricos estas informações possam chegar ao SNC, este processo de recepção e condução compreende o sistema nervoso periférico (SNP).

Sistema Nervoso

Uma visão geral do Sistema Nervoso como um todo.

A partir de um núcleo central, distribuem-se por todo o corpo as ramificações mais variadas da complexa estrutura nervosa. Usa-se o termo cérebro para identificar a capacidade racional do homem, o que constitui uma imprecisão. Na verdade, é de todo o sistema nervoso que dependem as atividades consideradas humanas.

Além disso, a caixa óssea do crânio não contém apenas o cérebro como se julga de forma errada, mas uma estrutura muito maior o encéfalo, da qual o cérebro é parte integrante. Este se divide em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo), ligadas entre si por feixes de fibras nervosas.

O cérebro compreende ainda o diencéfalo, situado entre os dois hemisférios, quase escondido por eles. Estrutura de grande importância é responsável pela ligação entre o sistema nervoso e as glândulas de secreção interna. Além do cérebro, fazem parte do encéfalo o cerebelo e o tronco cerebral. O primeiro exerce importante papel na manutenção do equilíbrio corporal e controla as atividades dos diversos grupos musculares; o tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à medula espinhal.

[pic 1]

O Controle do Sistema Nervoso Autônomo

O SNA divide-se em Sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Estes trabalham de forma contrária, podendo-se afirmar que o sistema parassimpático restaura os níveis de equilíbrio alterados pelo simpático.

O papel do SNA Simpático é de preparar o corpo para uma emergência, para responder a um estímulo do ambiente quando o organismo se encontra ameaçado, excitando e ativando os órgãos necessários.

Já o SNA parassimpático serve reorganizar as atividades desencadeadas pelo SNA Simpático, relaxando as atividades. Relacionando diretamente com a capacidade de regulação do organismo e às condições ambientais em que se encontra, esta capacidade esta garantida pelo hipotálamo. Dando um exemplo: se o SNA simpático faz com que o ritmo cardíaco acelere, a função do SNA parassimpático é estabilizar esse ritmo.

Percebidas as diferenças existentes entre os dois, é importante perceber de que modo essas ativações inconscientes são processadas e que mecanismos estão por trás das nossas respostas involuntárias.

Na tentativa de então explicar esses fenómenos, de forma clara, começamos por dizer que o SNA contém fibras nervosas que conduzem impulsos do SNC aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração.

O corpo celular do neurónio pré-ganglionar fica localizado dentro do SNC e seu axónio vai até um gânglio, onde o impulso nervoso é transmitido ao neurónio pós-ganglionar. O corpo celular do neurónio pós-ganglionar fica no interior do gânglio nervoso e o seu axónio conduz o estímulo nervoso até o órgão, que pode ser, por exemplo, o estômago, o coração ou os pulmões.

Movimentos reflexos são acionados sob a forma de resposta a um estímulo. Esses estímulos de diferentes formas que determinam, através de reflexos ou respostas diversas. Um indivíduo descalço, ao pisar sobre um pedregulho, alivia de forma repentina o peso do corpo sobre aquele pé devido ao reflexo. Porem, ao pisar sobre a ponta de um cigarro aceso, o reflexo faz com que afaste o pé, flexionando a perna. O reflexo é anterior à consciência do fato, funciona como mecanismo de defesa.

[pic 2]

Estímulos e Reflexos

Os reflexos são movimentos comandados pelo SNA, que também pode ser denominado sistema neurovegetativo, com duas seções: o sistema simpático e parassimpático. São as partes do sistema nervoso responsáveis pela musculatura do coração, musculatura lisa e glândulas.

Esses dois sistemas têm funções contrárias. Um corrige as necessidades e excessos do outro. Assim se o sistema simpático acelera demais as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.

O autônomo simpático estimula ações que movimentam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Como por exemplo, o sistema simpático que é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, e pelo aumento da pressão arterial, da quantidade de açúcar no sangue e a ativação do metabolismo geral do corpo, já o autônomo parassimpático estimula as principais atividades relaxantes, como as diminuições do ritmo cardíaco e da pressão arterial.

Entre as diferenças entre eles podemos dizer que as fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes hormônios.

O hormônio secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurônios são chamados colinérgicos.

Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, esta é a razão onde a maioria deles é chamada de neurônios adrenérgicos.

A acetilcolina e a noradrenalina possui a capacidade de estimular alguns órgãos e impedir outros, de maneira antagônica.

 

Órgão

Efeito da estimulação simpática

Efeito da estimulação parassimpática

Olho: pupila

Músculo ciliar

Dilatada

nenhum

Contraída

Excitado

Glândulas gastrointestinais

Vasoconstrição

Estimulação de secreção

Glândulas sudoríparas

Sudação

Nenhum

Coração: músculo (miocárdio)

Coronárias

Atividade aumentada

Vasodilatação

Diminuição da atividade

Constrição

Vasos sanguíneos sistêmicos:

Abdominal

Músculo

Pele

Constrição

Dilatação

Constrição ou dilatação

Nenhum

Nenhum

Nenhum

Pulmões: brônquios

Vasos sangüíneos

Dilatação

Constrição moderada

Constrição

Nenhum

Tubo digestivo: luz

Esfíncteres

Diminuição do tônus e da peristalse

Aumento do tônus

Aumento do tônus e do peristaltismo

Diminuição do tônus

Fígado

Liberação de glicose

Nenhum

Rim

Diminuição da produção de urina

Nenhum

Bexiga: corpo

Esfíncter

Inibição

Excitação

Excitação

Inibição

Ato sexual masculino

Ejaculação

Ereção

Glicose sangüínea

Aumento

Nenhum

Metabolismo basal

Aumento em até 50%

Nenhum

Atividade mental

Aumento

Nenhum

Secreção da medula supra-renal (adrenalina)

Aumento

Nenhum

 

...

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