OS EPIS NOS LABORATÓRIOS INDUSTRIAIS E HOSPITALARES

Os laboratórios são essenciais em institutos de pesquisa, centros de diagnósticos de desenvolvimento, hospitais e controle nas indústrias. O laboratório pode ser um local de risco pelas características de trabalho que nele é executado, pelas substancias manuseadas e pelos tipos de equipamentos operados e podem resultar numa serie de acidentes, como intoxicações, envenenamento, queimaduras térmicas e químicas, contagio por agentes biológicos, incêndios, explosões etc. [HIRATA, 2002].

Tais acidentes podem ser evitados ou minimizados pelo uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Os equipamentos de proteção individual destinam-se a proteger o analista de laboratório nas operações com risco de exposição ou quando houver emanações de produtos químicos, risco de quebra ou explosões de aparelhos de vidro, riscos de cortes com vidrarias, laminas, ferramentas perfurantes ou cortantes. Os EPIs podem, ainda, ser considerados um dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. Os EPIs devem proporcionar o mínimo de desconforto sem tirar a liberdade de movimento do analista [HIRATA, 2002].

A classificação dos EPIs pode ser feita segundo a parte do corpo que se protege: proteção para a cabeça, proteção para o corpo, dos membros superiores e dos membros inferiores [HIRATA, 2002].

2 OBJETIVO

O trabalho desenvolvido destaca a importância e as necessidades da utilização de EPI. Objetiva fornecer instruções específicas de cada EPI e suas funções em cada setor, minimizando os riscos, e garantindo a proteção do trabalhador e do meio ambiente.

3 Desenvolvimento

3.1 Os EPIs nos laboratórios industriais

Segundo a lei nº 6.514, de 22.12.97, seção IV, art. 166, toda empresa é obrigada a fornecer aos funcionários, gratuitamente, EPIs segundo as necessidades de trabalho e ao risco inerente, que se encontrem em perfeito estado de conservação. Os empregados são obrigados a usar o(s) EPIs e se responsabilizar pela guarda e conservação destes [HIRATA, 2002].

É obrigatório à utilização desses equipamentos de proteção na execução de qualquer atividade que envolva o manuseio de reagentes químicos e soluções, movimentação e transporte de materiais perigosos e também na circulação em áreas externas, consideradas de risco [HIRATA, 2002].

Entre os EPIs mais usados para a proteção pode se destacar os capacetes de segurança, protetores ou mascaras faciais, óculos de segurança, proteção respiratória, proteção auricular entre outros [HIRATA, 2002].

3.1.1 Capacetes

Os capacetes (FIGURA 01) são dispositivos rígidos usados para proteger a cabeça e partes adjacentes contra impactos, partículas desprendidas, choque elétrico ou qualquer combinação. Já os protetores faciais protegem a face contra riscos de impacto, substâncias nocivas, e radiações, e oferecem uma proteção adicional à face do operador sem necessitar do uso dos óculos de segurança, proporcionando melhor proteção, pois, além dos olhos, protegem toda a face contra os perigos de respingos de substâncias corrosivas e tóxicas, reagentes químicos, culturas microbianas ou seus metabólitos entre outros materiais biológicos. Outro elemento principal dos EPIs são as máscaras com filtro que protegem o aparelho respiratório, podendo ter respiradores com filtros mecânicos para a proteção contra partículas suspensas no ar; respiradores com filtros químicos que protege contra gases e vapores orgânicos e respiradores com filtros combinado [HIRATA, 2002].

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FIGURA 01: CAPACETE DE SEGURANÇA

3.1.2 Protetores Auriculares

Os protetores auriculares (FIGURA 02) ou proteção contra níveis elevados de ruídos tem por limite 60 decibéis para uma condição de conforto durante a jornada de trabalho, os protetores auriculares podem ser do tipo concha, com protetores externos ou de inserção ou até mesmo descartáveis [HIRATA, 2002].

Em relação às normas internacionais, o nível de ruído permitido pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration) é de 85 decibéis por um período de oito horas, porém este nível pode não ser confortável para os ocupantes dos laboratórios [HIRATA, 2002].

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FIGURA 02: PROTETOR AURICULAR

3.1.3 Avental

Em relação à todos os EPIs, o mais comum em laboratórios é o avental (FIGURA 03). Ele protege as roupas contra borrifos químicos ou biológicos e ainda fornece amparo e proteção adicional ao corpo. Os aventais de laboratórios devem, de preferência, cobrir completamente as vestimentas; ser fechado nas costas; desprovidos de bolso e ter mangas compridas. Os protetores para o tronco são utilizados quando há risco de projeção de partículas, golpes, calor, chamas, respingos de produtos químicos, etc. [HIRATA, 2002].

São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes infecciosos, químicos, calor ou frio excessivo, fogo, entre outros riscos, no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção [HIRATA, 2002].

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FIGURA 03: CAPOTE (AVENTAL) DE SEGURANÇA

3.2 Os EPIs em laboratórios Hospitalares

Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual que é utilizado pelo trabalhador. Seu uso destina-se à proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde do indivíduo que