Os Tipos de conhecimentos
Por: 9438 • 29/10/2017 • Artigo • 1.493 Palavras (6 Páginas) • 421 Visualizações
Tipos de conhecimentos
Mykaella Fortes Silva do Nascimento
RESUMO
Este trabalho aborda as questões dos tipos de conhecimentos, explicitando e caracterizando-os. Para realizar uma analise aprofundada a cerca do referido assunto é necessário esclarecer o que é expressão conhecer. Então, conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
Palavras-chaves: conhecimento, palavras, realidade, experiências vividas.
Introdução
Este artigo almejou esclarecer de forma clara e sucinta os tipos de conhecimento. Conhecer é adquirir um novo conceito sobre algo, ele nasce das nossas experiências. Conhecer é saber uma coisa nova sobre ele, podemos adquirir conhecimento de diversas formas diferentes, por meio de experiências, relações interpessoais, lendo livros etc.
Em meio de diversas pesquisas elaboradas por estudiosos foi observado que apenas os seres humanos são capazes de transformar e criar o conhecimento, os únicos de fazer aplicações do que se aprende. Porem o nosso conhecimento existe de forma limitada, algo que sabemos, não sabemos na sua totalidade e de forma absoluta, mais é ousado mesmo que possível, admitir certeza ou conhecimento absoluto de algo.
O conhecimento liberta o ser, dando independência e autonomia, fazendo com que o homem penetre á diversas áreas da realidade para dela tomar posse tirando-o da alienação e da total dependência dos outros. O conhecimento humano divide-se de quatro formas: empírico, científico, teológico e filosófico.
Conhecimento empírico
O conhecimento empírico, também conhecido como vulgar ou senso comum, é aquele obtido através do acaso, a partir de observações após inúmeras tentativas de acertos e erros, independentemente de estudos, pesquisas ou aplicações de métodos. Esse conhecimento existe desde os homens das cavernas, é transmitido de geração em geração, e que pode-se dizer que de certa forma deu origem a os outros conhecimentos. “É o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletida sobre algo” Lakatos 1991.
Características do conhecimento empírico:
Valorativo: pois se baseia em emoção.
Reflexivo: que se volta sobre si mesmo (reflexão).
Assistemático: baseia-se na organização particular de experiências; saber desordenado logicamente.
Verificável: diz a respeito ao que se vive no dia-a-dia.
Falível ou inexato: pois se conforma com aparência e com que se ouviu dizer a respeito do objeto.
Exemplos usados a partir do conhecimento popular: “o que não tem remédio remediado está”/ “Quem dá aos pobres empresta a Deus” / “Tomar banho após as refeições causa morte”.
Assim, o que de fato ocorre é constatações obtidas de posicionamentos são frutos da realidade, da prática cotidiana de uma forma geral.
Conhecimento teológico
O conhecimento teológico ou religioso é um conjunto de verdades a que os homens chegaram, não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação de uma revelação divina; tudo em uma religião é aceito pela fé; nada pode ser provado cientificamente e nem se admite crítica. A revelação é a única fonte de dados. Também conhecido como conhecimento religioso, teológico ou místico, ele é baseado exclusivamente na fé humana e desprovido de método e raciocínio.
Alguns exemplos de conhecimentos teológicos são os adquiridos pelas escrituras sagradas tais como a Bíblia (cristianismo); Torá (judaísmo); Alcorão (islamismo); Bhagavad Gita (hinduismo); Dhammapada (budismo), etc.
A função do conhecimento religioso é, como em qualquer tipo de conhecimento, o de fornecer respostas para nossas perguntas. Neste caso, não são perguntas científicas, mas perguntas relacionadas às nossas dúvidas existenciais, aos nossos anseios, destinos e laços que nos remetem a uma entidade superior.
As quatro grandes religiões ocidentais são, em ordem cronológica, da mais antiga para a mais contemporânea, o zoroastrismo, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. O traço comum das grandes religiões ocidentais é, além do monoteísmo, o fato de que Deus fez o mundo, e que Deus e o mundo não são a mesma coisa. A meta das religiões ocidentais é, em suma, criar um relacionamento entre os seres humanos e Deus. Os homens e Deus são diferentes, ou seja, os homens foram criados por Deus.
Nas religiões orientais, Deus, o mundo e o homem são a mesma coisa, e que o mundo e os homens não foram criados por Deus. No oriente é comum o politeísmo.
Exemplos de formas do conhecimento religioso: a reencarnação, a criação do mundo, acreditar em duende em espíritos e etc.
Esse conhecimento adquire-se através da crença na existência de um ser superior, numa força divina que estabelece mandamentos e preceitos de conduta, de moral, de obediência e de adoração a serem cumpridos pelos seus fiéis seguidores e estabelece punições para os infiéis.
Conhecimento filosófico
A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras palavras: philo (derivada de philia: amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais) e de sophia (sabedoria, de onde vem à palavra sophos, sábio). Segundo Chauí (1995, p. 19), Filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. Como a Ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da ciência delimitado pela necessidade da comprovação concreta para compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade. Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
Mesmo sendo racional, o conhecimento filosófico dispensa a necessidade da verificação científica, visto que os seus objetos de estudo não apresentam um caráter material.
Tendo o homem como tema permanente de suas considerações, o filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o qual refletir, por isso apoia-se nas ciências. Mas sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento filosófico é a busca do “saber” e não sua posse.
Suas características básicas são:
Sistemático: sua base é a reflexão que busca ser a melhor tentativa de solução para os problemas;
Elucidativo: a missão da Filosofia não é explicar o mundo, mas esclarecer e delimitar com precisão os pensamentos, conceitos e problemas que de outro modo ficariam confusos;
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