Química Farmacêutica

Química Farmacêutica - Módulo 1 – Aula 01

Aspectos teóricos da ação dos fármacos: conceitos de interesse farmacêutico

A química farmacêutica medicinal estuda o planejamento e desenvolvimento de fármacos (novas entidades químicas). Uma forma de se planejar um fármaco novo é a partir de um fármaco já preexistente. Então, nesse sentido se faz o estudo das relações de estrutura química e atividade biológica dos fármacos já existentes.

Tanto pra gente conseguir justificar química e estruturalmente o porque que o fármaco X é mais tóxico, tem menor ½ vida ou é mais potente que o fármaco Y, como pra satisfazer o propósito primordial dessa área de conhecimento que é a partir de um medicamento poder produzir outro.

Exemplo emblemático:[pic 1]

[pic 2][pic 3]

Morfina: A morfina é um agente narcótico de controle da dor indicado para o alívio da dor em pacientes que necessitam de analgésicos opioides por mais de alguns dias.

Heroína: Um analgésico narcótico que pode ser viciante. Tomada por injeção, heroína cruza para o cérebro. Uma vez no cérebro, a heroína é rapidamente metabolizada em morfina pela remoção dos grupos acetil, portanto, é conhecida como um pró-fármaco.

Quando comparamos a estrutura química a gente vê que o que os difere é uma acetilação. Tanto a morfina quanto a heroína possuem janela terapêutica pequena, então a diferença de dose é algo crucial entre um fármaco e um veneno.

O índice terapêutico é a nossa medida de controle com relação a segurança de um fármaco. A seguir será mostrado outro exemplo de como modificações pequenas influenciam também no índice terapêutico.

Em farmacognosia, os glicosídeos cardiotônicos, são utilizados para o tratamento de insuficiência cardíaca. Temos dois exemplos abaixo:

[pic 4]

Digoxina (substituinte OH) e digitoxina (substituinte H). Olhando a estrutura não dá para entender porque a conc terapêutica da digoxina é de 0.5-2ng/ml, assim como não dá para saber por que a concentração toxica da digitoxina é >35ng/ml, pois são dados de ação farmacológica. Utilizando o dado farmacolófico para o índice terapeutico (IT) da digoxina e digitoxina, mostra que o composto digoxina é mais sensivel a variação da conc plasmática, causando efeitos tóxicos no organismo pois pequenas variaçãos na concentração plasmática irão causar bem maior de toxicidade. IT digoxina = 1,6 e IT digitoxina = 2,0. A digitoxina é mais segura que a digoxina. O índice terapêutico é uma medida aguda e não crônica. 

Buscar entender o que a inserção do grupamento faz com a droga.